Os nomes eram tantos que acabou sendo um Top 6 com os meus diretores argentinos preferidos.
Podemos dizer que é uma diretora cerebral já que é um cinema bastante difícil, mesmo que sempre elogiado pela crítica. Seus principais filmes são “La niña santa”, “La Ciénaga” e “La mujer sin cabeza”, lançado esse ano. Por incrível que pareça tenho dvd de 2 deles, mesmo não sendo grande fã.
5 - Pablo Trapero
Diretor de “El Bonaerense”, “Família Rodante”, “Nacido y criado” e o mais recente “Leonera”. O cara curte mostrar a desesperança e a o lado mais podre da família. Muito dos seus personagens não tem objetivo nenhum na vida e há a sensação de estar vendo uma sucessão de fatos que não levam a lugar nenhum. O meu favorito é “Família rodante”, que mostra tios, primos e toda a patota se juntando a avó para uma viagem freak rumo ao interior. No decorrer da viagem são descobertas traições, paixões entre primos e outras podridões. Mesmo assim é divertidíssimo.
Despontou em 1999 com o filme "Mundo Grúa", que ainda não vi.
4 - Juan Taratuto
O cara por trás de todas as comédias românticas record de bilheteria do cinema argentino. Ele realmente tem o dom de conseguir atrair multidões. “Un novio para mi mujer” levou mais de 1 milhão de pessoas esse ano no cinema e, pensando que a Argentina tem 40 milhões de habitantes, é um baita número. “Quien dice que es fácil” e “No sos vos, soy yo”, que mesmo com o Diego Perreti, um narigudo feio pra caramba que no final do filme sempre acabava com uma menina, são muito divertidas.
3 - Juan Jose Campanella
Provavelmente o mais conhecido diretor argentino no Brasil já que são deles “O filho da noiva” e “O clube da lua”. É considerado cinema comercial aqui na Argentina e muitos acusam seus filmes de ter uma certa fórmula pré-pronta. O cara é um dos mais internacionais do país, já dirigiu alguns capítulos das séries House e Law and Order SVU.
Tem uma coisa com o Ricardo Darín, que é quase onipresente em seus filmes. Um dos meus preferidos é um chamado “El mismo amor, la misma lluvia”. Uma história de amor que atravessa uns anos.
2 - Daniel Burman
Outro bem conhecido dos brasileiros. “O abraço partido” e “As leis da família” foram bem recebidos nos cinemas tupiniquins. Gosto muito como ele consegue fazer um belo drama de maneira original e sem forçar a barra. Seu último filme, “El nido vacío”, fala de um casal que começa a ter uma crise depois que seus filhos crescidos saem de casa. Gosto bastante de "O abraço partido" que mostra bastante como é a vida dos judeus do bairro do Once, aqui do lado do Abasto, onde moro.
1 - Carlos Sorín
De longe o meu preferido. O cara, que trabalho muito tempo com publicidade até se dedicar ao cinema, tem uma sensibilidade única em transformar histórias de gente comum em belíssimos filmes. “Historias mínimas” e “El camino de San Diego” mostram o lado mais bonito do ser humano, sem aquela desgraça que estamos cansados de ver nos jornais e até mesmo no cinema. Seus atores, muitas vezes, são pessoas do povo sem experiência alguma mas que dão um show na interpretação.
Há ainda o filme “El perro” que ainda não vi mas que todos falam muito bem. Além do mais, Sorín faz os filmes com orçamentos baratíssimos mas sem comprometer em nada o resultado final. Já “El camino de San Diego” é a saga de um humilde trabalhador de Corrientes e sua viagem rumo a Buenos Aires, tudo isso para entregar para Maradona um pedaço de árvore que todos dizem ter a cara do “Diez”.
10 comments:
Não conheço absolutamente nada do cinema argentino, mas pelo seu post me parece que existe uma produção bastante interessante. Será que consigo achar os filmes desses caras por aqui?
Olha, dessa lista vc acha fácil os do Campanella e talvez os do Burman. Recomendo muito o "Historias minimas" que não é de todo desconhecido no Brasil... se vc tem sorte acha!
Pago maior pau pro Campanella.
Eu curto muito cinema Argentino. Assisti uma vez um filme no canal Futura (que eu não lembro o nome) mas é sobre dois velhotes que, após saírem da cadeia, começam uma viagem juntos e acontece um monte de coisas. Gostei muito de "Leis de Família" também. Mas o meu preferido é "Nove Rainhas" do Fabian Bielinsky, que não está na lista, mas como a lista é de diretores e não de películas... (descobri pelo imdb que o Bielinsky só dirigiu 3 filmes) acho legal dar uma olhada nesse filme tbm. Abs.
O Bielinsky é ótimo mesmo, faltou na lista. "Nueve Reinas" e "El aura" são muito bons
VH
O filme dos velhotes é Rosagarinasino e eu também gostei muito da decadência dos dois coroas, embora Lupi, (o cara de bigode no filme) sempre faz dele mesmo; o outro, Ulises Dumon, foi um grande ator, morreu há menos de um mês.
Tulio, assita Mundo Grúa e depois me fale do"Rulo", o personagem central, feito, como na maioria dos filmes de trapero, por um ator amador.
Definitivamente não gosto Lucrecia Martel. "La Cínega" representa todo o pretensiosamente arte-cabeça, que era o cinema argentino tá metade da década passada, quando nos filmes argentinos as pessoas falavam como não fala ninguém na rua, um cinema de "clima" só para entendidos, tipo cinema "Cosmos" nas de´cadas do 70 e 80, e chato pra caramba.
Indico dois filmes: 76-89-03 e Mala época
Les recomiendo “El Bonaerense” es muy buena esa pelicula. Saludos
Bah Túlio, família rodante é um clássico! Sempre que passa aqui, eu assisto!
Abraço!
ô, falar em cineastas, conseguiu o que te pedi?
O Campanella tá fazendo um cinema redondinho! O cinema argentino tá reoxigenado! Muito bom! Recomendo-"O Segredo dos Seus Olhos"- simplesmente maravilhoso! Não é à toa que recebeu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro (2010) e bateu "A Fita Branca" De Michael Hanneke.
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