Um documentário sobre o colapso do sistema ferroviário argentino pode ser muito bem feito e interessante.
Ao contrário do Brasil, durante uma época a Argentina teve as ferrovias como principal meio de transporte, mantendo ainda hoje uma extensa malha ferroviária. Com o fim disso, muitos vagões e máquinas foram abandonados e pequenos vilarejos extintos, originando um êxodo de milhares de pessoas para a capital.
O único problema do filme é uma certa ingenuidade ou romantismo que não atribui nem fala nada sobre a economia mundial que pode ter forçado tal coisa. Enquanto o documentarista Pino Solanas demoniza os governos da ditadura e principalmente os democráticos mais recentes, nada é falado sobre a própria modernização dos meios de transporte do mundo.
Sempre me falaram que a população odeia o Menem, que no filme aparece como um dos principais culpados do sistema atual. Foi em seu governo que houve uma enorme privatização, incluindo a dos trens. Durante a exibição do filme aconteceu uma coisa um tanto quanto bizarra. Enquanto sua imagem aparecia na tela do cinema, a galera na sala chegou a xingar e falar umas porcarias, num ato pra mim até inédito. Seria engraçado se não fosse trágico.
segunda-feira, outubro 13, 2008
La próxima estación
Labels:
argentina,
buenos aires,
cinema
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comments:
é que precisamente foi privatizdo para modernizar, coisa que não acontecue, claro
Ah, Buenos Aires-Tucumán... só passei aflição igual no trem da Vale q faz Vitória-Belo Horizonte...
Acho que trem na América Latina é coisa pra gente MUITO disposta.
Postar um comentário