Una novia errante é um filme produzido, escrito, dirigo e protagonizado pela mesma pessoa: Ana Katz. Geralmente isso é sinônimo de egocentrismo e de uma história podre. Felizmente não é o caso desse filme.
A história mostra Inés, que vai com seu namorado de férias para uma praia da costa argentina. No caminho eles começam um discussão, que já dá o tom da decadência da relação do casal. Ela reclama insistentemente da falta de atitude do parceiro e insiste para que as coisas voltem a ser como era antes. O namorado, interpretado por Daniel Hendler de "El Abrazo partido", "Derecho de familia" e "El fondo do mar", só pensa em dormir e se impacienta com os choramingos da mulher.
Por fim ela desce na parada do ônibus brigando com o namorado e ele acaba por permanecer no veículo. Pensando que ele logo chegaria no hotel para a reconciliação, Inés faz o check-in e começa a espera pelo namorado.
Ela não quer aceitar que tudo acabou, mesmo com os dias passando e o namorado que não aparece. Um verdadeiro clássico da cegueira dos apaixonados, que insistem em não ver o que está claro perante seus olhos. Aos poucos ela vai se convencendo de que a coisa já foi pro brejo mesmo, claro sem deixar de insistir muito em infindáveis ligações para seu novio.
É interessante notar certas piadas internas como o preço de uma chamada feita em um locutório e a opinião dos personagens sobre o Brasil.
Em uma música do Charly Garcia que se chama "Yo no quiero volverme tan loco". O cantor, expécia de Raul Seixas que sobrevive até hoje, mesmo com sequelas, fala na letra que a alegria não é só brasileira e que está na hora de dar um basta na melancolia, esse sentimento clássico argentino.
Já pro final de "Una Novia errante", a protagonista comenta essa particularidade dos brasileiros. Diz que todos parecem despreocupados e assim vivem mais felizes. Essa idéia é um clichê clássico desse país e que, querendo ou não, exagerado ou não, acaba por ser verdade.
0 comments:
Postar um comentário