Estar no Brasil, principalmente aqui em Santos, me lembra o quanto o tempo passa. Tem um papagaio aqui, o Loreco, que está na família desde que eu tinha 7 anos. Ele não mudou nada! Já fugiu umas duas vezes, sendo que em uma deles mobilizamos metade do bairro da Vila Belmiro para encontrar o bendito bicho. A vizinhança se reuniu e juntou uns 10 louros diferentes na Praça onde ele estava no alto de uma árvore, para ver se ele voltava. No fim, depois de uma busca cansativa de horas e o papagaio pulando de árvore em árvore, meu pai desistiu e voltou pra casa. Só foi ele dar as costas pro Loreco que ele veio voando no seu ombro. Pronto.
No fundo do banheiro de serviço tem uma escada, dessas de metal que abrem em forma de triângulo, que vendo agora parece tão normal. Era toda uma epopéia cheia de adrenalina subir cada degrau até chegar lá no topo. Hoje é tão simples.
quarta-feira, dezembro 24, 2008
Natal Brasileiro
segunda-feira, dezembro 22, 2008
Verão Quilmes 2009
A Quilmes sempre dá show em seus comerciais. Chega a ser ridículo a diferença que as cervejas são vendidas no Brasil e na Argentina. Aqui é muito mais inteligente. Nada de bichinhos babacas e gostosas com pouca roupa. Para um povo inteligente, uma propaganda inteligente.
Na Copa de 2006 a Quilmes fez um sensacional da série bendito que era de arrepiar. Em 2007, no Mundial de Rugby, fez um especialíssimo para Los Pumas e um que falava dos encontros era incrível. Encontra um feio e a moda e nasce uma beleza exótica! Muito bom.
Agora para o verão 2009 eles se superaram. Fizeram quatro comerciais diferentes, um para cada um dos destinos de veraneio mais populares da Argentina: Mar del Plata, Villa Gesel, Pinamar e Mar azul.
As músicas e o visual seguem essa linha freak que tanto tem caracterizado a propaganda argentina nos último anos. As letras descrevem os estereótipos que frequentam cada praia. Mar del Plata é o povão que perde a grana no cassino, Pinamar são os "chetos" (os playboys portenhos) e por aí vai. É como fazer uma música especial para Praia Grande falando do povão e outra de Maresias onde só vão os moderninhos e playboys.
Sinceramente, só faltou uma canção sobre Balneário Camboriú ou Florianópolis!
Mar del Plata
Pinamar
Villa Gesel
Mar Azul
Conto uruguaio
Peguei hoje um táxi com um taxista uruguaio muito lendário.
Papo vai, papo vem, o trajeto centro-Palermo estava bem devagar com a Avenida Córdoba lentíssima e o cara me mostra uma foto dele com o Ronaldo e o Roberto Carlos, tirada em 2001 em Montevidéu.
Segundo ele, um amigo que trabalha com turismo era o resposável pelo transporte da delegação brasileira no jogo das eliminatórias pra Copa de 2002. O taxista ajudou no transporte e tinha acesso livre ao hotel onde a delegação brasileira estava.
Entre várias lendas, a maioria delas com o Romário e o Roberto Carlos, o taxista me revelou o verdadeiro segredo por trás da derrota pro Uruguai naquele jogo, o Brasil perdeu por 1 a 0, e o porquê do "baixinho" não ter sido chamado para a Copa.
Basicamente a derrota veio porque os jogadores ficavam só na zona. Fizeram tantos "gols" na véspera, que em campo estava cansadíssimos. Levar mulher pro hotel estava terminantemente proibido pela comissão técnica. Porém o Romário, muito malandro, conseguiu escapar e levou duas mulheres para o seu quarto.
Felipão, técnico na época, ficou muito bravo com isso e desde então nunca mais convocou o Romário.
Taí, um mito do futebol revelado!
domingo, dezembro 21, 2008
Invasão Argentina
Matéria do La Nación de hoje diz que 350 mil argentinos devem visitar as praias do Sul do Brasil, leia-se Santa Catarina, nesse verão.
É um aumento de 10% comparado ao ano passado.
Com a inflação argentina, os preços caríssimos dos balneários de Mar del Plata, a água fria de lá e região e a desvalorização que o real teve esse ano, os argentinos tem todas as razões para escolherem Santa Catarina.
Os points deles, para quem quiser evitar ou aproveitar as argentininhas loucas em férias, são as praias de Canasvieiras e dos Ingleses em Florianópolis, além de Balneário Camboriú e Bombas e Bombinhas.
É engraçado porque conheci muito mais gente que visita Bombas e Bombinhas aqui do que no Brasil. Búzios também é outro exemplo disso. Quantos brasileiros você conhece que vão para Búzios?
A matéria do La Nación aqui.
*Falando nisso, o mesmo La Nación publicou hoje um especial sobre o Espírito Santo, dando destaque para Vitória e Vila Velha, onde moram minha vó e vários primos. De cara a matéria começa mal, escreveram errado o nome do estado, Espíritu Santo, no título. Aqui.
sábado, dezembro 20, 2008
O cara que escreve história
Para aqueles que acham que escrever promos e chamadas é a coisa mais fácil do mundo, eis aqui uma verdade. Não é.
Quando você vê o resultado final, com todas as imagens e sons, pode até parecer fácil, mas saiba que tudo aquilo foi pensado para fazer sentido junto. Não vou ser exagerado e dizer que é complicadíssimo e uma arte porque seria um total exagero, mas é muito mais do que linhas de "muita confusão". Vez ou outra eu me vejo com um total bloqueio de idéia com isso. Acontece principalmente com filmes ou séries conhecidíssimas que eu não "domino" totalmente. Como vender alguma coisa que não conheço tanto como a maioria das pessoas? Como falar de Star Wars se não sou nada fã da trilogia? E do X-men que tem tantos fãs?
Mas conhecendo o trabalho do Jonathan Favreau, o redator dos discursos do Obama, qualquer preocupação minha parece a mais pura frescura e bichice.
O piazão de 27 anos, que curte tomar muito red bull e escrever no Starbucks, já entrou para a histórias com suas palavras faladas por Obama. Afinal, mesmo com todo o frenesi midiático, os discursos do Obama que escutei foram todos contagiantes. Agora, com sua mudança para a Casa Braca, seu trabalho no momento é redigir o discurso da posse. Serão palavras que marcarão um tempo e seu discurso tem todo potencial para ser enquadrado nas paredes. Ao menos é isso que todos estão esperando. Imagina ter que corresponder a tanta expectativa? Coloca gastrite nisso!
Obviamente o Barack passa pro speechwriter um briefing do que ele quer dizer e quais são suas principais idéias, mas é trabalho do Favreau dar uma lógica textual e construir isso da maneira mais impactante possível.
Lendo o perfil do cara dá pra ver que ele é um como nós. Curte jogar X-box e até pouco tempo atrás dividia um apê com 6 companheiros. Também adora uma farra, tanto é que vazou no Facebook uma foto dele com zuando um boneco da Hillary, que agora é sua companheira de Casa Branca.
É essa política que queremos, Favreau!
Falando nisso, hoje foi o dia em que o Bush conheceu o quadro dele que vai para a galeria dos ex's presidentes americanos.
sexta-feira, dezembro 19, 2008
Então é Natal.
Chega a época do fim do ano e bate aquele pânico. É exatamente quando me lembro o quanto sou péssimo para presentes.
Olhando para trás vejo que raramente levo presente para o aniversariante e nos Natais, muita coisa é comprada de última hora.
Pois bem, estamos aí em cima da hora e a única coisa que comprei foram os vinhos encomendados do meu pai.
Não gosto de arriscar e terminar com um presentado de sorriso amarelo. Como não gosto de receber presente ruim, logo não quero fazer igual. O bom é ter certeza, o resto é aposta e achômetro.
Por isso já peço desculpas aos possíveis presenteados. A coisa vai ser tudo de última hora e no estilo "o que você quer ganhar?". Fator surpresa zero!
Bem agora que sou tio, não quero ser aquele que chega com um par de meias de presente de Natal
quinta-feira, dezembro 18, 2008
Una pregunta
Às vezes me pergunto por que não estou ali num bar enchendo a cara de vodka ou quem sabe whisky para ser mais classudo. Afinal “eu podia tá robânu, podia tá matânu”, mas estou aqui escrevendo outro post. Por quê?
Também me questiono por que não estou correndo atrás das menininhas com papinhos idiotas e fazendo um papel de imbecil que elas tanto adoram. Qual a desculpa para não puxar um papo com a garota bonita que sempre te olha? Por que fico achando que é pura viagem? Por que não tira essa dúvida? Imbecil mesmo. E por que não mover uma palha para ser mais simpático e fazer mais amigos para aumentar o círculo social tão diminuto? Ou simplesmente por que afinal não estou tomando qualquer coisa para viajar, getting high, e ir pra bem longe dessas sensações de merda?
Não sei qualé a dos shows que não me empolgam mais. Fico pensando que talvez nunca me empolgaram. A única diferença é que antes me sentia socialmente obrigado a ir. REM veio e caguei, Radiohead vem e não me mexi ainda para comprar o ingresso. Vou cagar. Cadê a empolgação? Foi embora quando a velhice precoce chegou? Pra quando tá marcada a chegada da osteoporose?
Por que não gastar um pouco do dinheiro em algo que preste, uma viagem pra um lugar inóspito ou comprar algo palpável? Gastar em algo que tenha algum retorno, quem sabe investir em algo próprio. Quer palavra mais bonita que enterpreneur?
Não entendo porque continuo rejeitando propostas de trabalho pra voltar e por que, mesmo reclamando tanto e tendo essa saudade cancerígena que afeta cada parte de mim, sigo nesse lugar, nesse país, nessa cidade. Three years and counting, my friends. Não, não há laços.
Lembro que um dia decidi que faria o possível para não fazer nada que realmente não quisesse. Virei um escravo das minhas egoístas vontades e os outros que se danem. As opiniões alheias andam importando quase nada. Mas sabemos muito bem que elas importam, um pouco pelo menos. Por que continuo tirando conclusões precipitadas de pessoas baseadas em 2 ou 3 informações? Ou eu sou um gênio da leitura de personalidades ou apenas um idiota.
Às vezes eu tenho medo de estar muito satisfeito com tudo.
Bachelet Beach
Aproveitando uma folga entre os discursos e bravatas da Cúpula de presidentes latino-americanos realizada na Costa do Sauípe, a presidenta chilena Bachelet escapou para tomar um banho de mar e pegar um jacarés nas ondas baianas.
Paparazzis flagraram esse banho de mar no início da manhã e rolou um mini-frenesi na imprensa chilena, como no El Mercurio, que começou a debater os limites da privacidade das figuras públicas.
É incrível como ultimamente o NADA tem se transformado tanto notícia. Entro nas páginas dos grandes jornais brasileiros e parece mais um site de fofoca. Nada contra às fofocas, Te dou um dado e Papel Pop estão aí mais para divertir e escrachar esses famosos cabeças-oca. O problema é quando jornais sérios, como a Folha, dão em sua primeira página coisas como "Suri tem um vocabulário incrível, diz Tom Cruise" ou outros detalhes banais de pessoas pseudo-importantes.
É como o caso do Chile. A presidente está tendo um bom governo? Está aplicando medidas eficazes a médio e longo prazo? Como está a inflação? A economia vai bem? Está tudo bem? Então deixa a tiazona entrar de maiô e pegar uma praia às 6h45 da manhã tranquila como ela fez. Não encham o saco!
quarta-feira, dezembro 17, 2008
Melhores do Ano
É dezembro e começam a pulular as listas dos melhores de 2008 por aí.
Não tenho muita paciência para fazer a minha aqui, mas de duas coisas tenho certeza.
O melhor filme é "O Escafandro e a Borboleta", que me deixou pasmo com a beleza da fotografia e a história tão comovente, sem apelações melodramáticas. Sem esquecer, é claro, da belíssima banda sonora. Um clássico que foi direto pra minha lista de filmes preferidos de todos os tempos.
Já o melhor livro simplesmente não sei. Já que "O Filho Eterno" do Tezza foi lançado em 2007, a coisa fica complicada. Ainda não li "O maníaco do olho verde", do Dalton Trevisan, mas aposto desde já que deve ser um dos melhores do ano.
Quanto ao melhor CD, estou em dúvida, mas certamente um dos favoritos é o Dwell, dos caras do The Envy Corps. Essa banda americana do Iowa, que é algo como o resultado de uma colisão entre Muse e Radiohead da fase The Bends com uma pitaca daquela veia épica do Doves, lançou um dos mais empolgantes discos do ano e poucas pessoas falaram disso.
O que mais me contagia neles é essa guitarra crescendo que dá todo um climão de algo que vai explodir a qualquer momento na maioria das músicas, além da bateria envolvente, quebradona e um tanto quanto imprevisível. Sem falar que o cara canta muito, mesmo lembrando um pouco o Thom Yorke.
Eles também mandam muito bem nos clips. Aqui dois deles. Em "Wires & Wool", um cara com uma caixa misteriosa é perseguido por uma galera e em "Story problem", eles brincam com esses game shows japoneses do estilo Olimpíadas do Faustão.
Wires & Wool
Story Problem
Lovebugs
Taí uma banda descoberta graças ao Last.fm.
Lovebugs tem refrões de qualidade e um som com todo os clichês que o indie pop rock europeu pode ter. E isso não significa que os caras não são bons.
São um baita sucesso na Suiça e o cd deles "In every waking moment", de 2006, alcançou o topo das paradas lá.
Lembra bastante aquelas bandas suecas tipo Eskobar e The Motorhomes e também Travis, Keane e Nada Surf, que fazem um indie rock de muita honestidade e qualidade, letras interessantes, mas acaba sendo muito parecido a muita coisa que tem por aí, sendo difícil de se destacar.
De qualquer maneira vale a pena dar uma ouvida e ver o clip. A banda tocando em um fundo branco infinito com direito a belos planos.
Seems I've been waiting half a life
For things to arrive
That won't come
Seems I've been waiting all this time
For the perfect rhyme
Now it's done
But I forgot what it was I'm looking for
I found the Key but not the door
Nothing more
Heyeyey
Is there anybody home tonight?
I can hear you on the other side
But I can't get through
I say heyeyey
There's no beginning, there's no end
A vicious circle 'cause I cannot mend
The love I feel for you
segunda-feira, dezembro 15, 2008
Top 5 Cineastas Argentinos
Os nomes eram tantos que acabou sendo um Top 6 com os meus diretores argentinos preferidos.
Podemos dizer que é uma diretora cerebral já que é um cinema bastante difícil, mesmo que sempre elogiado pela crítica. Seus principais filmes são “La niña santa”, “La Ciénaga” e “La mujer sin cabeza”, lançado esse ano. Por incrível que pareça tenho dvd de 2 deles, mesmo não sendo grande fã.
Diretor de “El Bonaerense”, “Família Rodante”, “Nacido y criado” e o mais recente “Leonera”. O cara curte mostrar a desesperança e a o lado mais podre da família. Muito dos seus personagens não tem objetivo nenhum na vida e há a sensação de estar vendo uma sucessão de fatos que não levam a lugar nenhum. O meu favorito é “Família rodante”, que mostra tios, primos e toda a patota se juntando a avó para uma viagem freak rumo ao interior. No decorrer da viagem são descobertas traições, paixões entre primos e outras podridões. Mesmo assim é divertidíssimo.
Despontou em 1999 com o filme "Mundo Grúa", que ainda não vi.
O cara por trás de todas as comédias românticas record de bilheteria do cinema argentino. Ele realmente tem o dom de conseguir atrair multidões. “Un novio para mi mujer” levou mais de 1 milhão de pessoas esse ano no cinema e, pensando que a Argentina tem 40 milhões de habitantes, é um baita número. “Quien dice que es fácil” e “No sos vos, soy yo”, que mesmo com o Diego Perreti, um narigudo feio pra caramba que no final do filme sempre acabava com uma menina, são muito divertidas.
Provavelmente o mais conhecido diretor argentino no Brasil já que são deles “O filho da noiva” e “O clube da lua”. É considerado cinema comercial aqui na Argentina e muitos acusam seus filmes de ter uma certa fórmula pré-pronta. O cara é um dos mais internacionais do país, já dirigiu alguns capítulos das séries House e Law and Order SVU.
Tem uma coisa com o Ricardo Darín, que é quase onipresente em seus filmes. Um dos meus preferidos é um chamado “El mismo amor, la misma lluvia”. Uma história de amor que atravessa uns anos.
Outro bem conhecido dos brasileiros. “O abraço partido” e “As leis da família” foram bem recebidos nos cinemas tupiniquins. Gosto muito como ele consegue fazer um belo drama de maneira original e sem forçar a barra. Seu último filme, “El nido vacío”, fala de um casal que começa a ter uma crise depois que seus filhos crescidos saem de casa. Gosto bastante de "O abraço partido" que mostra bastante como é a vida dos judeus do bairro do Once, aqui do lado do Abasto, onde moro.
De longe o meu preferido. O cara, que trabalho muito tempo com publicidade até se dedicar ao cinema, tem uma sensibilidade única em transformar histórias de gente comum em belíssimos filmes. “Historias mínimas” e “El camino de San Diego” mostram o lado mais bonito do ser humano, sem aquela desgraça que estamos cansados de ver nos jornais e até mesmo no cinema. Seus atores, muitas vezes, são pessoas do povo sem experiência alguma mas que dão um show na interpretação.
Há ainda o filme “El perro” que ainda não vi mas que todos falam muito bem. Além do mais, Sorín faz os filmes com orçamentos baratíssimos mas sem comprometer em nada o resultado final. Já “El camino de San Diego” é a saga de um humilde trabalhador de Corrientes e sua viagem rumo a Buenos Aires, tudo isso para entregar para Maradona um pedaço de árvore que todos dizem ter a cara do “Diez”.
Nu com a mão no bolso!
Para quem interessar possa, foi inaugurado o primeiro balneário nudista da Argentina.
Fica em Villa Gesell, uma popular praia da costa argentina, e para entrar custa 25 pesos. É preciso antes caminhar cerca de 40 minutos para chegar lá.
Para os safadinhos que já pensavam em mudar o destino turístico para o próximo verão, uma péssima notícia: a média de idade dos pelados do local é de 60 anos.
Mais aqui.
A maníaca da ilha
Em tempos de crise ainda existe gente que quer trabalhar de graça!
Faz umas duas semanas, um conhecido que trabalha na MTV, que está a apenas duas quadras da FOX, me contou um caso ao mesmo tempo engraçado e estranho. Uma menina invadiu a sede da empresa, dando um migué nos seguranças manés, e foi direto para uma ilha de edição onde começou a trabalhar. Diz ele que quando descobriram, ela foi expulsa e berrou um monte reclamando da injustiça, fazendo um puta escândalo. No dia seguinte tentou invadir de novo, mas dessa vez a segurança agiu.
Esse fim de semana foi a vez da FOX. A louca veio sábado, quando alguns editores estão cortando chamadas, falando que tinha sido mandada para fazer uns trabalhos extras. Entrou numa ilha para editar, começou a fumar e comer uns biscoitos. Quando ligaram pro chefe para confirmar essa história bizarra, afinal sempre avisam quando vem gente nova, descobriram que se tratava de uma desconhecida que logo foi convidada "gentilmente" para sair pelo povo da segurança.
Aos poucos vão aparecendo novas histórias e lendas. Já se sabe seu nome, Vanina, e que ela fez a mesma coisa no C5N, canal de notícias, e no América, canal aberto que fica na quadra do lado onde trabalho.
Trata-se de caso muito estranho. Uma serial workaholic que quer editar promos para todos os canais da cidade! Por que expulsaram a Vanina se ela queria trabalhar de graça???
sábado, dezembro 13, 2008
True Blood
True Blood. Taí uma série que para entender é preciso ver desde o primeiro capítulo. A história de vampiros e humanos que vivem lado a lado tem tantos pormenores que quem pegar o bonde andando não entende nada.
Os vampiros vivem em nossa sociedade e estão exigindo leis que os tratem como qualquer mortal. Eles são discriminados por boa parte das pessoas e recebem apoio das mais liberais. Até aí nada de mais, é bem o que acontece com os X-men, não?
São exatamente os pequenos detalhes da vida vampiresca em conjunto com os humanos numa cidade interior, cheia de rednecks, que chamam a atenção na série. Vamos a eles:
1. Os vampiros são muito bons de cama. Alguns humanos, chamados de vampbangers, tem taras com eles.
2. Quando um humano bebe sangue de vampiro, ele tem seus sentidos aguçados. Ouve melhor, cheira melhor e transa melhor. O "V-juice" é um viagra e suas propriedades, digamos terapêuticas, valem ouro.
3. Logo os humanos fazem armadilhas, com todos aqueles elementos mata-vampiro, para poder drenar o sangue e vendê-lo a muito dinheiro no mercado negro.
4. Sookie, a humana que se apaixona pelo vampiro mallandrão Bill, tem o estranho poder de ler a mente, menos dos dentuços.
5. Para que os vampiros possam viver em harmonia com os humanos existe no mercado um sangue sintético. Assim eles não tem que ficar chupando pescoços alheios. Muitos reclamam da qualidade e do gosto artificial, preferindo ainda o sangue de gente.
Parece um samba de criolo-doido criado pelo Alla Ball, mesmo criador de Six Feet Under e ganhador do Oscar de roteiro original por Beleza Americana, mas é interessantíssimo e muito bem produzido.
Sookie, a humana, é Anna Paquin, uma das atrizes dos X-men e o Bill é o Stephen Moyer, protagonista da ótima série NY-LON.
A série já terminou sua primeira temporada nos EUA e tem garantida a segunda. Estou ainda no terceiro capítulo, mas como curti tanto, logo logo chego ao 12!
Olhem aí o trailer com o que a imprensa americana anda dizendo:
Linha H
Falando em "subte" portenho, hoje pela primeira vez andei na Linha H, a amarelinha. É a mais nova de todas, foi inaugurada em outubro do ano passado o primeiro trajeto de 6 estações e continua uma parte em construção. O projeto diz que ela vai acabar no Retiro, ao lado do centro, passando pela Recoleta.
Como a parte inaugurada é numa parte da cidade que raramente vou, os bairros de Flores, Boedo e imediações, nunca precisei passar por aí. Pois bem, hoje fiz umas baldeações voltando de um Outlet lá na periferia e peguei a Línea H. O ponto final da parte construída é bem na Plaza Miserere, do lado do terminal de trens do Once. É a segunda parte mais feia da cidade, só perde para Constituición.
As estações são gigantescas e muito mais arejadas, sem dar aquela sensação de claustrofobia que muitas dão. Está tudo novinho ainda, bem limpo e quase cheirando a Veja Multi-uso. Mas como nada pode ser perfeito, os trens são velhos e usados anteriormente em outras linhas. A barulheira continua!
sexta-feira, dezembro 12, 2008
Infierno bajo tierra
O metrô de Buenos Aires é o mais antigo da América Latina. Direto escuto isso sendo dito com todo orgulho pela imprensa e pelos nativos portenhos. De fato a linha A, que começa embaixo da Casa Rosada e acompanha boa parte da Avenida de Mayo e depois a Rivadavia é um cartão postal único.
Mas o ser humano se acostuma e tudo aquilo que é bonito perde o encanto quando se torna comum.
Viajar de metrô aqui é o mais perto do inferno que você pode chegar. É embaixo da terra, lotado de gente (muitas vezes fedida) e não tem a mínima ventilação. Usar a linha C, que liga Retiro a Constituicion na hora do rush é emagrecimento na certa. É uma verdadeira sauna.
O serviço, subsidiado pelo governo, cobra ridículos 90 centavos dos passageiros e o serviço é de péssima qualidade. A maioria dos trens é do tempo do guaraná de rolha, a frequência dos serviços varia de acordo com o humor dos funcionários e a limpeza das estações e vagões é bem questionável. Além do mais existe todo um festival de pedintes e vendedores ambulantes, que por mais que você tenha compaixão, enchem o saco.
Hoje os funcionários, que tem salário muito maior que a maioria da população, resolveram fazer mais uma greve. Na verdade foi a interrupção do sistema. Um trem que geralmente vem de 5 a 6 minutos, veio a cada 15, e o inferno foi instalado. As estações que já são bem quentes no verão, alguns graus a mais do que a temperatura na rua, ficaram amontoadas de gente. Muita gente é igual a mais calor. Imagina o cheiro de murrinha que não ficou o lugar. Na superfície a cidade entrou em Chaos. Congestionamentos que trancavam cruzamentos, buzinaços
Felizmente desde que a empresa mudou de escritório não uso mais o "subte". Minha viagem de ida no 168 é religiosa. Buenos Aires é muito mais bonita e fresca na parte de cima.
Acabou o sonho
Depois de dançar no gelo, na água, patinar, dar piruetas no ar, bailar ao som de axé, rumba, tango e chachacha, chegou ao fim a edição 2008 de Bailando por um sueño, do hostess faztudoman Marcelo Tineli.
A ganhadora foi a Pampita, atriz e mega modelo que habita as fantasias de quase todos os homens argentinos. Para aqueles que perguntam da onde ela tirou esses curvas, saibam que a mãe dela é brasileira, de Santa Catarina.
Parabéns para Pampita e muito obrigado por colocar fim à tortura que é ter esse programa na TV.
* é bom ter a foto de uma mulher bonita para contrabalancear essas bundas moles argentinas do post anterior.
quinta-feira, dezembro 11, 2008
Protesto Bunda Mole!
Maurício Macri, ex-presidente do Boca Juniors, cumpriu hoje um ano como prefeito de Buenos Aires.
Manifestantes resolveram passar a mensagem "La ciudad no es tu empresa" de uma maneira não verbal. Pintaram as letras da frase em suas respectivas bundas e baixaram as calças em frente à prefeitura.
quarta-feira, dezembro 10, 2008
Um ano de Cris!
Hoje Cristina Kirchner completa 1 ano no poder da Argentina. E há muito o que comemorar!
Ela conseguiu criar uma crise com o campo, aumentar ainda mais a inflação, brigou com os aposentados e ainda estatizou o sistema de aposentadoria privada no país!
O Aires Buenos, sempre antenado com as últimas tendências da moda presidencial, desde o estilo militar de Hugo Chaves e Fidel Castro ao étnico-cool de Evo Morales, preparou um especial com os melhores modelitos da presidenta Argentina.
Uma homenagem à verdadeira Argentina. Lhamas e Alpacas, perfeitas para viagens invernais para as pronvíncias de Salta e Jujuy. Estilo e glamour, mas sem esquecer das origens.
Como em Buenos Aires não neva e uma temporada em Bariloche e San Martin de Los Andes não é coisa de presidenta, o modelo é recomendado para o inverno europeu. Com acabamento fino e sofisticado, seu uso pode ditar tendências na moda presidencial mundial.
Feito sob medida para se destacar na multidão. Casa muito bem com inaugurações de grandes empresas, reuniões com empresários e investidores e, é claro, visitas à redação de blogs influentes como o Aires Buenos.
Com detalhes em tricô e cores patriotas, o modelo consegue ser imponente e humilde ao mesmo tempo. Para falar em cadeia nacional, discursos de 5 horas na Plaza de Mayo, cerimônia de posse e passeios com o Nestor. Perfeito para pegar no mastro em público.
Mas o que nós preferimos é o estilo sem maquiagem, que mostra que um dia a presidenta já foi um bombón!
Cris, aquela apertada que você deu na minha mão foi inesquecível! Te quiero!
terça-feira, dezembro 09, 2008
Argentina Facts - versão 2
A primeira versão do Argentina Facts foi um sucesso, por isso eles voltaram.
Mais fatos irrefutáveis sobre a Argentina!
Argentina Facts nº 11
95% da música brasileira que toca nos bares brasileiros de Buenos Aires é um axé de 10 anos atrás. Os outros 5% são as músicas que fazem parte do primeiro cd do Só Pra Contrariar.
Argentina Facts nº 12
Aqui Paulinho Moska faz shows lotados e o jogador Silas é herói do San Lorenzo.
Argentina Facts nº 13
Paraguaios e peruanos são tratados como os nordestinos em São Paulo.
Argentina Facts nº 14
Argentinos não engordam. Todas as calorias ingeridas em carnes, sorvetes e media lunas são para alimentar o ego.
Argentina Facts nº 15
Segundo eles, toda brasileira é fácil e todo brasileiro é pegador.
Argentina Facts nº 16
Duas pessoas da cidade já me afirmaram que foram passar férias nas praias de Curitiba.
Argentina Facts nº 17
Em quase todos os estádios não existe placar e raramente se informa público e renda dos jogos.
Argentina Facts nº 18
Fiz gols em todas as peladas que joguei na Argentina. Repito: fiz gols em todas as peladas que joguei na Argentina.
Argentina Facts nº 19
O piquete é um esporte nacional patrocinado pelo governo e praticado por milhares de pessoas.
Argentina Facts nº 20
A crendice popular diz que falar "Menem" traz azar. É como ver um gato preto cruzando a rua. Assim o ex-presidente é conhecido como "El innombrable"
segunda-feira, dezembro 08, 2008
Carne!
Muito se fala sobre a carne argentina e às vezes parece até exagero, mas posso afirmar que nem tudo foi dito.
A grande verdade é que a culinária argentina tem fama só pela sua carne. Particularmente não vejo nada demais nas massas e as pizzas daqui sofrem de uma tremenda crise criativa. Isso quer dizer: falta de variedade de sabores. É tudo queijo com alguma coisa e é isso. Nada de frango com catupiry, lombinho com champignon ou borda recheada de cheddar.
Uma vez, num jantar com uns americanos, ficamos conversando sobre como tudo é supervalorizado. O fato deles colocarem um pedaço de um animal morto sobre o carvão faz deles grandes mestres culinários? Não é tudo muito exagerado? Talvez.
O incrível é que em qualquer bodega de esquina você pode comer um sensacional pedaço de boi. Hoje mesmo, feriado na Argentina, fui andar pelo bairro e fui no Belen Cafe y Pizza. Pedi um bife de lomo a la pimienta com papas a la crema. Simplesmente sensacional. Um lugar caprichado, mas nada gourmet, muito de bairro e com uma localização um pouco feia até. Corrientes e Boulougne Sur Mer. O fim do Abasto, que não é lindo, e o começo do Once, que é bem judiado.
Outra coisa bastante diferente no momento de se alimentar é a questão do foco! Brasileiro curte um carnaval no prato e põe arroz, feijão, salada, carne, ovo, macarrão e, se estiver num restaurante por quilo, pode ainda colocar um sushi do lado de uma feijoada.
Aqui não. Aqui as pessoas tem foco! Se você for comer carne, é só isso que você vai ter. No máximo umas batatas ali do lado para acompanhar. Isso acaba gerando uma cultura de bifes abissais gigantescos que ocupam um prato inteiro e causam até certa vergonha. Mas aí você olha pro lado e vê um casal de velhinhos caquéticos mandando ver metade de um bezerro e tudo fica tranquilo.
domingo, dezembro 07, 2008
Sospechosamente Light
Se a alegria de pobre dura pouco, a tristeza do rico dura muito?
E a classe-média? Como fica o proletariado em relação a isso tudo? E os chineses e judeus que tem calendários diferentes?
Às vezes me preocupo com os dia arrastados, os minutos que não passam e as madrugadas eternas em claro. Segundo o ditado, sentir que o tempo não passa é sinônimo de pouca felicidade. Talvez estão faltando mais dias em que chego no final e penso "Como passou rápido!". Exatamente esses são os melhores, não?
Não tenho certeza. Vou ter que discordar.
Prefiro o que o Calamaro, o cara mais estáile do rock argentino, diz em "Mi Gin Tonic".
Hay días para quedarse a mirar,
hay días en que hay poco para ver,
hay días sospechosamente light,
hay un deseo que pido siempre que pasa un tren.
Fiquem aí com o clip:
quinta-feira, dezembro 04, 2008
Top 5 cabelos de técnicos argentinos
O futebol argentino é conhecido mundialmente por 2 coisas: a raça de seus jogadores e suas mais varidas e ousadas propostas capilares.
Como analisar todos os jogadores dos 20 time da primeira divisão ficaria difícil, optei por um Top 5 de desastres capilares dos técnicos.
Não existe explicação, somente especulação. O que afinal ele coloca na cabeleira pra ela ficar retinha assim e ainda com aquele mullet no final milimetricamente ajeitado? Seria brilhantina? Algum produto da máfia. Só um exame de DNA para acabar com as dúvidas.
Especial Rock de Curitiba: 6 - Copacabana Club
Aproveitando o gancho que ontem foi publicada na Ilustrada da Folha uma bela nota sobre o Copacabana Club, aqui vai a entrevista com a Claudinha, a baterista do grupo.
Infelizmente, ao contrário das outras bandas entrevistadas pelo Aires Buenos, nunca vi um show deles. São do meu período pós-Curitiba. Mas mesmo tendo um ano de idade e lançado até agora só o EP "King of the night", conseguiram conquistar uma pequena legião de fãs admiradores não só na cidade. As músicas são do tipo que não deixam ninguém parado, extremamente acessíveis e com refrões poderosos, provando que o indie rock não é um gueto. Ele pode ser pop!
Na entrevista, a baterista Claudinha Bukowski fala de como surgiu a banda, do público de Curitiba, dos shows, blogs e sobre seu passado como cover da Meg White.
Música dançante não é sinônimo de axé, abadás e coreografias toscas, meu caros! Leiam!
1. De onde veio à idéia de formar uma banda com músicas dançantes? Como é ser uma banda assim em Curitiba, onde a ginga e a malemolência é quase zero?
A idéia de montar a banda veio de uma conversa do Alec com o Luli. O Alec tinha morado um tempo em Londres e voltou para Curitiba cheio de idéias, querendo montar uma banda com músicas animadas, coisas que funcionassem na pista. Então eles falaram comigo, Camila e Tile. Todos gostaram da idéia e depois de algum tempo (e muitos ensaios) a banda foi batizada de Copacabana Club. Olha, concordo que Curitiba não é a capital da ginga, mas o pessoal por aqui não deixa a desejar. Os shows do Copacabana são muito animados e agitados, e isso se deve tanto a banda quanto a empolgação do publico. Estamos mais preocupados em fazer o público pular e se divertir da pista e, com ou sem ginga, parece estar dando certo.
2. Você já participou do White Strippers e outras bandas. Na sua opinião o público curitibano ficou mais receptivo e os lugares para show melhoram nos últimos tempos? Rola um pequeno frenesi pelo Copacabana Club, não?
O público definitivamente está mais animado. Voltou a ter curiosidade de assistir shows, tanto de bandas locais como bandas de outros estados. Com relação aos lugares, infelizmente acredito que a situação continua a mesma, se não estiver pior. Ainda são poucos os bares em com uma boa infra-estrutura e os espaços de médio porte fecharam. Mas acredito que aos poucos, com o público mais animado e as bandas trazendo um pouco mais de retorno financeiro, os espaços para show terão condições de melhorar suas instalações e equipamentos. Já existem bares de Curitiba fazendo reformas se preparando para receber melhor as bandas. Torço para que os outros sigam o exemplo. As bandas, o público e os próprios estabelecimentos só tem a ganhar com isso. Eu não sei se eu chamaria a atual situação do Copacabana de “frenesi”, mas eu sei que o retorno que estamos tendo na mídia, blogs e principalmente com o público é algo que eu não tive com outras bandas. Estamos nos dedicando cada vez mais a banda para manter o mesmo ritmo de shows e trazer músicas novas para manter a animação e curiosidade do público.
3. Vocês tiveram uma ótima recepção na blogosfera brasileira, como foram recebidos aí na mídia tradicional de Curitiba?
A recepção dos blogs realmente nos surpreendeu. A mídia tradicional foi menos intensa que os blogs, mas ainda assim acho que foi acima do esperado. Principalmente em outras cidades. Fomos entrevistados pela Folha de Londrina assim que foi lançado o MySpace e quando fizemos o show em Florianópolis saíram matérias em 2 jornais e fomos entrevistados pro uma rádio local.
4. E vi que já andaram fazendo umas viagens pro rio. Foram pra outros lugares tb? Eles se surpreendem a ver uma banda tão diferente do que é eles consideram "música do sul"?
Estamos fazendo o possível para divulgar o Copacabana no maior número de cidades possível. Já tocamos no Rio de Janeiro, Florianópolis, em um festival em Santa Maria e no fim de novembro estivemos em São Paulo. Eu acho que o público que tem acompanhado a cena musical alternativa no Brasil nos últimos anos percebeu que está cada vez mais difícil “rotular” as regiões e esperar um determinado tipo de música específica de cada lugar do país. Acho que o público se surpreende com o Copacabana Club assim como se surpreende com outras bandas que surgiram recentemente, não pelo tipo de música ou pela região, mas pelo aparecimento de um número significativo de bandas de qualidade nos últimos anos dando maior “densidade” ao cenário alternativo.
5. Qual a importância do James pra banda?
Eu acredito que essa resposta seria diferente se você fizesse essa pergunta para cada um dos integrantes da banda. Pessoalmente, o James e as pessoas que eu conheci freqüentando o bar foram absolutamente fundamentais na minha decisão de me tornar DJ e depois baterista. Acho que todos concordariam que o bar foi essencial em diversos aspectos. Eu pelo menos conheci todos os integrantes do Copacabana Club lá. Também foi no James que o Alec e o Luli sentaram pra conversar sobre a banda, me convidaram pra ser baterista, e foi lá que realizamos o nosso primeiro show. Na minha opinião o Copacabana Club nasceu no James e sempre vai ter uma ligação muito especial com o bar.
6. Como as músicas foram compostas? Fale sobre mais sobre o papel de cada um na banda.
Todos participam na composição das músicas. Alguém surge com uma idéia inicial e todos começam a trabalhar em cima dessa idéia... e geralmente o resultado acaba ficando muito diferente do que havia sido imaginado no início, por isso acredito que a composição no Copabana é um processo coletivo. Já as letras são sempre da Camila ou do Alec.
7. Planos para novo cd, 2009, turnês???
Planos temos muitos, espero que a gente consiga realizar pelo menos a maior parte deles. Já temos convites para tocar em São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis em 2009. Conversamos com o pessoal de outras cidades do Paraná (Londrina, Maringá e Ponta Grossa) e outros estados, acredito que boa parte dessa conversas deve resultar em shows do Copacabana Club em lugares que ainda não tivemos a oportunidade de tocar. Já voltamos para o estúdio, estamos gravando mais duas músicas. Esperamos conseguir gravar um CD completo, mas se for financeiramente inviável pelo menos mais um single já está garantido.
8. Pra finalizar, como era para você ser baterista de uma banda cover do white stripes, que tem uma baterista muito meia boca?
Na verdade, eu preciso confessar que era um alívio, hahahaha. O White Strippers foi minha primeira banda, no nosso primeiro show eu não tinha nem meia dúzia de aulas de bateria e tocava a apenas uns 4 ou 5 meses. Se fosse mais complicado do que aquilo, acho que eu teria desistido no meio do caminho. Eu fui tocar bateria por livre e espontânea pressão do meu melhor amigo que disse que eu era péssima no violão, hahahaha. Ele queria que eu tocasse bateria para a gente montar uma banda. Como não achamos mais ninguém que quisesse tocar com a gente, resolvemos montar uma banda cover do White Stripes, assim poderíamos ser só os 2. Pra minha sorte e alegria, o Rafael Dal-Ri (vocal e guitarra no White Strippers) não só era genial como guitarrista (imagine o quanto ele tinha que ser genial pra segurar uma banda que a baterista só tinha 5 aulas!), mas também era inacreditavelmente paciente e sempre me deu o maior apoio enquanto eu era pra lá de mais ou menos. Ou seja, nós éramos o cover perfeito do White Stripes: o vocal e guitarra eram a banda em si, enquanto a bateria... bom, a bateria estava lá, hahahaha. Não temos tocado com muita freqüência, mas sempre ressuscitamos a banda quando temos algum convite para shows. Eu tenho um carinho enorme pelo White Strippers, jamais teria me tornado baterista sem a banda.
Myspace: http://www.myspace.com/copacabanaclubmusic
Blog da banda: http://www.copacabanaclub.blogspot.com/
E aqui o clip de Just do it no Poploaded do Ig.
quarta-feira, dezembro 03, 2008
Encontro na Casa Rosada
Ingrid, Cristina e Madonna juntas. Isso foi ontem na Casa Rosada.
Horas mais tarde seria anunciado o cancelamento do primeiro show de Madonna na Argentina.
O azar veio de quem?
terça-feira, dezembro 02, 2008
Cordilheira
Desde que o Daniel ficou hospedado aqui em casa faz umas semanas, por causa do Filba (Festival Internacional de Literatura de Buenos Aires), fiquei curioso para ler seu livro Cordilheira.
É o primeiro da coleção Amores Expressos, onde cada escritor foi mandado para uma parte do mundo para escrever uma histórias de amor. No caso de Cordilheira, o cenário da história é Buenos Aires e exatamente isso me chamava tanta atenção. Como um cara que não mora aqui retrataria a cidade?
No livro, Anita é uma escritora que acaba de terminar com o namorado e ainda se recupera do impacto do suicídio de uma amiga. No meio disso ela recebe um convite para promover seu livro em Buenos Aires e acaba conhecendo Holden, um fã de sua obra que tem um grupo de amigos que fazem parte de um tipo de seita literária bizarra. Ela está louca para engravidar e pensa que essa é a oportunidade ideal para isso.
Posso dizer que está tudo lá. O cara teve o dom de não cair em clichês sobre Buenos Aires e vai muito além, falando de lugares e coisas que os porteños realmente vivem, e não os turistas. Desde a descrição de um argentino intelectualóide típico, dos taxistas, dos locutórios, do lixo do lado do murinho da Costanera Sur, do bar do Roberto em Almagro, do bar do Gallego em Palermo, das ruas de San Telmo e da milonga La Catedral. Interessante é até reconhecer personagens como o bigodudo da Ugi's, pizzaria barateira há duas quadras daqui de casa, que coloca o orégano com a mesma mão que recolhe o dinheiro. Falando nisso, olha ele aí!
Um oscar para Kirsten Dunst
Por mais que digam que ela é uma versão loira cabeluda do Billy Corgan, sou fã da Kirsten Dunst. Chega a ser uma adoração adolescente, mas devemos nos permitir coisas assim.
Estou pensando em começar uma campanha chamada Um Oscar para Kirsten Dunst Já!
Recentemente ela entrou num Rehab para largar o álcool. Como eu quero te dar um abraço, Kirsten!
Aqui meus 5 personagens preferidos dela.
Talvez o papel por qual ela é mais conhecida mundialmente. Aquele cena do beijo no final do filme se tornou um clássico. Mary Jane é apaixonante.
E claro, ela tem sempre uma frase de efeito na ponta da língua. Minha preferida é:
Trust me. Everybody is less mysterious than they think they are.
Mary ganha da Claire de Elizabethtown por pouco. Talvez pela cara que ela faz depois que descobre que já havia tentado antes apagar o "Doutor" do seu cérebro e voltou a se apaixonar. É qualquer coisa de partir o corazón. Dá vontade de atravessar a tela para estar com ela no filme nesse momento. Tentei umas duas vezes, mas acabei com um galo na testa.
Além do mais é um filme sensacional e, mesmo não tendo um papel importante, ela consegue ser relevante na história. I Love you, Mary!
A banda inglesa Daniel Flay & The Irreparable Guilt fez uma música em homenagem a minha musa. Uma pérola pop com violões, violinos, violoncelos com uma quebradeira no final. Só não concordo quando ele diz na última linha da música "Kirsten Dunst, you must be worth a million bucks".
Kirsten is priceless!
Slowly, we are bad news - passing out in bars, drinking, driving and soulless, crying tears of love. What's happened to us?"
Do you still play guitar?" Like you thought I would give up.
"There are millions of people in this world, but in the end it all comes down to one."
- Kirsten Dunst, you must be worth a million bucks.
segunda-feira, dezembro 01, 2008
Uruguay 1 Brasil 1
O El Cuarteto de Nos é, de longe, a banda em lengua española que mais gosto.
Suas letras inteligentemente bizarras são ao mesmo tempo engraçadas e muito verdadeiras.
Já vi os caras ao vivo umas 4 vezes aqui em Buenos Aires desde que eles estouraram em 2006 como o cd Raro. Os shows são muito bons e é muito estranho já que os integrantes são uns velhacos e o público é bem mais jove.
Hoje baixei uma música das antigas deles que se chama Uruguai 1 Brasil 1, do cd El Tren Bala de 1996, e conta a história de um uruguaio que vai pra Porto Alegre ver um jogo de futebol entre sua seleção e a do Brasil.
A música, que não é das melhores deles, tem um ritmo de sambinha manco, e conta na letra que O Uruguai ganho a jogo, mas sua mulher o trai com um brasileiro.
Yo me fui de vacaciones con mi novia a Porto Alegre
aprontamos las valijas y nos tomamos el TTL,
era día de partido, jugaba Uruguay-Brasil
pero llegamos tarde y no lo pude ver ni oir,
me bajé en la rodoviaria y a un tipo le pregunté:
"¿cómo salió el partido me pode decir vocé?
El brasilero lloraba así: "ganó Uruguai perdió Brasil".
Para Globo y Bandeirantes todo era una pesadilla
ganó Uruguay 1 a 0, en la hora y de rodilla.
A festejar con mi novia fui esa noche de roteiro
comimos camarones y chupamos Velho Barreiro,
pero tomé demasiado y creo que me emborraché
y mientras me iba cayendo me acordaba del tipo aquel.
El brasilero lloraba así: "ganó Uruguai perdió Brasil".
El brasilero lloró.
Me desperté al otro día, solo estaba en el hotel
y de lo que pasó esa noche nunca más yo me acordé,
en eso sentí unas risas, y a la ventana me asomé
y vi que era el brasilero a los besos con mi mujer.
La desgraciada gritaba así: "perdió Uruguay, ganó Brasil".
Me volví en la TTL con la cabeza gacha
pensando que la vida como el futbol da revancha
pero evaluando el resultado creo que tan mal no me fue
empate de visitante al fin y al cabo yo saqué.
Y cuando llegaba gritaba así: "empató Uruguay, empató Brasil".
El brasilero lloró.
Madurerira lloró.
El brasilero lloró.
domingo, novembro 30, 2008
14.825,7 coisas que odeio em você
Talvez a coisa que mais odeio em Buenos Aires, tirando o cu-doce das mulheres, os penteados, o calor, os taxistas, os ônibus velhos, o metrô, a pretensão artística, a falta de arroz quente, os poucos amigos, a antipatia das pessoas, a falta de moedas, os piqueteiros, os garçons, a inflação, o verão, os emos, os floggers, a moda dos anos 80, a cumbia, o pomelo, os canais de jornalismo, as filas, a burocracia geral, o Boca Juniors e o Marcelo Tineli, é a densidade demográfica desse lugar.
Só para ter uma idéia, segundo a Wikipedia, Buenos Aires tem 14.825,7 habitantes por quilômetro quadrado. São Paulo tem a metade: 7.175,4, Curitiba tem 4.111,9 e Santos 1.492,3. É muita gente pra pouco espaço, meu povo!
No supermercado, no shopping, no kiosco. Para onde quer que eu vá tem um monte gente. Tem um monte gente onde quer que eu vá. Andar pelas calçadas de algumas avenidas é como dirigir o carro na hora do rush. Você acelera, desacalera, ultrapassa, anda pelo acostamento, freia e muitas vezes tem até que parar para dar a preferência. Só que ao contrário do trânsito, não existem placas, pisca-pisca ou faixas preferenciais para os mais lentos.
Talvez isso seria uma boa idéia! Já presenciei vários xingamentos, freiadas bruscas e até algumas colisões nesse engarrafamento de gente. Fica aí a sugestão para os próximos governantes. Organizem o trânsito de gente nesse lugar!
In my place
Madrugada de Buenos Aires, fila de uma "náite".
Pessoas exageradamente arrumados numa fila, 90% homens. A nova moda entre roupas masculinas na Argentina é o decote. Sim, o ridículo não tem limite. É uma gola em V que deixa todos os pêlos a mostra.
Um cara sai da fila, põe o pinto pra fora e começa mijar tranquilamente do meu lado.
Definitivamente aquele lugar não era para mim.
Galeria de arte de Palermo, noite qualquer.
Pessoas discutem sobre algo inútil que não tem a mínima importância para nada e a influência que esse nada possa ter na sociedade. Penso que talvez eu deveria ter seguido os insistentes conselhos do meu pai e ter feito vestibular pra Direito. Pelo menos assim eu evitaria esse tipo de papo.
A arte ou a pseudo-arte não é para mim.
Blog de publicidade conhecido no mercado.
Discussões e comentários sobre um agência que entregou revistas congeladas para os assinantes como parte de uma ação de não sei qual cliente. Se eu pagasse a assinatura de uma revista e ela viesse congelada pelo correio isso ia me deixar muito puto.
Isso também não é para mim. A publicade é a arte do trocadilho.
Mas pera aí. Você não é publicitário ou algo assim?
Exatamente. Sou algo assim. Mas às vezes tem tanta discussão sem sentido e valorização de coisas que não entendo.
Lembrei daquela música do Pato Fu que diz Vai diminuindo a cidade / Vai aumentando a simpatia / Quanto menor a casinha / Mais sincero o bom dia
Show da Juana Molina, Planetário de Buenos Aires.
Todos aplaudem.
Hippies, gritos de legalize já, brincos de pena e filtro de sonhos também não são para mim.
Concluindo.
E nessas de saber exatamente o que não é para mim, vou percebendo que não tenho a mínima idéia daquilo que é.
Estou pensando em me tornar um escritor, de preferência daqueles famosos. Falando nisso estou adorando a biografia do Paulo Coelho.
sexta-feira, novembro 28, 2008
The Bobs.
O prêmio para o melhor blog em português foi para o Querido leitor, da Rosana Hermann. Achei uma pena A Nova Corja, em que votei, não ter ganhado. Eles sim de verdade produzem conteúdo próprio e conseguem tornar o noticiário político uma coisa realmente interessante.
Já quem ganhou o de melhor em espanhol foi o Bestiaria, da argentina Carolina Aguirre. De tão famosos, seus textos já foram transformados em um livro com o mesmo nome. Confesso que nunca tinha ouvido falar sobre até ontem.
Interessante notar a grande diferença entre os dois blogs ganhadores. Enquanto o da brasileira é um apanhado de tudo, que repete as mesmas notícias de celebridade e últimos gadgets que estão na Folha, Ig, G1 e Uol, o da argentina é uma espécie de diário de solteira com todos os problemas e anseios de quem chegou nos seus 30 anos.
Ai que sono.......
5 filmes que deveriam ter mais fama
Basicamente um bando de amigos fazendo um mochilão pela Europa. Várias piadas boas e outras nem tanto.
Além do mais há a participação do Matt Damon como um cantor de uma banda de rock e do Vinnie Jones, aquele malzão de Snatch, como um torcedor fanático do Manchester United.
Esse eu até entendo que seja pouco conhecido, afinal é argentino. De qualquer maneira, Histórias Mínimas é um clássico.
Três histórias que se cruzam. Um vovô que sai em busca do cachorro que fugiu porque está magoado com ele, um tiozão que leva um bolo de aniversário para o filho de sua pretendente e uma humilde mãe de família que vai participar de um concurso de tv. Tudo isso acontecendo na longínqua Patagônia, onde a modernidade demora a chegar.
O diretor Carlos Sorín é de longe o meu cineasta argentino preferido.
Está aberta a temporada de caça aos tradutores de nome de filme. É incrível como eles se esforçam para deixar o título com cara de Sessão da Tarde.
Billy Bob Thornton é um bêbado, que junto com seu amigo anão, percorrem diferentes cidades roubando os shoppings onde eles trabalham como Papai Noel e duende.
Com cenas que beiram a surrealidade e diálogos engraçadíssimos, o filme é dirigido pelo Terry Zwigoof, um dos cineastas mais indies que já ouvi falar. Além dessa pérola cinematográfica do Bad Santa, o cara dirigiu Crumb, Art School Confidential e Ghost World. Nesse último, em que atua uma Scarlett Johansson pueril, o cara teve uma indicação ao Oscar de melhor roteiro adaptado.
Ewan Mcgregor, Naomi Watts e Ryan Gosling num filme dirigido pelo competente Marc Foster.
Esse filme sobre experiências pós morte, ou pré morte, tinha tudo pra ser um sucesso do tipo "Brilho Eterno" mas não foi. É bem do tipo que você sai do cinema pensando o que foi tudo aquilo e se não chega a nenhuma conclusão acha o filme uma bosta.
Simplesmente adoro a edição e a transição de cenas.
Triste, freak e engraçado em certas maneiras. Ele acaba arrumando um amigo disfuncional e se viciando em cheirar gasolina.
Roteiro escrito pelo irmão do Hoffman e dirigido pelo Todd Louiso, o cara que interpreta o Dick em Alta Fidelidade.