Vai embora, 2006, que você demorou pra passar.
Vai embora, ano que só serviu para mau-exemplo!
Ano em que tudo e mais um pouco de errado aconteceu e foi feito.
Ano que me implodi por dentro e que me reconstruí com um molde um pouco distinto.
Ano em que deixei de achar ridícula a expressão "conhecer a si mesmo".
Ano que obsessões e delírios se tornaram praticamente uma rotina.
Tempo onde amores e paixões pareceram mais uma malária do que um sentimento.
Vai embora, 2006. Você é esquecível.
Você vai tarde, amigo.
domingo, dezembro 31, 2006
Infeliz 2006
sábado, dezembro 30, 2006
Pobre Saddam
Saddam Hussein está morto. Uma lenda-viva agora está morta.
Confesso que sempre fui com a cara dele. Claro, ele deve ter matado milhares e milhares de pessoas, torturado outra centena, mas algo naquele bigode escondia um certo carisma.
Seu sorriso e o modo que ele se apresentava nas câmeras. Aquela coisa de ter uma foto sua em todo lugar do Iraque era praticamente uma caricatura que um filme americano poderia fazer de uma republiqueta qualquer, mas o pior era que tudo era verdade.
Ver as notícias do julgamento e seus xingamentos, sua postura e recusa em reconhecer o juiz e o próprio modo de se ainda apresentar como presidente do Iraque eram um show à parte. De alguma maneira era o modo dele de não se curvar nunca aos EUA, por mais patético que fosse. Um desrespeito cômico ao julgamento e uma mostra de toda sua arrogância, mesmo que preso numa cela sem poder fazer nem xixi sem ser vigiado.
Acredito que esse blog vai logo logo aparecer em alguma denúncia para a CIA, afinal já citei as filhas do Bush e agora admito uma ligeira simpatia que nutria a um tirano assassino.
Fato que Saddam era uma lenda. Lembro das inúmeras paródias em homenagem à ele, seja naquela bosta de filme Top Gang 2 ou até mesmo no Casseta e Planeta. Um personagem de fato simpático, excluindo-se o fato de ser ele o responsável por uma verdadeira carnificina. Não vou ficar aqui defendendo esse post besta e sem sentindo. Quem entendeu, entendeu.
O mundo acordará amanhã com um bigode e uma lenda a menos. E o nosso mundo, meus caros, precisa de lendas e bigodes.
Ótimo 2007 a todos!
quinta-feira, dezembro 21, 2006
Me voy
"Que lástima pero adiós, me despido de ti y me voy", já diz a música chiclete da Julieta Venegas.
Tô indo aproveitar minhas merecidas férias em Santos, muito provavelmente devo passar também em Curitiba.
É fim de ano, natal, e etc... Ou seja, toda aquele papo de esperança renovada no ar. Como 2006 entrou na minha história como o Ano Internacional do Clichê, entro em 2007 com esperanças e fôlegos renovados e esperando realmente que coisas boas aconteçam. Espera essa que não é só sentar e aguardar passivamente. Uma espera de esperança, de que os esforços tragam resultados e que as frustrações passadas sirvam de mau exemplo para que nada se repita.
Fiquem com o gênio James Iha, o japa mais talentoso da música ocidental e um dos artistas que mais ouvi em 2006:
::: James Iha - Sound of love
And I know I have to wait my own good time, yes
Nos vemos em 2007!
terça-feira, dezembro 19, 2006
5 Programas econômicos em Buenos Aires
Para você brasileiro falido, que vai aproveitar essas super ofertas da GOL para viajar pra capital argenta, um guia de programas econômicos e chinelos em plena Buenos Aires. Essas informações valem ouro! Não tem em nenhum guia!
5. Choripan ou Bondiola na Costanera
Bem ao lado do chiquérrimo Puerto Madero está a Costanera Sur. Comer uma bondiola lá num domingo à tarde seria algo como ir no Parque Barigüi em Curitiba e comer um cachorro quente. Programa chinelo, sem muito glamour. Do lado da costanera tem uma reserva do exército onde dá pra dar uma caminhada e ver o rio da prata de perto. O choripan nada mais é que pão com linguiça, já a bondiola é pão com carne de porco. De ótima qualidade mesmo. O choripan sai 2 pesos, a bondiola 4.
4. Pizza na Uggi's
A verdadeira argentina está na Ugi's. Objetividade total. Só existem dois sabores na pizzaria: muzzarela ou fogazzeta (que é uma muzzarela com queijo). Há filiais por toda a cidade, muitas delas nem cadeira tem. Sugiro a clássica filial do Abasto onde você pode ser atendido pelo carismático Bigode. Garfos? Para quê garfos se é mais barato comer com guardanapo? Quer levar a pizza pra casa? Ok, a caixinha da embalagem custa 30 centavos.
Não reclame se o tiozinho que te atendeu e pegou o dinheiro usar a mesma mão para por orégano na sua pizza. A pizza de muzzarela sai por 5,60. FAz 2 semanas que aumentou o preço, antes era 4,80. Em breve piqueteiros invadirão a Uggi´s exigindo que o preço volte ao normal. Impossível resistir a uma pizzaria que imprime na caixa de suas pizzas "Siempre imitada, nunca igualada" ou melhor ainda "No a la droga, Si a la pizza". Na filial da Suipacha, no Microcentro, há uma pichação homenagem que resume muito bem o espírito Uggi´s de ser: "Uggi's es amor".
3. Cinemas no INCAA
Com a tal carteirinha de estudante você pode garantir bons descontos por Buenos Aires, como no Malba por exemplo. Mas em cinemas é mais difícil, quase nenhum aceita. Aconselho então alguma sessão de cinema em algum INCAA (Instituto Nacional de Cinema e Artes Visuais). Lá o preço é 4 pesos e você pode desfrutar de filmes argentos de qualidade que dificilmente passarão no Brasil. Dê uma de cool e veja filme nacional. Sempre com ótimas opções, desde os mais experimentais, documentários e aos mais comerciais. Meu INCAA favorito é o da Praça do Congresso. Nas sessões concorridas do sábado a tarde você pode conhecer velhinhos clássicos portenhos.
2. Segundas e terças no Ill Gatto
Ill Gatto é uma rede de restaurantes italianos que existem por toda a cidade. Nas segundas e terças, todas as massas saem pela metade do preço. Tem uma "cordas de guitarra a matriciana" que é um clássico. Além de "sorrentinos" e "ravioles" de altíssima qualidade. Nos dias de promoção um prato desse sai por 7, 8 pesos e vale cada centavo. Sugiro o Ill Gatto da Av. Callao com Santa Fé, perto do Freddo e da Livraria Ateneo. se você for numa segunda, saia do Ill Gatto, caminhe meia quadra e pegue a promoção do Freddo de 2 cucuruchos pelo preço de 1. Cucurucho é a clássica casquinha. Sai 7 pesos, não esquece de pedir metade mousse de chocolate/metade dulce de leche con brownie.
1. Paulín
Tudo começou quando fui encontrar uma pessoa até então desconhecida e acabei caindo lá com ela. Localizado na Calle Sarmiento com Florida. Devido a minha falta de criatividade, sempre quando tem algum visitante nessa cidade marco de me encontrar em frente do Burger King da Florida com Corrientes. Lugar central e de fácil encontro e a uma quadra do boteco. Um bar/padaria que vende Quilmes de 1 litro a 5 pesos, num estilo meio diferente, lembrando muito as padarias paulistanas. Cerveja mais barata que lá, só no Coto. Os garçons são simpáticos e perguntam toda hora do Brasil e da sua vida. Coincidentemente vou lá sempre com companhia feminina e assim os caras acham que sou o pegador de Buenos Aires. Um garçom lá mesmo já afirmou que eu sou "da casa" Ok então né? Além da Quilmes por 5 e das Stellas por 6 pesos, há as empanadas por honesto preço de 1,50. Enfim, o bareco é um achado.
Ficarei esperando os agradecimentos pelo guia!
segunda-feira, dezembro 18, 2006
antes que seja tarde
Olha, não sou daqui
me diga onde estou
Não há tempo não há nada
Que me faça ser quem sou
Mas sem parar pra pensar
Sigo estradas,sigo pistas pra me achar
Nunca sei o que se passa
Com as manias do lugar
Porque sempre parto antes que comece a gostar
De ser igual, qualquer um
Me sentir mais uma peça no final
Cometendo um erro bobo, decimal
Na verdade continuo sob a mesma condição
Distraindo a verdade, enganando o coração
Pelas minhas trilhas você perde a direção
Não há placa nem pessoas informando aonde vão
Penso outra vez estou sem meus amigos
E retomo a porta aberta dos perigos
Na verdade continuo sob a mesma condição
Distraindo a verdade, enganando o coração
Na verdade continuo sob a mesma condição
Distraindo a verdade, enganando o coração
sexta-feira, dezembro 15, 2006
quinta-feira, dezembro 14, 2006
Post en Castellano
Me di cuenta que muchos colegas de laburo estan visitando frecuentemente este blog. No sé si para aprender portugués o para leer lo que un brasilero escribe sobre Argentina.
Mejor que yo tenga cuidado entonces cuando quejarme de los argentinos o argentinas!
Ojo!
And tonight I´m a rock´n roll star!
¡Saludos a todos!
quarta-feira, dezembro 13, 2006
disputa last fm
depois de meses tranquilo na liderança da parada geral dos mais tocados, James Iha é desbancado pelo The National.
Hefner, o terceiro colocado, chega cada vez mais perto ameaçando também a vice-liderança de James Japa Iha.
Não entendeu? Last.fm
Aguante pincha!
Pois é, o Boca fracassou e o Estudiantes saiu campeão argentino depois de 23 anos.
Com personagens odiáveis como o técnico Simeone, um dos maiores catimbeiros dos anos 90 e Verón, uma outra lenda, o "Pincha" levou o caneco com toda a glória.
Um campeonato argentino emocionante: partidas canceladas, barrabravas completamente tomados, fora o fracasso total do todo poderoso Boca na reta final: 3 derrotas nas últimas 3 partidas. Uma final que parou o país, cafés e restaurantes das esquinas completamente tomados, uma virada do Estudiantes que começou perdendo e um gol de desempate sensacional no final. Ainda bem, ninguém mais aguentava o Boca ganhando tudo.
Dizem que a culpa do fracasso do Boca, por grande parte, é do treinador La Volpe Belchior Bigode. Desde que o antigo treinador saiu para dirigir a seleção, o bigode chegou e fez um rebosteio total.
Fato rídiculo é a final de campeonato de um país não passar na TV aberta. Ok que a porcentagem de casas com tv a cabo é muito maior que no Brasil, mas mesmo assim é um crime. Somente um canal a cabo passou e eu, como sou sortudo, não tenho na minha operadora de cabo. Ok, dale cafés então! Ai, que saudade da Globo!
terça-feira, dezembro 12, 2006
segunda-feira, dezembro 11, 2006
domingo, dezembro 10, 2006
O incrível pode acontecer
O Boca Juniors tinha 4 pontos na frente do Estudiantes há 2 rodadas do final do campeonato argentino. Perdeu seus dois últimos jogos. Quando todos consideravam o campeonato ganho, o improvável acontece.
Até o final do primeiro tempo do jogo de hoje, contra o Lanús, o Boca seria o campeão. Acontece que o adversário virou a partida e o Estudiantes, que só empatava contra o Arsenal, fez 2 a o.
Resultado: ambos os times ficaram com 44 pontos e haverá uma um jogo de desempate no meio da semana para decidir quem fica com o título.
Ainda não sei pra quem eu torço na Argentina, mas sei muito bem que sou total anti-boca. Ou seja: "Aguante Estudiantes!!!". Aguante pincha!
Oremos para que o incrível, o surreal e o inesperado aconteça sempre!
* foto: La Volpe, o bigodudo técnico do Boca, o mesmo que era treinador do México na última copa.
quarta-feira, dezembro 06, 2006
Turistas, go home
O que os filmes de terror tem com o Brasil?
Lembro de uma vez em "Eu sei o que vocês fizeram no verão passado" onde perguntam pra menina qual a capital do Brasil. Ela responde Rio de Janeiro e ganha uma viagem pra não sei onde. Obviamente começa uma matança nessa viagem e depois um tiozão revela que tudo era uma farsa essa coisa do concurso e que a capital do Brasil é Brasília.
Agora saiu nos Estados Unidos o filme "Turistas". Basicamente americanos que vão aproveitar a praia no Brasil e acabam se envolvendo com uma quadrilha de ladrões de órgãos. As críticas dizem que o filme é um lixo. O NY Times diz que "se a burrice fosse um crime, os responsáveis idiotas pelo filme estariam apodrecendo na cadeia". O nota dele no IMDB, que na maioria das vezes serve de parâmetro pra julgar o filme é bom, é 3.9. Realmente ridículo.
A Embratur se preocupa com as consequências que o filme pode trazer para o turismo no país, assim como na vez do episódio dos Simpsons. Deveríamos estar contentes ou putos com essa atenção hollywoodiana? Se serve de consolo, não existe nenhum episódio dos Simpsons que fala da Argentina. E o grande filme hollywoodiano baseado nesse país foi Evita, que o próprio nome já avisa que devemos evitar. Fora esse, não me lembro de outro com grande repercusão. Recentemente vi o comercial na TNT de um com o Robert Duval atuando e dirigindo "Assasination Tango". Posso estar errado, mas acho que se trata de uma bela bosta de filme.
Creio que, como sempre, não vai afetar em nada no turismo para o país do bunda-lelê. Americanos representam 17,80% dos estrangeiros que chegam ao Brasil. Estão em segundo lugar, perdendo exatamente para os hermanos argentinos com quase um milhão de visitantes por ano e 22,25 do total.
Mesmo estando em segundo lugar no ranking, é pequeno o número de americanos que se aventura no Brasil. Se vermos a população total americana e a porcentagem de pessoas que visitam o Brasil e compararmos o mesmo dado com Alemanha, POrtugal, França e Espanha, vemos que há uma esculachante diferença. Tudo culpa do visto. É quase unânime o comentário quando encontro um americano por Buenos Aires. A maioria não vai para o Brasil porque precisa de visto e o visto é caro, além disso se você não mora numa cidade que tenha um consulado a coisa fica mais complicada ainda. Mexicanos dizem a mesma coisa. Até que ponto o orgulho nacional deve afetar nossa economia? Argentinos precisam de visto para entrar nos EUA, americanos não precisam para entrar aqui. Podem me chamar de burro, nacionalista e ufanista, mas concordo 100% com essa política de toma-lá-dá-cá. Um pouco de nacionalismo por favor, mesmo que não seja durante a Copa.
terça-feira, dezembro 05, 2006
Mercosul Musical
Brasileiros e argentinos vivem se copiando musicalmente. Acontece que ninguém fica sabendo o que acontece do outro lado da fronteira. Aqui cito alguns exemplos dos mais famosos casos.
"À sua maneira" do Capital Inicial, aquela música chata e grudenta que faz parte do repertório de qualquer banda cover meia-boca, é uma versão para "Música Ligera", grande sucesso de uma das maiores bandas argentinas: o Soda Stereo. Essa mesma música também foi gravada pelo Paralamas em 1996 no disco 9 Luas numa versão tinha uma letra que se aproximava muito mais da original. A do Capital, ao contrário, com letra um pouco mais livre, estourou muito mais. Lembro de uma vez no falido Bangalô, bar ali perto da Reitoria em Curitiba, que uma banda executou esse cover e foi a gota d´água para eu sair do lugar.
Os Paralamas do Sucesso são campeões em fazer versões de músicas argentinas. Não é à toa que eles são a banda brasileira mais famosa no país do DDI 54. "Lourinha Bombril" é versão de "Parate y mira" dos Pericos e "Trac-Trac", de Fito Paez. Fora outras versões que eu nem devo ter conhecimento.
O Ataque 77, banda argenta, tem uma versão para "Perfeição" do Legião Urbana, além de ter outra para "Amigo" do Roberto Carlos. Escutei as duas e me divirto sempre.
Engraçado é perceber a adaptação que as bandas fazem. Em "Lourinha Bombril", os Paralamas deixaram a música totalmente brasileira. Mudaram o título e a letra totalmente. Quem poderia imaginar que uma música que fala da miscigenação brasileira é uma versão de uma banda argentina?
Essa crioula tem o olho azul
Essa lourinha tem cabelo bombril
Aquela índia tem sotaque do Sul
Essa mulata é da cor do Brasil
Nada a ver com a original dos Pericos:
No se da cuenta, ella sigue su juego
Va para adelante , sigue con su meneo
Cuida su cuerpo, no le da respiro
y escucha lo que digo y mira lo que digo
Já o Bersuit, segundo comentário uma banda que mais bem reflete a argentinidade, mudou pouco seu "El tiempo no pára". Por exemplo a parte de "brasileiros" para "argentinos". Lembrando que "El tiempo no para" também é o nome de uma novela aqui, onde o tema de abertura, obviamente é esse, mas cantado por uma uma mulher que não sei quem é.
Las noches de frío es mejor ni nacer,
las de calor se escoje matar o morir
y así nos hacemos Argentinos!!
Nos tildan de ladrones, maricas, faloperos,
y ellos destruyeron un país entero,
pues así se roba mas dinero.
Já na versão original do Cazuza:
Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro
segunda-feira, dezembro 04, 2006
descoberta tardia
Neste fim de semana percebi certas coisas que ainda não tinha percebido nesses 24 anos.
- tenho um semi medo de altura. nada que me impeça de subir em lugares altos, mas apenas morrer de angústia quando se está num pic-nic natureba gringo no terraço sem a mínima proteção de muros laterais.
- tenho problemas com timing.
- considero a moda uma merda, um lixo, uma coisa totalmente dispensável para a humanidade. mas mesmo assim esse pensamento não me impede de comprar jaquetinhas da adidas.
- falando em adidas, tenho a opinião que só índio pelado pode reinvidicar suas terras.
o processo é lento
Blog enfrenta crise criativa. Fiquem com os ensinamentos de B Negão.
O processo é lento (não tô dizendo que é fácil…)
O processo é lento
Tem que trabalhar, trabalhar feito um operário (só que sem horário)
O processo é lento
O desapego do resultado é importante
O processo é lento
O caminhar contínuo nessa vibe deve ser o modus operandi
quarta-feira, novembro 29, 2006
Hecho en Guatemala
Uma das coisas mais surreais para mim na Argentina foi o Ricardo Arjona lotar mais ou menos 30 shows em um mês no Luna Park. E olha que cabe uma galera lá: 7, 10 mil pessoas. O show do Franz Ferdinand por exemplo foi no Luna.
O grande sucesso do Arjona é a clássica "Pinguinos en la cama". Não vou por o vídeo do youtube aqui porque meu blog ainda não virou penico. Pior que o clip é super bem feito, recursos e fotografia muito caprichados. O conteúdo das músicas que é lamentável, assim como a pinta de latin lover do cidadão.
Comparar Arjona a algum artista brasileiro seria mais ou menos dizer que ele é o Daniel ou o Leonardo da América Latina. Um tipo daqueles bregas famosos e com muitas seguidoras histéricas. Se o Arjona fosse conhecido no Brasil certamente o Gugu faria uma promoção do tipo "Almoçando com Arjona". Resumindo, é muito ruim.
Isso me faz pensar que por um lado é até bom que o Brasil fique ilhado com seu idioma português na América Latina, assim não precisamos importar músicos bregas e com pouca qualidade. Nos contentemos com o produto nacional! Pode ser uma bosta, mas é nosso!
Let´s sing!
Vamos aclarando el panorama
Que hay pinguinos en la cama
Por el hielo que provocas,
Si hace mas de un mes que no me tocas
Ni te dejas sobornar por ese beso escurridizo
Que busca el cielo y encuentra el piso.
Vamos aclarando el panorama yo no estoy pa´ crucigramas
Ni tu para masoquista,
Ya no sueñas viajes al caribe
Por tu rol de detective y mi papel del fugitivo,
Yo busco un sueño y tu un testigo.
terça-feira, novembro 28, 2006
2007: allá voy!
3 objetos que quero adquirir:
- um computador melhor
- criado mudo
- sofá
3 atividades que quero fazer:
- squash
- curso de produçao de música
- tocar em uma banda
3 coisas que quero conseguir:
- emagrecer
- ganhar mais
- ter uma casa decente
3 coisas que quero deixar/abandonar:
- reclamaçoes
- msn
- o bairro do abasto
3 sonhos que gostaria de alcançar
- conhecer a europa
- ganhar alguma promoçao maluca
- pode descobrir o pensamento dos outros
*inspirado no último post dela
segunda-feira, novembro 27, 2006
domingo, novembro 26, 2006
mais ou menos assim
um jogador que ficou no banco a partida inteira e não pôde fazer nada para evitar que sua equipe perdesse o jogo decisivo.
Kirsten Dunst, you must be worth a million bucks.
http://www.myspace.com/danielflay
quarta-feira, novembro 22, 2006
Hija de Bush, asaltada en San Telmo
A filha de Bush foi assaltada aqui e Buenos Aires. Levaram sua bolsa com celular e cartões de crédito. Ela visitava a cidade anonimamente.
Os jornais e a tv fazem um estardalhaço. Jornalistas idiotas fazem perguntas imbecis para o dono do bar, os vizinhos e tudo mais. Informações totalmente idiotas como o que ela comia no momento do crime, como ela tratou o garçom, se ela era simpática. Pensando nisso, me adiantei e fiz uma lista de possíveis notícias que podem circular nesses dias.
Hija de Bush prefiere las empanadas de carne picante.
Hija de Bush conoce Costanera y compra 2 kilos de chimi churry.
Hija de Bush viste remera de River y dice “Soy millonaria como mi papá”.
Hija de Bush pasea por Palermo con vestido sucio de dulce de leche.
Nerviosa, Hija de Bush golpea caja en supermercado Coto después de 15 minutos de espera en la cola.
Borracha, hija de Bush grita “Shut up, argentinians. Pelé is the best”.
Hija de Bush come demasiado en Siga La Vaca y se desmaya en Puerto Madero.
Hija de Bush pasea con brasilero en Abasto. Fuentes confirman noviazgo.
Yerno de Bush es inmigrante legal y vive en el Abasto según fuentes.
Bush llegará a Argentina mañana para conocer su futuro yerno brasilero.
Hija de Bush se confunde y dice que le encantan los tangos, principalmente los de Graham Bell.
Hija de Bush se equivoca y dice que pasará sus vacaciones en una ciudad argentina llamada Punta del Este.
Enamorados, brasilero e hija de Bush se besan en Café Tortoni.
Brasilero yerno de Bush no sabe sambar.
Celular robado de hija de Bush tenia telefonos de la Casa Blanca y de un tipo llamado Tut´s.
Dez razões para amar Buenos Aires
2. Você pode caminhar de noite na rua sem aquela fobia de ser assaltado (mas é sempre bom dar uma olhadinha pra trás).
3. As argentinas são lindas, se vestem bem, tem cabelos maravilhosos. Mas sempre bom lembrar que existe uma linha muito tênue que divide o "estiloso" do "ridículo".
4. Você sempre terá alguma coisa para fazer em qualquer dia da semana: cinema, teatro, bares, exposições, "boliches", shows e etc.
5. O povo é inteligente e consome cultura de uma maneira que não existe no Brasil.
6. Puerto Madero, esse lugar por si só já é uma razão para amar a cidade. E lá ainda tem o Siga La Vaca e o Sushi Club.
7. Aqui existe o melhor sorvete do mundo, o Persicco e qualquer doce de leite aqui é o melhor doce de leite do mundo.
8. Bife de Lomo e Bife de Chorizo com Chimi Churry.
9. Já falei que as argentinas são lindas?
10. Não que a cidade seja cosmopolita, mas tem gente de todo lugar do mundo aqui. Com a mega desvalorização do peso, americanos, europeus, asiáticos e oceanienses fazem a festa com seus euros, dólares e respectivos.
* em breve um post com 10 razões para odiar esta cidade.
segunda-feira, novembro 20, 2006
multitud
Acho que, ontem foi a primeira vez que fiquei meia hora na fila para entrar num evento que era gratuito. Lá no BAFIM, Feira Internacional de Música de Buenos Aires.
Simplesmente odeio argentinos em multidões e filas.
Eles são viciados em filas e burocratas por natureza, em multidões se tornam animais insanos. O início dos shows são sempre um caos e 100% stress. As pessoas não tem noção de espaço e física, parece que não aprenderam que dois corpos não ocupam o mesmo espaço.
Sinceramente falta um pouco de carnaval nessa terra pra eles poderem extravazar todas suas emoções e angústias. Falta um momento do ano que seja oficial para o descarrego da porraloquice, porque nos shows de rock é uma coisa extremamente forçada, desagradável e idiota.
quarta-feira, novembro 15, 2006
Titãs e Fito Paez - 1997
Sei que ando postando muitos vídeos, mas enfim... vou continuar.
Clássica participação de Fito Paez no lendário Acústico do Titãs!
Um clássico, realmente... Outro dia reouvi esse cd de cabo a rabo. Não é a toa que vendeu como água.
É, lá se vão quase 10 anos.
terça-feira, novembro 14, 2006
Isso aqui ô ô
Ontem no jornal da Telefe passou uma reportagem sobre a violência em São Paulo, falando bastante sobre a indústria de carros blindados.
Uma matéria gigantesca, quase um mini Globo Reporter.
Mais ridículo que os entrevistados paulistanos falando em espanhol (tinha um que falava "los carros" e toda hora dizia "solamente", isso tudo com a legenda embaixo em espanhol), eram as imagens. Ridículas de tão tristes. É o nosso Brasilzão fazendo sucesso aqui. Reportagem quilométrica em horário nobre e ainda mais no jornal da principal emissora do país.
É isso ae! Um pouquinho de Brasil iá iá!
segunda-feira, novembro 13, 2006
Mc Perla - Tremendo vacilão
Tira tchuru tira tchuru ou ah ou ha
Tira tchuru tira tchuru ou ah
Na madrugada abandonada e não atende o celular
Tirando onda cheio de marra achando que eu vou perdoar
pra mim já chega eu tô bolada agora quem não quer sou eu
Não te dou bola senta e chora porque você já me perdeu
Refrão
Deu mole pra caramba é um tremendo vacilão
tá todo arrependido vai comer na minha mão,
Pensou que era o cara mas não é bem assim,
Agora baba bobo vai correr atrás de mim (2x)
Tira tchuru tira tchuru ou ah, ou ah
Tira tchuru tira tchuru ou ah (2x)
Na madrugada abandonada e não ...(começo de novo)
refrão
Deu mole pra caramba é um tremendo vacilão tá todo arrependido vai comer na minha mão
Pensou que era o cara, mas não é bem assim
agora baba bobo, ou ou,
Deu mole pra caramba é um tremendo vacilão tá todo arrependido vai
comer na minha mão.
pensou que era o cara mas não é bem assim, agora baba bobo
vai correr atrás de mim
Tira tchuru tira tchuru ou ah, ou ah
Tira tchuru tira tchuru ou ah (2x)
Ou ah, ou ah, ou ah, ou ah, ou ah.
domingo, novembro 12, 2006
La Plata - a cidade das diagonais
La Plata é uma cidade que fica a cerca de uns 50 km de Buenos Aires. Uma viagem de ônibus de cerca de 1 hora e 4,60 pesos.
Fomos ontem, guiados por uma alemã e em companhia de uma norueguesa, para lá. A cidade é nova e planejada, cerca de 120 anos só. Foi criada para ser capital da província de Buenos Aires. O engraçado da cidade são suas avenidas diagonais, são muitas mesmo. Fora a informação que ouvi umas 3 vezes, seja do guia da catedral, da senhora moradora, do tiozinho do parque "a cada seis, 7 quadras tem uma área verde".
Uma cidade tranquila, sossegadíssima, que nem parece ter mais de 500 mil habitantes. A organização é tanta que as ruas são números e não nomes.
Ok, chegando na praça principal da cidade somos surpreendidos por uma "Volta de La Plata". Eram 60, 70 ciclistas dando uma volta na praça. Uma coisa engraçada, uma manada colorida de capacetes e roupas de cores berrantes, passando voando num total de 124 voltas, em comemoração ao aniversário da cidade.
O grande ponto turístiso é a catedral de La Plata, nessa mesma praça onde estava ocorrendo a corrida dos ciclistas. A catedral á considerada o maior tempo neogótico do século XX. Foi construída junto com a fundação da cidade, mas suas torres imensas, só 100 anos depois, em 1999. Você entra num tempo todo com aparência de velho, mas a torre é toda hi-tech! E o melhor, você não precisa subir escadas. Tem um elevador que te leva a 90 metros, passando pelos 2 estágios da torre. Prático e funcional. Embaixo da catedral existe um museu com obras de artes, uma cripta e a entrada para uma das torres.
A cidade também tem um zoológico, um bosque com lagos e tchananans. Além de claro, possuir um estádio de futebol hi-tech citado no último post, e ser sede de dois clubes.
Enfim, um oásis de tranquilidade muito perto do caos portenho. Uma cidade tão planejada e tranquila que parece de mentira. Um dia de sábado perfeitamente aproveitado. Um clássico.
sexta-feira, novembro 10, 2006
Joga bola, jogador
Faz 1, 2 meses atrás jogaram Boca Juniors X Gimnasia La Plata pelo campeonato Argentino, o Apertura.
O jogo foi no belíssimo estádio Ciudad de La Plata, arrisco dizer o mais moderno da América do Sul. Pelo menos pelas fotos é uma coisa lindíssima.
Pois bem, o jogo estava rolando tranquilamente e o Gimnasia ganhava por 1 a 0. Acabou o primeiro tempo e jogadores foram pro vestiário.
O presidente do Gimnasi, que falando de uma maneira educada, é um cidadão conhecido por sua má indole e suas ligações suspeitas, invadiu o vestiário do juiz e o ameaçou de morte! Sim, MORTE! Isso que seu time estava ganhando.
Sendo assim, o juiz não voltou pro segundo tempo. Ou seja, as equipes teriam que jogar em outra ocasião mais 45 minutos. Depois de uns meses de espera, a partida foi realizada essa quarta. O Boca fez 4 gols nesses 45 minutos, aos 2 minutos já estava 2 a 0 e dois gols da equipe foram em posição de impedimento. Questionável, no mínimo.
O pior foi depois saber que a "barrabrava" (torcida organizada) do Gimnasia, conhecida como "22", tinha invadido a concentração com armas, ameaçando os jogadores da sua equipe com certa truculência para que eles perdessem a partida. Tudo porque o grande rival do Gimnasia, o Estudiantes, estava a apenas 1 ponto de distância do líder Boca na classificação. Os invasores ameaçavam dizendo que dariam um tiro na perna de cada jogador se eles ganhassem, além do mais mostraram endereços e informações pessoais sobre cada um para meter mais medo.
Bizarro isso. Depois ainda noticiaram que próprios dirigentes do Gimnasia estavam no bando que invadiu a concentração. Bizarro.
As torcidas aqui realmente incentivam seus times de uma maneira única nos estádios, mas já tá claro que passaram dos limites. No Brasil, os presidentes de torcida são todos uns pé rapados, gente sem dinheiro mesmo. Aqui os chefes são semi-milionários que, não sei como, ganham tanto dinheiro. As barrabravas se confundem com máfias, atuando até mesmo em episódios e manifestações políticas. A coisa realmente desandou. O próprio campeonato argentino já teve várias partidas canceladas por causa da torcida. Recentemente outra partida do Boca, mas contra o Racing, foi cancelada por pendengas judiciais.
É isso aí, futebol na América do Sul é isso mesmo. Se no Brasil, ano passado, tivemos o cancelamento de trocentas partidas por causa de um juiz, a Argentina também não deve nada em desorganização! É um espetáculo! Aqui a coisa só está um pouquinho mais PUNK, afinal... ameaças de morte!
Te quiero igual - Andrés Calamaro
Clip da música do post anterior do Calamaro.
É o Bob Dylan argentino, cabelo e voz iguais! Um verdadeiro personagem!
Vale dizer que o clip é do fim dos anos 90, só pra contextualizar.
quarta-feira, novembro 08, 2006
Não quero
Convenhamos, basta querer não?
Por mais que reclame dessa vida de solteiro, de um apartamento vazio sendo mobiliado aos poucos, de vontade de várias coisas, de cinema sozinho, de tédio e tudo mais, basta querer.
Acontece que não quero.
Basta ter a ginga e a malemolência, a cara-de-pau e a picaretagem, o descaramento e a falta de orgulho e medo. Basta ir no La Cigale às terças e ser sem-vergonha. Essas gringas que vem pra América do Sul, em sua grande maioria, tão mais afim é de viver de "joda" mesmo. Esse é o briefing, basta lê-lo com atenção e por em prática. Mas pra que?
Grande parte das reclamações do 5G e do 5F acabariam se isso fosse colocado em prática. Acontece que não queremos. Já estamos vacinados o suficiente para saber que não é isso que enche "barriga", que felizmente ainda não somos animais a ponto de somente nos guiar por instinto. Não vamos ser também tão auto-ajuda a ponto de dizer que basta querer para conseguir. Não, isso é no mundo de faz de conta de Paulo Coelho, aquela história que o universo conspira com você. Farsa!
Basta querer sim para se mexer. Muitas reclamações do campo amoroso nascem de nosso total tédio e apatia. Não aparece ninguém interessante ao ponto de fazer a gente mexer os palitos e daí reclamamos com a mesma mesmice. Não nos damos o prazer de conhecer alguém. Nossa experiência de vida nos traz preconceitos e idéias formatadas que bastam 3 ou 4 informações para traçarmos todo um perfil de vida de alguém. Preconceito ou vivência? O modo de vestir, o cabelo, um adereço qualquer e um assunto mal escolhido já são mais que suficientes para pensarmos que sabemos exatamente como é tal pessoa. Superficial?
Confesso que não quero deixar de pensar assim. Não quero perder tempo. Sei por exemplo que gurias que usam um tipo específico de brinco não me atraem, moçoilas que tém certo tipo de tatuagem demonstram que bom, resumindo... não quero.
Mas bom, voltando ao querer...
Nem que quebremos a cara, que não dê em nada, que você se arrependa, mas "querer" te inspira, cessa um pouco com as reclamações e te dá perspectivas, mesmo que um pouco mancas. Me engana, que eu gosto!
Terminamos o post com uma música do Andrés Calamaro. Nada pessoal, mas que puta letra!
te quiero pero te llevaste la flor
y me dejaste el florero
te quiero me dejaste la ceniza
y te llevaste el cenicero
te quiero pero te llevaste marzo
y te rendiste en febrero
primero te quiero igual
te quiero, te llevaste la cabeza
y me dejaste el sombrero
te quiero pero te olvidaste abril
en el ropero pero igual
te quiero no me gusta esperar
pero igual te espero
primero te quiero igual
te quiero me dejaste el florero
y te llevaste la flor
pero igual
te quiero me dejaste el vestido
y te llevaste el amor
te quiero pero te olvidaste abril
en el ropero
primero te quiero igual
no sé si estoy despierto) bis
o tengo los ojos abiertos)
te quiero, no sé si estoy despierto
o tengo los ojos abiertos
sé que te quiero y que me esperan
más aeropuertos
te quiero te llevaste la vela
y me dejaste el entierro
primero te quiero igual
te quiero pero te llevaste la flor
y me dejaste el florero
te quiero me dejaste la ceniza
y te llevaste el cenicero
te quiero pero te llevaste marzo
y te rendiste en febrero
primero te quiero igual
Britney X Túlio - o duelo do ano
24 anos X 24 anos
143 milhoes de cd´s vendidos X 200 cd´s vendidos
2 filhos X zero filho
2 casamentos X zero casamento
milhões em sua conta bancária X mora num monoambiente alugado
sex symbol x viciado em cocalight
atriz no filme Crossroads x protagonista de "Rude e os bonitões"
conhecida mundialmente X 467 amigos no orkut
milhões de fãs pelo mundo X 134 fãs no orkut
divorciada atualmente X solteiro
* convido a todos, argentinos e brasileiros, para que façam uma comparação com alguma personalidade famosa. quem ganha?
terça-feira, novembro 07, 2006
Siempre supuse que hay algo mío en vos
Das poucas coisas que eu sabia do Fito Paez era que ele cantava a faixa número 2 do Acústico do Titãs. Aquela chamada "go back". Os Paralamas também cantavam junto com ele aquela música "Trac-trac", que tinha um refrão "dáme tu amor, solo tu amor". Sabia também que o Nenhum de Nós tocava uma música chamada "Polaroid", que era uma versão do cara.
Pois é, o cara está de cd novo. "El mundo cabe en una canción" e pelo que ouvi gostei bastante. Tem uma música que toca direto na MTV e MuchMusic, "Esto que llevas ahí". São imagens dele em sua cidade natal, Rosario, um barco meio balsa com umas luzinhas no rio e tchananans. Não se ele é um artista decadente, se está bem, não sei de nada. Desconheço.
O desconhecimento do passado também me faz gostar de Guasones e de um cara chamado Migue Garcia.
O melhor da ignorância é a total falta de preconceitos. Pra que saber do passado afinal?
segunda-feira, novembro 06, 2006
Annie Hall
Alvy: Hey listen listen
Annie: What?
Alvy: Gimme a kiss
Annie: Really?
Alvy: Yeah, why not, because we're just gonna go home later, right?
Annie: Yeah
Alvy: And-and...uh there's gonna be all that tension. You know we never kissed before and I'll never know when to make the right move or anything. So we'll kiss now we'll get it over with and then we'll go eat. Okay?
Annie: Oh, all right.
Alvy: And we'll digest our food better
Annie: Okay Yeah
(they kiss)
Alvy: So, now we can digest our food
(they turn and start walking again)
* ver esse filme num dia como ontem é uma coisa praticamente terapêutica.
delírio número 1
tudo passou
e as notas dissonantes voltaram a tocar.
o telefone talvez toque,
a campainha também.
se tocar estarei bem perto para responder.
a chuva cai mais sonora,
já não há lugar na marquise para evitar.
o que espero tem um preço alto.
um charme, uma cena, uma dúvida.
quem sabe eu não espere mais.
tateio fotos, despedaço cenas,
suspiro enquanto freio a angústia
ontem vi você, levei um outro susto
se perguntarem se estou fora, apenas diga:
ele está escrevendo a nossa história
domingo, novembro 05, 2006
Athlete
And all I needed was this one to get me back on my way
It wasn't long before I realised there was no time to waste
* ponetelos en mi listado de favoritos.
sexta-feira, novembro 03, 2006
quinta-feira, novembro 02, 2006
Post-modernidad
Ainda não aprendi a viver nesse mundo com 80 canais de TV, internet por cabo, webcam, celular, email, pizza fria e ocasionamelnte um Kool.
Relacionamentos construídos a base de uma luzinha piscando, sites que mostram quem é seu amigo e quem não é, distâncias que parecem pequenas e abismos que se formam dentro de uma mesma cidade. Com isso nos sentimos idiotas por ver que esse contato frio e distante não deixa de ser um contato. Subestimamos amizades e relações tecnológicas por pensar que, pela falta do contato, elas são pequenas. Talvez não sejam
Como já disse o Manoel, tá faltando rádio AM nesse mundo.
I wish that I believed in fate
I wish I didn't sleep so late
terça-feira, outubro 31, 2006
segunda-feira, outubro 30, 2006
rio de la plata
É só eu levantar a cabeça um pouco e olhar por cima do monitor que vejo o Rio de la Plata lá na frente. Depois da janela, da avenida Santa Fé, do supermercado Jumbo, da mesquita grande e do aeroparque tem a linha do horizonte. Faz pouco tempo que percebi isso.
domingo, outubro 29, 2006
Festas Argentinas
Como representante da juventude extrangeira nessa capital argentina, já estive presente em algumas festas e certas coisas sempre se repetem:
1. Muitas bebida, poucos bêbados
Você vê quilos de bebidas, trocentas garrafas dos mais variados tipos, mas gente caindo e bêbado você não vê. É estranho, você NUNCA vai ver alguém caindo de bêbado. A pose das pessoas é tão grande e elas se preocupam tanto com o que os outros pensam que sempre estão controladas. O mistério gira em torno da bebida, pra onde ela vai?
2. Sem pegação
Apenas não tem pegação. Sabe casaizinhos que se formam e se atracam em algum canto escuro da casa? Isso não existe aqui. Talvez pelo fato de não beberem tanto assim. O fato é que a pegação em festinhas é ZERO. O máximo que você vai conseguir é um MSN e fique contente por isso.
3. O discurso
Ser brasileiro na argentina vai gerar sempre os mesmos papos: de que cidade você é, o que você faz aqui, até quando pretende ficar, você gosta daqui, o que te fez vir pra cá. Futebol não é tanto assim citado, mas vez ou outra comentam o fiasco da copa do mundo e a destruição da estátua do Ronaldinho.
4. As praias
Sim, as praias de Santa Catarina são lindas né? Prepare-se pois elas certamente serão citadas num papo casual com um argentino/a.
5. A cultura
Felizmente ainda não descobriram a moda funk, mas o axé é sempre citado. Você condenará isso veementemente. Paralamas é sinônimo de rock aqui, não adianta citar Los Hermanos. Felizmente os mais citados ainda são Chico Buarque e João Gilberto. Cinema depende muito, mas certamente "Ciudad de Diós" entrará na roda.
6. O povo
Desista de explicar que em Curitiba as pessoas não sambam nas ruas. Desista, é inútil. É a sua palavra contra anos de propaganda bundística brasileira.
7. Horário
Uma boa festa em Buenos Aires vai começar só depois das 2h da manhã. Você pode ser convidado as 4h da manhã inclusive. Chegar antes da 1h é perigoso. Digo por experiência própria. O grande mistério é o que fazer enquanto não chega a hora. Se você tem dinheiro de sobra pode rolar uma maratona de barzinhos e restaurantes, mas e se não?
sábado, outubro 28, 2006
sexta-feira, outubro 27, 2006
You´re the one!
Algumas dicas musicais:
::: Joy Zipper
Um casal de New York que faz rockzinho básico e dos bons. A música "1" é uma pérola e não paro de escutar. Baixei o cd, mas quem quiser dá pra escutar direto no MySpace. É aquele novo rock que o Strokes começou, mas com belos refrões e um tanto quanto mais suave.
http://www.myspace.com/joyzipper
::: Iron and Wine
Um barbudo um tanto quanto hippie que fez uma versão de uma música eletrônica só no violãozinho. A música em questão é "Such Great Heights" do Postal Service, trilha sonora de um comercial da Ford aqui, se não me engano, e trilha também do filme Garden State. Dirigido e atuado pelo carinha do Scrubs. No blog abaixo há um link para a trilha sonora do filme. PS: não baixei, portanto não me responsabilizo. Aproveite e baixe também o cd todo do barbudão do Iron and Wine.
http://unapieldeastracan.blogspot.com/
::: The Kooks
Agradecimentos à rede da Agencia, meu colega de trabalho passou em primeira mão esse cd debute do The Kooks. Mais uma daquelas bandas guitarrentas do Reino Unido. Agitadinho e para dançar na pista. Se eu fosse DJ, era set da discotecagem na certa. Ouça "See the world e entenda do que falo". No MySpace deles há 4 músicas, mas a melhor não. Ouça então "Sofa SOng
http://www.myspace.com/thekooks
terça-feira, outubro 24, 2006
Saudades do Galvão.
Uma das piores coisas de se morar no "exterior" é perder toda aquela emoção de momentos do seu país, sejam esses momentos políticos ou esportivos.
Atualmente me encontro num vazio pois estou bem alheio à disputa presidencial brasileira e também bem por fora do que acontece da Argentina, já que leva um certo tempo até você se contextualizar e entender todos os pequenos detalhes de uma nação. Creio eu que isso leva anos e anos. Recentemente houve um episódio aqui envolvendo peronistas e um enterro do Perón. Sim, um enterro depois de não sei quanto tempo que ele já estava morto. Rolou um quebra-quebra daqueles, um cidadão com um revólver disparou alucinado e confesso que até agora não entendi direito o que aconteceu. Tudo por falta de um conhecimento histórico e sociológico. Vai entender pra que enterrar um morto depois de 30 anos de sua morte? Vai entender todo esse culto e adoração a Peron?
A Copa do Mundo foi mais ou menos algo parecido a esse sentimento de "descontextualização". Não teve a menor graça. Por mais que a seleção teve um rendimento ridículo, não viver todo aquele clima de COPA COPA no Brasil é um tanto quanto triste. Existia todo o fervor argentino, toda aquela paixão exacerbada, aquele clima um tanto quanto ridículo de "já ganhou" instalado após a goleada de 6 a 0 contra a fraca equipe da Sérvia e Montenegro. Mas apenas ver as imagens dos jogos do Brasil sem uma narração patriota não tem a mínima graça. Parece que falta alguma coisa. Não assistir um telejornal com 80% de notícias sobre a seleção brasileira faz falta, não estar por dentro de todas aquelas notícias inúteis de bastidores também. Tente assistir um jogo onde seu país pode ser eliminado da competição com um narrador frio e pior, com um comentarista totalmente parcial contra o Brasil. Você perde muito em viver aquele momento como sempre viveu. Saudades de Galvão Bueno.
Domingo passado foi a mesma coisa. Assisti a vitória do Massa em Interlagos pela Fox Sports e confesso, foi uma bunda. Muito sem graça. Sem choros e soluçõs do Galvão, sem tema da vitória, sem a mínima graça. Apenas via as imagens e imaginava que devia estar sendo mesmo uma festa, mas enquanto isso os comentaristas falavam da aposentadoria do alemão, do campeonato do espanhol e muito pouco do Massa. Só ver a imagem não tem graça, falta aquela a mais, talvez uma construção de uma emoção que o narrador é responsável. Críticas de lado, o Galvão é campeão nisso. Muitos o consideram odiável. Mas faz falta danada e, mesmo que muitos neguem, tem uma importância inegável na história do esporte brasileiro. Galvão, aquele abraço.
segunda-feira, outubro 23, 2006
Pânico no subte
Segundo o wikipédia, a cidade de Buenos Aires (Capital Federal) possui cerca de 2 milhões e 700 mil habitantes, somando-se todo o conurbano da GBA (Grande Buenos Aires) atingimos o expressivo número de 12 milhões de habitantes.
A capital possui 5 linhas de metrô, que levam as letra A até E, num total de 69 estações espalhadas pela cidade.
Agora me diz que grande coinciência de merda faz você encontrar no mesmo vagão de metrô, na mesma porta, talvez a única pessoa dessa cidade que te deixaria desconfortável a ponto de você levar um susto enorme, tendo que fingir por 10 minutos até descer que você não está ali do LADO da pessoa? Alguém pode fazer esse cálculo pra mim, da probabilidade disso acontecer? Alguém me explica que tipo de piada sem graça foi essa?
Argh...
sábado, outubro 21, 2006
sexta-feira, outubro 20, 2006
Manhãs de domingo
Há 15 anos atrás Ayrton Senna era tri-campeão mundial de fórmula 1. Há 15 anos que o Brasil não tem um corredor campeão. E uns 12 anos que a fórmula 1 perdeu sua graça, que aquelas manhãs de domingo clássicas não são as mesmas.
Não tem Rubinho, Massa ou sei lá quem que o substitua. Episódios como a sua lendária vitória em Interlagos entraram pra história de nosso país. Alguém lembra dos títulos do Piquet e do Fittipaldi? Não e também não sei explicar.
Vendo hoje a notícia do aniversário de 15 anos de seu último título bateu uma melancolia. Lembrei daquele primeiro de maio de 94, uma morte que marcou meu começo de adolescência. Lembro de ter visto o Fantástico naquele domingo e ter chorado com aquela música do Milton Nascimento, a "Canção da América". Aqueles versos "Qualquer dia amigo eu volto pra te encontrar" eram a coisa mais triste daquela canção.
Nosso país sempre precisou de heróis e sei lá porque o Senna foi um. Desde então não me lembro de outro herói brasileiro. Pelé não era herói, não era esse mito. A Xuxa é uma piada. Alguma sugestão?
quarta-feira, outubro 18, 2006
nota
Tem uma coisa que quero dizer faz muito tempo. Odeio essa pagação de pau pra Scarlett Johansson. Sim, ela é linda e maravilhosa.
No "Lost in Translation" ela está divina, no "Ghost World" tá bem bonitona também. Mas é só ela por um batom vermelho na boca que perde toda a "candura".
Ou seja, ela não é tudo isso não. Pelo menos na minha "modestíssima" opinião. Portanto, parem já com essa puxação de saco!
terça-feira, outubro 17, 2006
Tigre
Até que enfim fui pra Tigre, uma cidade na grande Buenos Aires onde fica o delta do rio Tigre e onde se pode passar uma segunda de feriado argentino com mucho gusto.
Para chegar até lá você pega o Tren de la Costa, que é um trem turístico com ar condicionado e todo bonitão. Para pegar esse trem você tem que ir até Olivos, uma outra cidade aqui do conurbano. O trem te leva num passeio por toda zona norte da GBA, a parte dos ricos, a parte chique. Pagando 8 pesos você pode subir e descer em qualquer estação da linha.
Primeiro fomos a Tigre mesmo, onde tem um cassino, umas catamarãs pra fazer o passeio pelo delta, e onde existem kilos de argentinos tomando sol na grama e fazendo um convescoti. Como era feriado, o clima estava bem de veraneio mesmo, pessoal sem camisa, deitadão, bodeando e de bobeira. Deu até pra queimar o rosto e voltar com ele vermelho em casa.
Almoçamos no classudo restaurante Lennon, onde há um desenho do John Lennon, aquele que era capa de um cd dele.
Na volta paramos na estação San Isidro, onde há como um shopping com cinemas, lojinhas regionais, o onipresente Mcdonalds e onde tava rolando umas dancinhas étnicas. Saindo do shopping, há uma feirinha de artesanato. Não há o que discutir, pra mim feirinha de artesanato é tudo igual no mundo inteiro. Seja no Largo da Ordem em Curitiba, seja no Boqueirão em Santos, seja em San Isidro. Do lado da feirinha há uma igreja enorme, a catedral de San Isidro. Fui informado depois que foi lá que no filme "O filho da noiva" é realizado o casamento da velhinha esclerosada.
Ok, como todo bom portenho não pude ficar em casa e fui aproveitar essa segunda-feira de sol.
sueño
Da próxima vez que eu receber uma mensagem me chamando para uma festa às 4h da manhã, talvez seja melhor não ir.
Talvez...
Assim evito dançar ilariê em espanhol, assim evito gastar demais em táxi.
A quem será que estou enganando hein? A mensagem podia ser recebida as 5h da manhã que acho que iria do mesmo jeito.
quinta-feira, outubro 12, 2006
Efeito Hollywood
"O mundo não é pequeno, mas ele é redondo e dá voltas", disse a senhora da loja de computadores onde fiz umas compras ontem.
Sim, concordo plenamente. Essas voltas, indas e vindas, nos surpreendem. Desde essa mesma senhora dona da loja, que passa suas férias em Praia Grande, bem ali do lado de Santos até encontrar curitibanos nas Galerias Pacífico.
Ás vezes penso que a Argentina foi uma benção, que na verdade tenho mais é que agradecer. Sim, ainda há alguns pontos a melhorar, algumas reclamações, mas tudo seria muito sem graça sem tudo isso.
Cada dia que passa, acredito ainda mais que várias de nossas esperanças são resultado de uma espécie de efeito "hollywood". Uma esperança, na maioria das vezes cega, de um final feliz em qualquer aspecto ou âmbito de nossas vidas. Aquela coisa de que nossa vida é um filme hollywodiano previsível, de que o mocinho vai se dar bem no final. Ás vezes não é assim, às vezes você não é o mocinho. Às vezes você nem é o bandido, quem sabe é o xerife ou uma mula manca coadjuvante. O problema é que, desses personagens, quase nunca conhecemos o final da história.
Terminando esse post de forma maneira conscientemente piegas, citamos o "Sr. Rock Argentino", Gustavo Cerati:
Poder decir adiós
es crecer
quarta-feira, outubro 11, 2006
The Office - Jim and Pam
Não tem outra. Minha série favorita na Tv é The Office.
Nunca achei o Steve Carrel grande coisa, mas nessa série, ele está genial. Engraçado e trágico ao mesmo tempo. Um verdadeiro idiota que faz de tudo para agradar os outros, mas que acaba sendo patético. Dwight, um lunático animal corporativo. Toda aquela fauna de personagens e aquela tensão romântica entre o Jim e a Pam. Engraçado como a gente entende a paixão dela por ela. Acho que talvez seja a candura.
Nos EUA já estamos na terceira temporada. O Jim se mudou de filial depois que ele se declarou! Vocês estão entendendo??? O cara foi pra outra cidade porque levou um fora da menina que era noiva, mas acontece que a Pam agora terminou com o noivo babaca dela. Nos dois primeiros episódios da terceira temporada eles ainda não se viram, tem uma minazinha do novo escritório que acho que rola alguma coisa, mas sei lá.
Problema que além do pessoal do 5F da Guardia Vieja, quase mais ninguém vê The Office. Outro dia estava com uma vontade imensa de comentar com alguém aquele beijo de final da temporada e ninguém tinha nem noção do que eu falava.
O jeito é baixar os episódios e ver onde chegamos!
Aqui vai um videozinho com o final da 2 temporada, a declaraçao de amor simples e direta e o beijo. Haja coração, amigos! The Office é série pra cardíaco!
terça-feira, outubro 10, 2006
sin inspiración
Sem idéias mesmo para um post aqui.
Pensei em dizer o quanto eu odeio o dia 10, o dia de pagar aluguel. Dizer que como o pagamento de um aluguel que é tão simples no Brasil: você recebe em casa o boleto e paga em qualquer banco eletronicamente, aqui é tão complicado. Aqui pago direto na imobiliária. Odeio andar com dinheiro demais no bolso.
Pensei em reclamar do calor e da minha falta de bermudas em Buenos Aires.
Ou talvez fazer um post comemorativo da possível compra da geladeira hoje.
Quem sabe citar uma letra de uma música que tenha tudo a ver com o que acontece comigo atualmente, mas sempre lembro que essa não é mais a tônica do meu blog.
Esses foram os possíveis posts de hoje, que obviamente, não serão escritos.
segunda-feira, outubro 09, 2006
sobre mulheres argentinas nº 03
Reveja as atitudes normais que podem, por algum momento, fazer que você se empolgue.
sexta-feira, outubro 06, 2006
Los Hermanos en La Trastienda 05/10
Esse show me lembrou bastante os shows da banda no início da fase Ventura, ou seja, quando começavam ainda a ter seus fãs malas.
Um lugar de médio porte, cheio mas não abarrotado. Fãs animados, mas não inconvenientemente chatos. Enfim, o show foi ótimo, mesmo com as músicas do CD 4 que para mim não estão muito bem digeridas.
No palco, os barbudos se comunicavam num espanhol até que razoável. Talvez não sabiam que o show foi praticamente uma reunião da comunidade brasileira de Buenos Aires. Pouquíssimos argentos, alguns gringos e outros perdidos. Engraçado, não teve nada de diferente no show a não ser o fato dos barbudos falarem em espanhol.
Definitivamente é uma banda a ser escutada com mais atenção antes de se ir no show, os dois únicos estrangeiros com quem falei disseram que não gostaram do show. Um achou uma bosta, outra disse que foi meia boca e ainda perguntou se eles eram judeus por causa da barba.
Tomara que venha mais coisa dessa brasilidade, porque a da outra, aquela degradante, já estou de saco cheio. O melhor é poder matar saudades do Brasil sem precisar pegar um avião, curtir um show bom, onde você conhece quase todas as músicas e poder pular de forma idiota em músicas que marcaram sua vida de alguma maneira.
Pra mim, um clássico:
Não te dizer o que eu penso já é pensar em dizer
quarta-feira, outubro 04, 2006
¿tenés kool?
Recentemente foi aprovada aqui em Buenos Aires uma lei anti-tabaco. Não li a lei em si ainda, mas basicamente está proibido de fumar em qualquer ambiente fechado como restaurantes, bares e cafés. Não sei como ficou a situação dos "boliches", as discotecas daqui. Fato que não consigo conceber a clássica terça do La Cigale sem aquele cheirinho de tabaco impregnante do cabelo até o dedo do pé.
Engraçado ter essa lei exatamente na cidade mais pró-tabaco que já vi. Fumar aqui é o normal, nos lugares antes existiam as divisões para "não-fumantes", já que pra fumantes era reservado todo o lugar. Agora será o contrário, ou seja, o normal.
Ontem na Recoleta já deteram um cara que se recusou a apagar um cigarro. Primeiramente achei que essa tal lei nem ia pegar, mas pelo que vi estão seguindo à risca. Fui em alguns cafés e bares desde a proibição, que começou segunda, e nada de fumacinha. Vamos ver!
Certamente uma revolução no "porteño way of life". A grande mística de ir num café numa esquina, tomar um cortado e fumar um "pucho" será extinta em nome da saúde? Esperemos.
terça-feira, outubro 03, 2006
segunda-feira, outubro 02, 2006
De porque o Brasil merece ser o que é
Festa de democracia, aquele momento lindo onde todos somos iguais. Seja rico ou pobre, gordo ou magro todos valem 1 voto.
A Embaixada tinha canapés e quitutes, alèm de promoters da Directv, segundo uma amiga minha. Não votei porque não tinha feito o trâmite necessário, que o prazo venceu maio. Não justifiquei também, quando eu voltar pro Brasil faço isso. Mas fiquei acompanhando direto a apuração, torcendo muito para a existência de um segundo turno. Ok, here we go!
Depois de tanta lambança no ano passado, tanta denúncia de gente incompetente, desonesta e interesseira o povo brasileiro deu um show de ignorância nessas eleições. Parabéns Brasil, você merece ser essa grande merda fedida que você é. Brasília continuará sendo esse picadeiro onde palhaços governam e lucram com a miséria e a falta de conhecimento do povo. Estou realmente indignado com as eleições para os cargos legislativos. É sempre a mesma bosta e neste ano NADA mudou, mesmo com os quilos de denúncias, mensalão, máfias e etc. Parabéns Brasil! Nem levando paulada o povo aprende. Continue assim, mas não reclame. Legitimamos com o nosso voto toda essa putaria que está aí.
Em 2007 estarão no congresso federal: Maluf, Clodovil, Frank Aguiar, Ratinho Jr., Enéas (que mesmo sendo uma figura folclórica não fez merda nenhuma em seu primeiro mandato além de raspar a barba). Fora o queridíssimo Collor, que estará no Senado, ou seja, terá 8 anos de um mandado legitimado pelo povo de Alagoas. "Vamos celebrar a estupidez do povo", como já dizia o finado Renato Russo.
Nessas horas que é bom morar fora, mesmo que seja num país vizinho. Dá uma certa falsa sensação de que não faço parte dessa vergonha, que estou alheio a tudo isso. Sei que não estou, mas deixa eu me enganar um pouco.
sábado, setembro 30, 2006
mientras tanto
Sábado = cinema. Quase um clássico. Fui ver no INCAA o filme "Mientras Tanto", pagando solamente 4 pesitos.
Nada de muito novo e diferente. São histórias paralelas que se cruzam e que mostram que a realidade pode ser realmente uma merda. Pessoas comuns, problemas medíocres, personagens secos e ásperos. Mediocridade que também aparece em "El Custodio", outro filme argentino que vi recentemente que trata de um guarda-costas e sua vida monótona, seca e chata.
Um filme nada maravilhoso, mas cruel e que me agradou bastante. Na saída do cinema, uma fila gigantesca, principalmente velhinhos. Prova que sim, aqui nesse país, o cinema sobrevive e eles não precisam de uma Globo Filmes para fazer fitas com atores super estourados e histórias babacas.
yeah!
sexta-feira, setembro 29, 2006
envelhecendo
À medida que você envelhece tudo vai ficando mais complexo, sejam seus problemas ou preocupações.
Antes era tão fácil: sim sim e não não. Agora são muitos poréns, talvezes, todavías, sin embargos, quiçás e no entantos.
quinta-feira, setembro 28, 2006
To Hide a Little Thought
Fui ver o jogo do San Lorenzo e Santos e quase acabo sendo roubado. Sim, acho que conheci o pior lugar de Buenos Aires. Não recomendo pra ninguém mesmo!
Aprendi uma palavra nova que se chama "resignación". É realmente incrível como nunca cheguei a usar essa palavra em português, mas pesquisando hoje a encontrei. É pouco o que diz no dicionário, não é só aquilo. É algo como a dificuldade de explicar o que é saudade para alguém que não fala português. Para eles é dificil desassociar o "sentir falta" da tristeza, mas para gente é bem tranquilo. Isso para os hispano hablantes pode ser uma pequena saga, engraçado.
Na falta de inspiração, fiquem com o Hefner:
Usually I like confrontations, I do
I get this thrill out of sayin' what's true
I look so lifeless when I try to lie
That's why it's easy to tell when I try
quarta-feira, setembro 27, 2006
Bozo
Vim trabalhar com minha camisa do BOZO e ninguém falou nada. Disseram que ele não é conhecido aqui.
Desculpem-me os argentinos, mas um país sem Bozo, Milkshake de Ovomaltine, brigadeiro e futebol de botão não é um país feliz.
Flashes
Amanheceu chovendo e quando saí para vir trabalhar lembrei que ainda não tenho um guarda-chuva.
Quando digo que ainda não tenho geladeira, as pessoas me acham estranho.
Los Hermanos tocam em Buenos Aires dia 5 de outubro. Odeio essa fase Dorival Caymi deles, mas mesmo assim vou.
Minha psicóloga da internet me recomendou uma música muito boa que tem a letra "Ponés canciones tristes para sentirte mejor, tu esencia es más visible".
Estou enjoado de todas minhas mp3. Todas!
Faz tanto tempo que não faço um música que é ridículo. As cordas do meu violão já devem ter uns 2 anos de idade e precisam ser trocadas urgentemente.
domingo, setembro 24, 2006
EZE - CWB - EZE
Matei saudades daquela música que diz
'Cause words they lose their meaning when you use them too much.
Talvez seja isso.
Enfim, é estranho decolar, estranho ver que sua casa que não é mais o seu lar, que tudo está tão diferente, que as pessoas estão diferentes, que você não sente saudade, que infelizmente o seu lugar não é aqui. Estranho estranhar os ônibus decentes e transporte coletivo digno, de ser bem atendido no café e no restaurante, tomar Malzbier e levar um carregamento de miojos.
Lendo isso até parece que minha viagem foi uma tragédia, muito pelo contrário. Fiz tudo o que queria fazer, vi (quase) todas as pessoas que queria ter visto e me diverti horrores. Poe horrores nisso. Ahora me voy a Guardia Vieja.
terça-feira, setembro 19, 2006
Limón y Sal
Não paro de escutar essa música da Julieta Venegas, Limón y Sal.
Pop no talo, grudenta. Já gostava bastanta do outro chiclete dela chamado "Me voy", mas esse gosto ainda mais. òhh refrãozinho massa, sô!
Yo te quiero con limón y sal,
yo te quiero tal y como estás,
no hace falta cambiarte nada.
Yo te quiero si vienes y si vas,
si subes y si bajas y no estás
seguro de lo que sientes
Me voy esta madrugada para Curitiba. O carregamento de alfajores já foi comprado, só falta embarcar. Boludos, aguaaardem!
domingo, setembro 17, 2006
sobre mulheres argentinas nº 02
elas não são claras e objetivas. não dizem não, mas também não dizem sim.
"talvez" pode significar não e "não sei" pode significar sim.
sábado, setembro 16, 2006
lésbicas e "joga bonito"
1. Sexta fomos para um show no Centro Cultural San Martin, duas bandas: Turpentine e Koshka. Primeiro vou falar do lugar. O Centro Cultural fica até mais ou menos perto de casa na avenida Corrientes, são vários andares onde tem desde peças de teatro, cinemas, mais lugares para teatro e outros lugares onde também fazem shows. Já fui ver o Hacia 2 veranos antes. O melhor de tudo é o preço: apenas 1 peso. Ridículo! Se você pensar que 1 peso é uns 70 centavos de real então!
Ok, falemos então das bandas: Turpentine e Koshka. Duas bandas com vocalistas femininas e lésbicas. O Turpentine já tinha visto antes em outro show que acabou não me agradando muito devido a voz da vocalista, que me parecu um pouco forçada e artificial demais. Agora dessa vez, sentado em uma confortável poltrona, podendo assimilar bem o som da banda e prestando mais atenção até que gostei bastante. Muito bem ensaiados e com mudanças de "temas" impressionantes. Prometo escutar mais e deixar de pensar que parece um grunge deslocado. A vocalista até que com seu tom de voz meio artificial, canta muito bem e, pasmem, tem apenas 17 anos.
A Koshka, também com sua vocalista "torta" mostrou umas músicas meio estranhas, uma que parecia mpb, outra com sax, mas não decepcionou. O guitarrista tocava de uma maneira que nunca vi e que nao sei explicar. Um efeito bizarro que não sei como fazia.
2. Depois fomos convidados para uma festa privada da turpentine, no bairro de Nuñez. Uma casa, cervejas, projeções de vídeo, sonzinho e lésbicas, muitas lésbicas. A festa estava cheia de mulher, mas 80% delas eram lésbicas. Era incrível, parecia uma epidemia. O pior que eram meninas bonitas, estilosinhas, mas lésbicas. Tinha uma de cabelo curtinho muito "logrável", mas tinha a chance dela ser lésbica afinal. Ok, depois de pensar alguns momentos se valia a pena puxar um papo, chega um cara muito com cara de babaca e apenas beija a menina. Sério, era um tipo com uma cara de idiota, cabasss, mas enfim... peguete da menina não-lésbica mais bonita da festa das lésbicas! Mundo injusto! Não posso também esquecer de citar a ilustre presença internacional de Steve Buscemi na festa.
3. Hoje de tarde, nos parques de palermo, (mas especificamente aquele esquina entre a avenida libertador e a avenida sarmiento, de frente a embaixada americana) rolou a partida do ano de 2006. Um jogo internacional, de leões, de raça e ginga. O grande embate BRASIL X RESTO DO MUNDO.
Os gols eram feitos com as mochilas e os jogadores de pura raça. Começamos com 5 brasileiros de um lado contra 2 colombianos, 2 argentinos e 1 alemão. Jogo duro, abrimos o marcador mas depois veio o empate. Depois dois caras se juntam. No time do BRASIL entre um psicólogo metade argentino, metade uruguaio. Levamos mais 3 gols. DOIS deles total culpa minha.
Enquanto eu estava no gol levei um por debaixo das pernas, um frangaço. Depois resolvi sair jogando, roubam a bola de mim e marcam. Uma lástima. A equipe do Brasil então fica mordida e começa a brilhar a grande estrela do time. Fleck, o leão de Novo Hamburgo. Com toda raça e catimba gremista, Fleck e o Baiano que nem conhecíamos levam o time nas costas. Viramos o jogo, que acaba em uma vitória contundente de 10 a 6, com 8 gols do Leão de Novo Hamburgo.
Eu tinha voltado a ser goleiro e contribui com algumas cagadas e sustos, mas nada que voltou a comprometer a grande esquadra canarinho, com um integrante argentin-uruguayo. Vitória do Brasil, vitória da alegria, da ginga, da malemolência, do toque de bola cadenciado. O resto do mundo se rende à magia do futebol "joga bonito". No final ambas equipes se confraternizam num boteco onde ficam lá cerca de 4 horas. Um sábado de macho, com programas de macho que fazia tempo que não rolava. Um clássico!
sexta-feira, setembro 15, 2006
6 coisas que você não sabia sobre mim
A Mila me passou essa incumbência. Aqui vai:
1. Essa é a segunda lista que faço essa semana. A outra faz "hi hi".
2. Já vomitei na estação de subte (metro) 9 de Julio aqui em Buenos Aires.
3. Em uma certa semana ouvi compulsivamente o cd do James Iha umas 5 X por dia. Agora tenho compulsão pela música "Kirsten Dunst".
4. Sou um grande furão. Ontem mesmo combinei 2 programas e furei ambos.
5. Numa madrugada em Buenos Aires dancei "boquinha da garrafa" em um posto de gasolina. Obviamente era uma versão em castellano chamada "en la boca de la botella" porque a platéia era colombiana.
6. Sempre tento ouvir as músicas do Johnz como se fosse alguém que não conhecia a banda, sempre gosto.
Irina, Cris, Marie, Manoel, Vinícius e Leonardo podem fazer a mesma coisa, mas entendo se não fizerem.
quinta-feira, setembro 14, 2006
¿que es lejos?
Para quem sempre acompanhou meus blogs, já citei anteriormente umas 2 ou 3 vezes esse comercial. Piegas, eu sei, mas passou direto tantas vezes na tv aqui e durante um tempo tão estranho para mim que marcou. Hoje, boludeando pelo youtube, achei ele. Engraçado, deu vontade de te agradecer de novo.
quarta-feira, setembro 13, 2006
Fernet, um clássico argentino
A primeira vez que tomei Fernet acho que foi no Klub Killer quando a patota de Guardia Vieja saiu com umas argentinas. Lembro que a Ornella me ofereceu e achei um tanto quanto estranho.
Meses ou semanas depois, não sei, meu colega de trabalho Rick fez tanta propaganda que tomei. E digo, não foi pouco. Era despedida também do Adam, o americano que trabalhava do meu lado e foi aquele pé-na-jaca. Se toma exclusivamente com Coca-cola. Não pode ser pepsi, tão pouco coca-light. Obrigatório tomar com Coca, a graduação alcóolica do negócio é violenta. Não tente sozinho sem nada.
Fernet é assim, ame-o ou deixe-o. É como o Boca ou o Corinthians. Ou você é um entusiasta ou você acha uma bosta. Tô pensando em levar pra Curitiba já que ganhei uma garrafa dessa bebida recentemente, mas tenho certeza que a maioria não vai gostar. Certa vez, no Locos por Futbol, fiz uns brasileiros comprarem a tal Fernet e eles odiaram.
Gostar de Fernet é apenas um dos indícios do processo de argentinização que afeta a minha pessoa. Em breve comento mais sobre isso. Assistam aí o comercial do Fernet Cinzano, que não é o melhor. O mais saboroso é Fernet Branca!
segunda-feira, setembro 11, 2006
domingo, setembro 10, 2006
Daniel Flay & The Irreparable Guilt
Slowly, we are bad news
- passing out in bars, drink-driving and soulless, crying tears of love. What's
happened to us?"
Do you still play guitar?" Like you thought I would
give up.
"There are millions of people in this world, but in the end it
all comes down to one."
- Kirsten Dunst, you must be worth a
million bucks.
Ouça agora!
http://www.myspace.com/danielflay
* um belo exemplar de tuliomusic, termo cunhado por Benício Cunha
sobre mulheres argentinas nº 01
a maioria diz que tem namorado, porém o namorado NUNCA está do lado.
::: James Iha - Winter
I dreamed I found you, yearning tides love the moon
sábado, setembro 09, 2006
terror
Passei minhas piores 2h30 minutos de toda minha estadia em Buenos Aires.
Sessão da meia-noite no Malba para ver Calígula.
Socorro, que filme doente!
sexta-feira, setembro 08, 2006
It`s Friday, I`m in love
Toda sexta me dou o luxo de comer bem. Gastar um pouco mais no almoço e me deliciar com algum quitute.
Como tive que ir a Alto Palermo resolver alguns problemas no banco, aproveitei pra comer por lá. Meu "comer bem" foi um Whooper Extreme do Burger King, trocando as batatas fritas por aros de cebola. Que coisa boa.
O sanduíche é tão especial que vem num envelope preto, até parece que é tóxico. E os aros de cebola... sem comentários.
Ok, semana de comilanças com Siga La Vaca, Ill Gato e Sushi. Vamos maneirar daqui pra frente.
Axé, Suingue e Simpatia
Talvez eu vá numa festa brasileira hoje. Vamos perder a dignidade, gente!
Tudo por um bom motivo, para os desavisados.
Legião
Nunca escondi que gosto de Legião Urbana. "Os Barcos" tem a melhor entrada de guitarra distorcida da história do rock brasileiro. Ouça.
Un sentimiento
Dale dale, dale dale dale, dale Boca!
Fui lá para a "cancha de Boca". Um espetáculo que valeu muito, muito além das minhas expectativas. Nunca vi um estádio inteiro gritar a mesma música como ontem. Mesmo eu odiando o Boca, achei tudo sensacional.
Desde os 350 tipos de cantos diferentes, a tiazona fanática que não parava de gritar e xingar, a avalanche dos caras lá embaixo. Mesmo demorando quase meia hora pra achar meu portão de entrada, caminhando quadras e quadras, valeu.
Existe uma coisa que não me deixa torcer contra times brasileiros. Ontem foi assim, torci pro São Paulo, mesmo estando na "hinchada" do Boca. No primeiro gol são-paulino até levantei a mão num ato totalmente impensado. Deu nada, depois só foi gritar os "dale dale boca". Desculpem-me os argentinos, mas torcer pra um time que tem um cara com um rabinho desses apenas não dá.
quarta-feira, setembro 06, 2006
Update Musical
Clã
O Clã é português. Música cantada com aquele sotaque ótimo e melodioso. Me lembra o Proyecto Verona, uma banda argentina. Cheio de efeitos eletrônicos, um quê de trip hop, tecladinhos carniça e tudo mais. Muito bom. Descoberta de Lielson Zeni. Ouça a música "Mulher da Vida"
Juana Molina
Uma argentina ex-atriz de comédia que virou cantora. Suas músicas ficam no meio do caminho entre a Adriana Calcanhoto e o Portishead. Adorada pela crítica. Coisa intimista e muito boa. Baixei um cd chamado "Tres cosas" e procuro outros.
Britta Phillips e Dean Wareham
O que dizer? O que sobrou do Luna. Sou fã de Galaxie 500 e Luna, logo fã desse dupla. Baixei e nao paro de ouvir. Nao dá pra comentar. Apenas ouça "Night nurse" e "Ginger Snaps".
Arbol
O bom de desconhecer todo o passado ou contexto de uma banda é ouvir suas músicas sem preconceitos. Existe algo que, por exemplo, me impede de gostar de uma música do Jota Quest, apenas pelo fato deles serem o Jota Quest e por terem todo esse contexto pop jabá que me irrita. Arbol não é por esse lado, mas foi apenas um exemplo. "El fantasma" e "trenes, camiones e tractores" são belíssimas músicas com ótimas letras e uma melodia que agrada muito.
Veja abaixo "El Fantasma" do Arbol e se delicie com uma música extremamente doce.
segunda-feira, setembro 04, 2006
No sé
Gosto de escrever no Bloco de Notas, escrevo todos os posts antes lá, não sei por que.
Gosto daquela música do Hefner, Just Take Care. Ela tem uma parte que diz "My hair's a little greyer and I stoop a little lower and my appetite for sex is slowly sinking". Não tem nada a ver, mas eu gosto não sei por que.
Gosto da avenida Diagonal Norte, quase nunca passo por lá. Quando passo sempre penso que é minha avenida preferida em Buenos Aires. Pra que ter uma avenida preferida? Também não sei.
Não sei, não sei de nada. Aceito sugestões.
sábado, setembro 02, 2006
Decadência
Estou em um locutório na Av. Corrientes e já tocou duas vezes aquela música:
Nada de esto fue un error UuOo
nada fue un error!
nada de esto fue un error UuOo
nada fue un error...
agora tá rolando aquela "Ojos de Cielo".
O pior é que sei tudo de cor.
sexta-feira, setembro 01, 2006
Rubin - Artemis
Hey
Quiero volverte a ver
Y cegarme con tus ojos otra vez
Quiero volverte a ver
Hoy
No soy igual que ayer
Soy como el sol que vuelve a amanecer
Ya no me dejo caer
Por unos días no llovió
Por una tarde fuiste todo
Todo
Voy a volver
Voy a volverte a ver
* o Rubin já fez um post pra mim. até rimou.
quinta-feira, agosto 31, 2006
6 meses, miopia e companhia
Comemorei meus 6 meses de Buenos Aires com uma cirurgia de miopia. Nesse momento digito o post com uma espécie de proteção nos olhos que me impede de coçar ou por o dedo no olho. Acordei de manhã, vou pra um lugar na Recoleta onde me deito, passam um laser no meu olho e adeus 16 anos de miopia, 10 de lentes de contato. A operação é uma pequena agonia, me lembrou um pouco Laranja Mecânica. Vejo o médico passando um pano, secando meu próprio olho mas não sinto. Passo o resto do dia chorando com o olho irritado mas aos poucos a visão melhora. Agradezco ao Sr. Fleck por me acompanhar durante o procedimento.
E no fim de semana chega meu primo aqui em Buenos Aires. Mais uma visita, mais um city tour, mais jantares. Fato que o apartamento Guardia Vieja no último mês ficou uma semana e pouco sem ninguém. Pessoas que visitam, ficam 1 dia, um fim de semana ou duas semanas. =) É muito bom não estar só. Poden vir, podem ficar, o problemas é quando vão embora. "Que lástima pero adiós, me despido de ti y me voy". :~(
Ok, agora vejo o mundo com novos olhos. Agradecimentos a Buenos Aires, meu plano de saúde e minhas visitas.