Quando acordei no meio da madrugada, para saber o resultado da votação da Lei das Retenções pelo Senado argentino, não sabia assistiria ao vivo um momento histórico.
Com o empate em 36 a 36, restava ao vice-presidente Julio Cobos dar o voto de minerva depois de 18 horas de discussão no senado e 4 meses de protestis nas ruas. Em um discurso pausado, reflexivo e muito emocionado, Cobos disse não ao projeto de Cristina. Uma multidão de simpatizantes da causa do campo assitia por um telão, voto a voto, a movimentação no senado. O mesmo acontecia na praça do congresso, com os oficialistas.
Em meio a insensatez do governo atual, Cobos foi o único que mostrou desde o começo uma postura aberta ao diálogo, convocando muitas vezes as entidades para a conversa, sem a concordância de Kirchner.
"A presidenta dos argentinos nos entenderá e me entenderá. Porque creio que uma lei não vai servir para solucionar este conflito. A história me julgará, não sei como. Temos que dar uma resposta a muita gente que não é do campo. O povo quer viver tranquilo e quer que os políticos tenham humildade. Meu voto não é positivo, meu voto é em contra".
Eram 4h30 da manhã e começou uma festa camponesa em Palermo.
Recomendo a análise de Joaquim Morales Solá, articulista do La Nación.
quinta-feira, julho 17, 2008
Uma desobediência que entrou para a história.
Labels:
argentina,
buenos aires
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comments:
Me surpreendeu, de verdade. Fui dormir porque achei que ia ser um drama só pra parecer que foi democrático, com a possibilidade da oposição quase ganhar. E conseguiram. Vamos ver o que vai acontecer agora, já que só a Cristina pode revogar a lei, mesmo com o não do Congresso. Em meia hora ela faz seu discurso.
bjs
chegou a hora da cobra fumar e da onça beber água.
se fosse no brasilzão esse tiu que disse não seria o proximo presidente.
off: viu que o padre balão ta concorrendo no darwin awards?
http://darwinawards.com/darwin/darwin2008-16.html
vamos votar minha gente!
nao duvido nada que seja o proximo presidente.
Virei superfã do Cobos. Devia ter mais gente com atitudes assim na política latino-americana.
Postar um comentário