quarta-feira, junho 06, 2007

Ré com baixo em fá sustenido

Meu querido violão está jogado e deixado de lado, coitado.

Suas cordas estão completando quase 2 anos e fazem um som, no mínimo, dissonante.

O pior não é isso. O pior é que faz muito tempo mesmo que não pego o violão no colo, sento e componho alguma coisa, uma música que apenas me convença.
Longe de mim querer me vangloriar de ser um exímio compositor. Fazer uma música, pra mim, sempre foi uma espécie de terapia. De alguma maneira, a reunião dos acordes e das letras tem que servir para espantar alguma coisa ou me fazer sentir melhor com algo.

Compor música é algo bem egoísta na verdade. Porque não importa se os outros vão gostar ou não. Importa sim se isso te agrada ou faz bem.

Não sei se essa falta de querer dizer algo, pra mim mesmo em uma música, é sinal de maturidade, falta de inspiração ou falta de problemas a serem resolvidos. Só sei que nem me apaixonar anda preenchendo essa inspiração.

Fica aí minha dúvida existencial. Talvez seja um bom sinal, talvez não.

* essa guitarra ainda sonho em ter algum dia. culpa da minha adolescência britpop.

1 comments:

Leo Vinhas disse...

Olha, Tulio, quando eu não consigo escrever um texto, acho que é a tal da "fase" - no meu caso, fase de falta de inspiração. Essas coisas são cíclicas, só não é bom deixar o raio do círculo aumentar. Abração!

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