terça-feira, novembro 25, 2008

Los exitosos Pells

Ontem rolou um bate-papo aqui no trabalho com a Esther Feldman e o Alejandro Maci, os criadores da novela argentina "Los exitosos Pells".

A novela finalmente está colocando o Marcelo Tineli e seu programa do Bailando por um sueño no chinelo. Basta né? Depois de 3 anos de gente dançando, não existe mais nada para sonhar.

É interessante notar a diferença do modelo de produção televisivo aqui e no Brasil. Na Argentina uma novela ou série não consegue sobreviver bem só com o mercado nacional. Assim, eles são obrigados a inovar e fazer de tudo para vender a fórmula ou a série bruta para o mercado externo. É exatamente o contrário que parece acontecer no Brasil. O CQC está aí provando isso e a iniciativa argentina é sucesso em vários países.

Esther e Alejandro estão por trás também de "La Lola". A história aparentemente previsível e banal de uma mulher que troca de corpo com um homem foi muito comentada por aqui foi vendida para dezenas de países, inclusive para os EUA onde vai virar uma série.

Os "Exitosos Pells" é uma comédia/drama de um casal de apresentadores de um noticiário, espécie de William Bonner e Fátima Bernardes, que acabam mostrando sua vida demais para o público, mas ao mesmo tempo escondem algo misterioso.

* O casal da foto é o da novela, não a dupla de escritores.

16 comments:

giancarlo rufatto disse...

o importante é que a Rede TV vai começar passar Barrados no Baile!

Túlio disse...

ooooooooooooooooooooooi gente!

Juliana Bragança disse...

aqui passa la lola?? ja ouvi algo parecido...

André disse...

Realmente, eles são completamente dependentes de venda para fora. O mercado publicitario argentino é comparável ao do Equador, é menor que o da Colômbia e é 20 vezes menor que o brasileiro. E os salários na Argentina para atores em televisão é basicamente o mesmo que os atores daqui do Brasil e do México ganham apesar do mercado ser MT menor.

Mas o bom da TV argentina é que eles realmente apostam em conceitos inovadores vez ou outra e são esses seus verdadeiros sucessos de exportação. Eles não vendem só melodramas como a maior parte dos países que exportam da América Latina e eles, EM GERAL, mantém um alto padrão de qualidade apesar das limitações financeiras.

Cido disse...

o SBT passa/passou la lola, ma oeee!

Túlio disse...

hahaha... a autora comentou que conheceu o Silvio, oeeeeeee

Anônimo disse...

Quem diz aqui que o nível da TV argenta é alto... vê TV nesse país? Já ouviu o quanto eles invejam nossas novelas pela complexidade que tiem? E desde quando a Argentina "exporta" programas? As histórias são sempre lineares, com trama única, personagens regionais não existem.

O que acontece no mercado publicitário argento e no de suas "novelas" (pq são como séries, não novelas!) é que os argentinos são os brancos mais-ou-menos-passáveis por europeus mais baratos que há no mundo. Então se grava um monte de coisa por aqui, quase sempre o mais impessoal possível (porque nem o humor é argento - é um humor americano "berreta").

Ultimamente, quando eu me canso de ver 5 programas políticos ao mesmo tempo, eu dou uma espiada no bailando para desorganizar os átomos do meu cérebro e depois voltar a reorganizá-los mais relaxadamente, tipo, com uma "placa roja" do Crónica. Aí eu gosto.

PS: Quanto ganha um ator aqui? Quanto ganha um ator no Brasil?

Anônimo disse...

Me olvidé: "Firme, junto al pueblo!" :-D

André disse...

Um protagonista na Argentina ganha de 25 e 40 mil dólares de acordo com o Adrian Suar. Tem uns, que protagonizam uma novela de 3 em 3 anos mas sempre garantes audiências altissimas, que chegam a cobrar 100 mil. No Brasil, um ator de primeira linha da Globo ganha 60 mil reais.

E você pode não gostar da TV argentina, mas é inquestionavelmente melhor do que outros paises latinos que são muito mais bem sucedidos (México, por exemplo). É OBVIO que eu não me refiro a Showmatch ou a Susana Gimenez mas sim ao CQC, a Los Simuladores, Hermanos y Detectives e as novelas argentinas, mesmo estando longe de serem 'perfeitas', são MUITO mais complexas e bem cuidadas que as mexicanas (não todas, obvio).

E, independente da qualidade, eles exportam para cacete. Lalola está sendo exibido (em geral versionado) em tudo quanto é lugar que você imaginar. As novelas argentinas também são adaptadas no mundo todo, CQC, as novelas infanto-juvenis (Chiquititas, Rebelde), etc. etc. Tá certo que eles são tão dependentes de exportação que as produções deles são, quase sempre, bem impessoais e não refletem a cultura como a TV brasileira faz mas isso não tira o mérito deles.

A qualidade da TV na Argentina não é alto. Isso é óbvio. Nenhum país que tem Susana Gimenez e Showmatch como pilares do horário nobre tem uma TV de alta qualidade. Porém, quando eles se empenham, eles tem muito mais facilidade de produzir com qualidade que quase todo o resto da América Latina.

Anônimo disse...

André,
Mas então vc alterou o que dizia aqui... pq para me responder teve que abrir mão de um montão de "poréns" e outras conjunções adversativas.

"Mas o bom da TV argentina é que eles realmente apostam em conceitos inovadores vez ou outra e são esses seus verdadeiros sucessos de exportação."

O que são conceitos inovadores? Digo, inovadores sob qual critério?

Depois, vc diz que "independente da qualidade, eles exportam para cacete". Então tudo bem exportar porcaria? Não nos queixemos, pois, dos "melodramas" exportados pelos países da Am. Latina, como vc diz. Pode ser somente uma questão de o melodrama não ser um gênero explorado na Argentina e portanto o país, na sua opinião, não exportar muito "melodrama". Particularmente, considero que há muito melodrama (ficções cujo tema são os desaparecidos da última ditadura, por exemplo).

Protagonista é protagonista. Tem mais é que ganhar mesmo. Não sabia pontualmente quanto ganhava um ator, mas concordamos que as condições de no Brasil são melhores. No geral. Obrigada pelo dado do Suar. Espero que seja atual.

Audiência: Passou de 20 pontos no rating/Ibope daqui, já é audiência "altíssma" na Argentina. No Brasil, isso é um rotundo fracasso. OK, não precisa haver 98% dos televisores ligados na novela das 20h pra ser um sucesso... mas mesmo assim, considerar 20% um número tão bom para os primeiros lugares da TV argentina pode ser interpretado como: A- Assiste-se a mais diversidade; B- É possível que as produções tenham um nível muito baixo para que os primeiros lugares tenham que estar entre 20 e 30% de audiência, isto é, é muito difícil convencer as pessoas de assistir essa TV. Sua colocação sobre quão baixo é uma TV com Susanas e Tinellis no horário nobre dá a pista de que a letra B pode ser a resposta mais próxima da correta.

De repente, pra responder meu comentário, você foi tendo que falar algo mais realista, que é basicamente o que eu disse. Então melhor, pq acabamos enxergando as mesmas coisas, parece...

Não gostar do que rola na TV Argentina não quer dizer que eu ame a TV brasileira. Agora: tb conheço o quilombo aqui por dentro (ñ sei se vc trabalha em TV aqui. Takeda?). O nível de exigência me parece muito baixo/ alto nível de improvisação? Penso que há muito a explorar, mas isso é problema de quem atualmente se senta pra escrever um programa na TV argentina. Faço votos de melhora.

"Eles não vendem só melodramas como a maior parte dos países que exportam da América Latina." Comentei brevemente acima [séries]. Nessa afirmação está incluído o Brasil? Pergunto, pq entendo que com "melodrama" vc quis se referir a coisas do tipo "Te voy a enseñar a querer" ou algo estrelado pela Thalia. A "telenovela brasileira" é quase todo um gênero aparte - há universidades argentinas com grandes professores pesquisadores da telenovela, brasileira first e mexicana provavelmente second - sim, tb me surpreendeu.

"Eles, EM GERAL, mantém um alto padrão de qualidade apesar das limitações financeiras."
Sem discrepar nem concordar, só queria saber qual o critério: subjetivo, ou técnico. Suponho que vc se refira a questões de ordem técnica; senão, se contradisse. Antes, disse que "eles, (os argentinos) EM GERAL, mantém um alto padrão de qualidade apesar das limitações financeiras". Mas me respondeu que é "óbvio" que o nível da TV Argentina não é alto, pq existem Tinellis e Susanas. Isso, no entanto, já é uma questão de gosto. "Bailando" como é feito aqui é um asco sim, mas é, bem ou mal, é uma megaprodução na Argentina. Uma produção gigante voltada ao absolutamente fútil e um programa/show tão factível tecnicamente quanto os de Fauto ou Gugu (ou até menos - ai meu Zeus). Já o programa da Susana é "incomentável". Com as facilidades de hoje, se pode fazer muito produto tecnicamente bom com limitações financeiras (transfira esse pensamento para o cine argentino por exemplo...). Difícil é manter o passe de um ator, um centro de produção hecho y derecho. Não pode haver mais controle de qualidade fora que dentro de um centro de produção. Isso não ocorre em nenhuma indústria. Nenhuma. Produção demasiadamente descentralizada tem que ter controle crescente em razão exponencial... isso não acontece.

No Brasil diz-se muito que a TV Argentina tem um modelo interessante de produção, em que há mais produtoras independentes blablabla. Eu acreditava nesse "sonho" até morar aqui. Na real, donos de produtoras importantes na Argentina é que são manda-chuvas de programação de canais (ou, em última instância, alguém que tenha um pé em cada ponta), e seus produtos é que acabam tendo mais espaço no canal em questão (ou exclusivamente seus produtos).

Acho válido esse bate-volta, pq senão fica parecendo que, como muito brasileiro gosta de pintar, o Brasil tá lá atrás, e o todo o resto é melhor. Quando até a Argentina é "melhor", é hora de repensar conceitos. Vivo aqui o tempo suficiente para saber, me parece que vc tb.

Acho que muita, muita coisa na TV aberta do Brasil pode ser melhor do que é, e seria muito bom que produtoras tivessem (mais) acesso à grade da TV aberta. Suponho que disso ninguém discorda.

O tal empenho dos argentinos no entanto deveriam garantir-lhes ao menos melhores programas de cabo, então. Estão devendo. Eu, particularmente, apesar disso tudo, vejo muita TV aqui, pq vejo toda a porcaria além das coisas de que normalmente gosto. Creio que como muita gente, para ter parâmetro, para ter "un pantallazo" do país - especialmente no começo aqui, como em outros lugares onde vivi, ver TV é sociologicamente incorreto [e correto] e isso é delicioso :P

Agora, tb gosto da idéia de se trabalhar a pulmão, que vc parece evocar. Mas quando se fala nisso, é importante esclarecer bem o terreno que estamos pisando, pq se entra num outro conjunto de critérios. Como disse acima, não é questão nem de concordar nem de discrepar; é nada mais que saber o que estamos julgando quando falamos de uma coisa ou outra. Comparar alhos com bugalhos, não...

Pra terminar (uff, ainda quero ouvir um pouco do Mendiguren), eu gosto sim, adoro programa político aqui. Mesmo quando estavam todos se autocensurando para não perder verba de propaganda oficial do governo. Até de direita.


PS1: Dormimos tarde hein? Mucha tele. :) Valeu o debate. Saludos.

Túlio disse...

Concordo com vc, Ludmilla em muitas partes.

Sim, aqui eles são passáveis por europeus. A criadora da novela inclusive comentou que ninguem em suas criacoes toma o MATE. Como os europeus acham isso estranho, ele preferem passar batido por uma tradicao do lugar para tornar o produto mais vendável.

Quanto à qualidade da TV, eu sinceramente não tenho parâmetros para julgar. Acho que é algo mais pessoal do que qualquer coisa. Certamente aqui é mais variado, por não ter um canal dominante como a nossa Globo, mas existem coisas que eu simplesmente nao entendo. Já escrevi aqui sobre o jornalismo de TV, que considero uma verdadeira bosta.... mas vai saber sou eu que estou acostumado a outro modelo.

Enfim, gostei de ver essa discussão.

Abraço!

André disse...

“O que são conceitos inovadores? Digo, inovadores sob qual critério?”.

Inovadores comparando com o resto da produção latino-americana. CQC é um conceito inovador. Não é o único programa assim no mundo e não inventou o gênero de programa jornalístico de humor, mas o programa realmente teve um impacto enorme na TV mundial, não só na Argentina. As novelas argentinas com temática séria (Montecristo, Vidas Robadas, Padre Coraje, Resistire) são únicas na América Latina (embora as brasileiras sejam bem melhores). Mujeres Asesinas, embora eu não goste, é um conceito ‘inovador’ (para a TV latino-americana ao menos) que foi adaptada com grande sucesso (e com criticas bem positivas) mundo afora. Também temos varias produções antigas da Pol-ka que são destacáveis como Vulnerables (que tinha um formato bem similar a In Treatment da HBO mas foi feito dez anos antes) ou a novela Padre Coraje. É claro que podemos dizer que POR AMOR A VOS, a novela do 13 no ar atualmente, é um saco. Eu acho chata. Mas é mais difícil apontar milhões de defeitos nela do que nas produções mexicanas, venezuelanas e colombianas.

“Então tudo bem exportar porcaria? Não nos queixemos, pois, dos "melodramas" exportados pelos países da Am. Latina, como vc diz. Pode ser somente uma questão de o melodrama não ser um gênero explorado na Argentina e portanto o país, na sua opinião, não exportar muito "melodrama". Particularmente, considero que há muito melodrama (ficções cujo tema são os desaparecidos da última ditadura, por exemplo)”.

Mas a TV argentina tem muitos melodramas. Montecristo, que você citou. Vidas Robadas, encerrada faz pouco tempo. Resistire faz alguns anos. Mas são melodramas bem distintos dos mexicanos (não em todos os aspectos, óbvio) e com valores de produções completamente diferentes do da Televisa. Eu não quis dizer que todo melodrama é uma droga, não quis usar essa palavra como pejorativo O que eu disse foi que os melodramas mexicanos especificamente são ruins, mal produzidos e estranhamente atuados. Os colombianos, apesar de ter roteiros bons, também têm valores de produção porcos. Os melodramas argentinos, em comparação, são obras de arte (EM COMPARAÇÃO). Ou seja, comparado com os outros países da América Latina que exportam muito (por exemplo, o México, que é a “cara” da TV latino-americana para o mundo inteiro, a impressão que o mundo tem do que nós, latinos, gostamos de consumir), a produção na Argentina é muito melhor (embora, quando o México adapta um programa da Argentina essa versão acaba fazendo mais sucesso que a versão original pois a Televisa é MUITO forte mundo afora). Então, basicamente, eu acho que a TV Argentina, a que exporta para fora, é de maior qualidade do que a de quase todo o resto da América Latina (e não vou entrar no quesito Brasil x Argentina nesse sentido porque na única coisa que exportamos, novelas, nós ganhamos de lavada em qualidade, roteiro, etc).

Você se confundiu no quesito audiência. 20 pontos não é 20% de share. Aqui no Brasil, uma novela de horário nobre tem que fazer mais de 45 pontos para ser considerado sucesso e isso representa mais ou menos 60% das TVs ligadas. Isso está mudando porém, já que as últimas três novelas de horário nobre não superaram os 40 e poucos. O fato é que os pontos (não o share) varia de país para país e tem a ver com o tamanho da população e não com a quantidade de TVs ligadas em determinado canal. Por exemplo, no México, uma novela bate RECORDE HISTÓRICO de audiência se tiver média final de 30 pontos e 25 pontos é o considerado ‘grande sucesso’. Isso é uma novela de horário nobre, na faixa mais assistida. Já no Uruguai, o programa de maior audiência tem 15 pontos de audiência e 50% de share (é o Showmatch também) e o segundo lugar tem 12 pontos e 35% de share. Ou seja, audiência em pontos e o share não têm relação e a quantidade de pontos que um programa faz está diretamente relacionado ao tamanho da população (Ibope é uma empresa brasileiro e por tanto o sistema de pontos que é usado em todos os países hispanos foi originalmente pensado para o Brasil e se aplica bem melhor a nossa TV).

E sobre exportação de melodramas, eu realmente me expressei mal, até porque, como já disse, não usei a palavra como pejorativo. Porém, se trocássemos ‘melodrama’ por ‘novelas’ o argumento seria valido para o Brasil. A Argentina exporta muito mais formatos diferenciados e, inclusive dentro de novelas, eles têm um pouco mais de ‘variação’ do gênero. O cardápio de exportação dos args é bem mais variado que o nosso e do que o do México.

"Eles, EM GERAL, mantém um alto padrão de qualidade apesar das limitações financeiras."
Técnico. E eu sei que pode não parecer mas compare a TV Argentina com a colombiana. Os colombianos até escrevem direitinho, mas a produção lá é BEM pior (e é um mercado televisivo maior). Ou a mexicana, que tem um mercado DEZ vezes maior e tem uma produção, na minha opinião, bem inferior (embora, curiosamente, eles gastem bem mais dinheiro na produção de novela).

”No Brasil diz-se muito que a TV Argentina tem um modelo interessante de produção, em que há mais produtoras independentes blablabla. Eu acreditava nesse "sonho" até morar aqui. Na real, donos de produtoras importantes na Argentina é que são manda-chuvas de programação de canais (ou, em última instância, alguém que tenha um pé em cada ponta), e seus produtos é que acabam tendo mais espaço no canal em questão (ou exclusivamente seus produtos).”
Isso da produção independente ser só dos donos do canal não é necessariamente verdade. Ta certo que o Canal 13 é completamente controlado pela Pol-ka, do Suar, e a Ideas del Sur, do Tinelli. Mas até pouco tempo atrás eles também tinham a 4Cabezas, do CQC, e eles tem produtoras variadas para programas de humor (Mandarina e a que produz o TVR e o Duro de Domar que eu não lembro o nome). Na Telefe, os Pells são da Underground. Tem a Dori Media. Tem Cris Morena Group (ta certo que quando ela começou ela era casada com o diretor de programação do canal, mas ele já não dirige canal faz 8 anos). Todas essas produtoras, é verdade, são comandadas por gente poderosa , mas se analisarmos tem sim um pouco de ‘justiça’: tanto CQC, quanto Duro de Domar e TVR começaram no América, que tem audiência baixíssima, e depois de explodir foram ‘promovidos’ para o canal líder. O mesmo com a Underground que produz os Pells mas antes fez Lalola que foi ao ar no Amérca também.

Eu acho que uma coisa que eu não comentei é que minhas comparações não foram Brasil-Argentina e sim Brasil-América Latina. Eu gosto MUITO de comparar TV mundial, saber quais gêneros e programas são populares mundo afora (não a América Latina especificamente). Eu nem moro na Argentina (embora, é claro, já tenha visitado o país várias vezes) nem sou, por incrível que pareça, grande consumidor da TV daí (Eu atualmente assisto UM programa proveniente daí que é o meu maior guilty pleasure e da até vergonha de admitir qual é. Hint: é da Cris Morena :x) e eu tentei analisar sendo bem neutro. É claro que, por não ser exposto com tanta freqüência a ela como você, com certeza tenho percepções diferentes e posso ver mais o lado positivo.

(alias, desculpa pelo texto confuso).

Túlio disse...

André, supõe-se que vc trabalha com tv também, certo?

Não vi VIDAS ROBADAS, mas dizem que o final dela foi o maior delírio da televisão mundial.

Anônimo disse...

Interesante debate.

Acho tão ruim a Tv argentina quanto a brasileira pq tv não para difundir cultura, conteúdo. Isso está claro.

Sou jornalista e trabalhei lá em produtoras independentes.

É verdade qo que diz Ludmila em ralação à dependencia com os maiores canais (tinelli suar + artear, etc)

O que sim exiet, e foi un nicho de mercado explorado desde a desvaloirização do peso de produzir publicidade e programas para diferente emissoras de fora (History, HBO, ou realty shows). Aqui no Brasil não acontece muito pq nem sequer existia uma lei que fizera posível isso. Foi modificada há pouco tempo e ainda as produtoras independentes reclamam pq quase mantém tudo como estava, permitindo o monopólio Globo.

Eu tenho um amigo que vende produtos da Globo para o exterior e sempre me diz que para eles agora não mais tanto negocio vender o produto finalizado como sempre fizeram pelos altos custos. Argentina, embora tenha uma produção menor, vende formato; e com Méico, onde as novelas quasi se fazem com os "atores" repitindo o que falam no ponto, nem pensar em concorrer.

Acho que discutir se é melhor ou pior por melodrama, conteúdo, não é questão e sim quais são os termos de competitividade e como é como produto em esse televiso nesse contexto. Para mim, tv não é para ver se uma novela é mais ou menos melodramáticas. Para mim (e isto é muito pessoal) todas, sem distinguir pais, são de enredos absurdos, alienantes, preconceituosas e não representam nem um pouco aos povos onde foram feitas.

Abs.

André disse...

Não trabalho com TV. Mas meus pais trabalham. E eu me interesso pelo assunto e quando eu me interesso por algo eu não sossego e meio que o disseco o máximo possível.

Anônimo disse...

Querem realmente se divertir???
Vejam Los exitosos Pells! Eu assisto, e estou em Recife!
Feldman e Maci no Brasil seriam disputados a tapas! Criatividade, agilidade, originalide, estética, imaginação. Nem parece novela, mas é!
Na realidade, a maioria que comentou tem razão, quem faz a diferença é a Underground, ou o Sebastian Ortega (um Guel Arraes com liberdade de criação).
Abraços,
Marcia

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