Depois de bandas de Buenos Aires e da Suécia, chegamos a Curitiba. E a primeira banda entrevistada é a que eu mais gosto da cidade: o Mosha.
Cantando em inglês e com evidentes influências do britrock, o auge do quarteto foi no início dos anos 2000, quando a banda lançou seus dois ep's. Eram loops e samples muito bem aproveitados num tempo em que gravar em casa e com qualidade era bem mais complicado.
Desde que, em 2002, o Digão me apresentou a banda em numa coletânea não parei de ouvir. Cheguei a conhecer os caras e participar de umas jams na casa do guitarrista Dado, junto com o baterista Léo Macaco, o vocalista Fricks e o baixista Mário Baena. Uma oportunidade muito legal de poder tocar as músicas dos caras, tocar outros clássicos de bandas que a gente gostava como Oasis, Verve e Paul Weller e claro, falar e falar sobre música.
O fanatismo foi tanto que gravei um cover da música "No one's land" com o Rômulo, baterista da minha banda na época e que agora ensaia com eles um possível retorno.
Chega de babação de ovo e vamos ao papo que tive com o Dado, onde ele fala da evolução das bandas da cidade, da situação atual da banda e do novo cd do The Verve.
1. O Mosha voltará à ativa? Existe algum show marcado, estão ensaiando?
Não sei se vc soube mas o Mario, nosso baixista, faleceu ano passado. Aí deu uma esfriada na banda. Voltamos a nos encontrar eu, o Fricks e o Mola, para retomar o MOsha e chamamos o Rômulo para tocar baixo em umas jams que fizemos.
2. Como a banda começou?
A bando começou em 97, passou por duas fases, uma mais eletrônica e outra mais acústica. Participamos de algumas coletâneas , TV ciclojam e lançamos dois eps. Há dois anos demos um tempo.
3. Você vê alguma diferença entre o público, mídia local e os lugares de shows de Curitiba de agora e de 8, 10 anos atrás? Houve alguma evolução?
Com a minha primeira banda de música própria , o Tessália de 1987, os lugares para tocar eram poucos mas existia um sentimento que a música própria era o caminho a seguir pela maioria das bandas locais. Então o público prestigiava e comparecia em massa em bares com o BLUES BAR. Foi uma época muito boa até 1990 quando fui morar em Londres. Estou meio afastado da cena local, mas o Mosha tocou em vários bares da cidade e me lembro bem do James. Lançamos nossos eps lá. Foi uma fase muito legal, o prêmio FUN, o Basement Music, o Abonico. Hoje o espaço das bandas foi ocupado pelos Djs, mais prático, mais barato, menos problema de espaço, de técnica, de som, etc...
4. Antes havia as coletâneas dos jornais e o Ciclojam. Hoje temos o myspace, youtube e etc. Falta um pouco a cobertura regional?
Acho que não,hoje parece mais fácil mas não sei se é. O difícil é ser notado nesses novos espaços virtuais, mas ainda acredito que nada substitui a banda ao vivo. O Mosha sempre foi melhor ao vivo que gravado. A música ao vivo é uma commodity que nunca vai deixar de existir!
5. Sempre que se fala em Mosha, a música Spacemen é comentada, sendo de longe a mais conhecida. A que se deve isso?
Ao Ciclojam, fizemos o primeiro piloto do programa e duas de nossas músicas foram escolhidas, para abrir o programa HANG BACK e para fechar SPACEMEN !
6. As música dos 2 ep's gravados tinham várias inserções eletrônicas. Existe algo preparado nesse estilo, novas músicas?
Existem alguma músicas que eu e o Fricks fizemos com samplers de baterias , já há algum tempo, mais ainda não gravamos
7. Existe algo que pode ser considerado um som curitibano? Alguma característica comum às bandas da cidade?
Não sei dizer. Como Curitiba é multicultural de forte influência européia, por sua colonização, acho que essa é a característica mais presente no som das bandas locais.
8. Alguma banda da cidade que você gosta?
Tô compondo pela primeira vez sozinho, tenho umas 16 musicas e tô gotando de mim no momento, hehehe...estou meio por fora, tive filho...sabe como é. Mas vi um show da RELESPUBLICA outro dia e os caras estão na ativa com tudo. Só lamento o som do PA sempre ser meia boca, falta técnico, falta técnica, ninguém estuda, sei lá. Acho que sempre foi assim por aqui. O técnico de som era o "cabo-man" que foi promovido, e se o cara sabia o que estava fazendo e tirava um som melhor já ía para São Paulo.
9. Para terminar, o que achou do novo cd do The Verve?
Meio estranho, tô com ele no meu ipod mas ainda não digeri...
Quando o verve acabou, eu vi o primeiro show solo do Richard em Londres em 2001. Achei podre, parecia banda de baile. Tinham até músicas boas, mas a execução... Acho que por isso ele tentou voltar com o Verve, as guitarras são legais , é mais banda, mas dá a impressão que fizeram o disco no estudio, tipo sem falar um com o outro... sei lá... já dizia John Lennon "The Dream is Over", so Move On ...
Site oficial: www.mosha.com.br
Aqui uma música deles no extinto Ciclojam
terça-feira, setembro 30, 2008
Especial Rock de Curitiba: 2 - Mosha
segunda-feira, setembro 29, 2008
Haja analista!
É por coisas assim que eu digo que esse povo tem sérios problemas psicológicos.
Na província de Misiones, duas irmãs gêmeas namoram o mesmo cara. Ahh e não é a primeira vez que isso acontece. Esse já é o terceiro moçoilo que elas dividem.
La pregunta del millón es cómo resuelven operativamente ir a la cama. “Nunca está una sola con él. Siempre nos acostamos los tres”
Na boa, essa nem Freud explica. Leia mais aqui
Créditos ao Argentinas etc.
domingo, setembro 28, 2008
O novo Voyage.
A moda anos 80 de The Smiths, The Cure, Joy Division e seus correlatos contagiou até as montadoras de carro. Acabam de lançar uma releitura de um clássico da década: o Voyage.
Ele está de cara nova e todo malandrão. Bem diferente, por exemplo, do Voyage GL azul 88 zero kilômetro que meu pai comprou no consórcio na época. Era genial! Eu passeava na avenida da praia de Santos todo faceiro dentro do azulão!
Se essa moda de relançamento de carros vintage pegar eu sugiro o lançamento do novo Monza Hatch. Isso sim era carro anos 80! Nenhum outro traduz melhor o espírito kitsch despojado da época.
sexta-feira, setembro 26, 2008
Menem.
Uma das coisas bizarras na Argentina é que o Menem virou sinal de mau agouro. Mencionar o nome dele é similar a quebrar um espelho, ver um gato preto ou passar debaixo da escada. Dá muito azar.
Eu confesso, eu não presto.
Diga o que digam, falem o que falem, mas continuo gostando muito de dinossauros do rock brasileiro como Ira!, Legião Urbana, Nenhum de Nós e etc.
O Kid Abelha, por exemplo. Sempre achei as músicas muito mais ou menos e a Paula Toller um tanto quanto superestimada, mas adoro o acústico deles. Vai entender!
A participação do Edgard Scandurra, o gafanhoto das guitarras, consegue até trazer uma novidade e deixar tragável "Como eu quero". Ele também canta e toca uma versão de "Mudança de Comportamento" do Ira! sem piras de arranjos de cordas ou sopros. Violões e dedilhados bastaram.
A minha favorita de longe é "Grand' Hotel". É tão brega e tão boa ao mesmo tempo. Uma letra tão normal e simples, mas de uma honestidade cortante. Gosto até do cafonérrimo solo de saxofone e da parte que ela canta toda emotiva "Um dia o caminhão atropelou a paixão".
Também tem aquela "Os outros". É super adolescente mas fica difícil não se identificar com a história de uma pessoa que comparar os amores do passado.
Convenhamos que postar sobre a profundidade das letras do Kid Abelha e da emoção de um solo de saxofone não é uma coisa que uma pessoa em estado normal faria. Talvez seja sinal de uma nova linha editorial para esse blog.
Em breve uma resenha do Só Pra Contrariar então!
quinta-feira, setembro 25, 2008
Latino - Amigo Fura Olho.
Foi com muita emoção que vi esse novo clip do Latino, baluarte da nossa música brasileira. Ótima produção, fotografia e uma interpretação de Dennis Quaid de dar inveja. Também temos a estelar participação especialíssima de Daddy Kall, que o Latino intitula de "Capitão musical".
A música é pura poesia e deveria entrar pros anais da literatura brasileira, sendo estudada por doutores e servir de tema de interpretação de texto em vestibulares.
A letra é tão densa que não entendi algumas partes. Peço que os leitores vejam o vídeo, que está com quase 4 milhões de views no youtube, e me ajudem a sanar algumas dúvidas.
1. Latino, sempre muito humilde, dá uma patente militar ao outro cantor quando diz "Daddy Kall, capitão musical". Que fique bem claro que é um título merecedíssimo para Daddy Kall, uma pessoa que sempre fez muito para a música brasileira desde seus tempos no grupo YOU CAN DANCE. Porém não fica claro quem seria o pirata musical, para antagonizar o capitão nesse verdadeiro cruzeiro do bom gosto.
2. Logo depois Latino diz "Essa é pra pensar, hein". Achei estranho, já que toda trajetória discográfica dele é marcada por hinos que levaram multidões a refletir sobre as mazelas da sociedade atual. Se essa era pra pensar, as outras eram pra quê?
3. Em tempos globalizados, Latino cita o conflito sem razão do campo argentino, a crise de Cristina Kirchner e a alta taxa de inflação, quando canta "Amigo, ela já sabia que era loucura toda essa pegação. Mas é que a carne falou bem mais alto que a nossa razão".
4. Mas a parte que menos entendi foi que toda essa briga dos caras era por uma mulher que sofria de sérios distúrbios intestinais, uma diarréia crônica fortíssima mesmo. Isso é evidente na letra "De Ilhabela à Salvador, quantos lençóis ela sujou?". Pô Latino, depois de pegar a Kelly Key você destrói uma amizade por uma mulher toda cagada?
E claro, só pra mostrar um atestado de originalidade do Latino, que em nenhum momento copiou letra, melodia ou até mesmo a idéia do clip, deixo o vídeo da música "Ella y yo" do Don Omar, músico reggaetonero de Porto Rico .
quarta-feira, setembro 24, 2008
A cabeleireira deprimida.
Para muitos brasileiros, cortar o cabelo na Argentina é uma aventura cheia de adrenalina. O risco de entrar no cabeleireiro com o cabelo grande e sair com o mullet é real e muitas pessoas adiam esse momento o quanto for possível.
Argentinos falam espanhol.
Olha, eu juro que tento ser compreensivo e entender as pessoas. Faço o possível para não julgar, não ter preconceito contra a burrice e não tirar conclusões precipitadas.
Por isso vou responder com muita paciência a pessoa que chegou a esse blog digitando no Google "que língua é falada em Buenos Aires".
Amigo, a resposta é espanhol, mesmo que seja impossível entender o que os cumbieros falam.
Espero ter sido útil. Servimos bem para servir sempre.
terça-feira, setembro 23, 2008
Peter Capusotto
Peter Capusotto é algo como um Chico Anísio para jovens na Argentina. Seus vários personagens tiram sarro do mundo artístico em geral, mas principalmente da música.
Cinema brasileiro em Buenos Aires
Como postei faz alguns dias, estava rolando um Festival de Cinema Brasileiro lá no Abasto.
Mesmo apoiado pela Embaixada do Brasil, o festival teve uma péssima divulgação. Ninguém ficou sabendo dele e as sessões estavam mais vazias que a minha geladeira em fim de mês..
Parece que nossa brasilidade aumenta quando estamos fora do Brasil. Isso não significa que saío sambando de sunga na rua, mas sim que valorizo muito mais certas qualidades do Brasil que antes passavam despercebidas. Vai entender!
Além de "Meu nome não é Johnny", do que já falei antes, vi os seguintes filmes:
1. Sem controle.
É estranho ver o Eduardo Moscovis em um filme, mas o cara atua bem. Para contar a história do Motta Coqueiro, o último brasileiro morto pela pena de morte na época do império, o filme mostra um diretor de teatro transtornado após o fracasso de sua última obra.
O recurso lembra um pouco o filme "Adaptação" do roteirista Charlie Kaufman. Nele, para falar da história de um caçador de orquídeas selvagens, mostram as dificuldades do cara que está adaptando essa história para um filme.
Funciona muito bem em Adaptação, mas em Sem Controle fica uma coisa estranha. O filme praticamente muda de gênero do meio pro fim e que assiste não está preparado para isso. De repente uma história normal se transforma num conto de terror. Ainda não cheguei a conclusão se gostei ou não. Mesmo assim vale a pena por sair do lugar-comum de filmes históricos.
2. Noel, o poeta da vila.
Biografia mais do que merecida do Noel Rosa. Interessante, mas um pouco arrastado. Talvez um gringo que nunca ouviu falar de Noel Rosa antes tenha dificuldade de entender certas coisas.
Participação escondida do Otto e de um surreal Supla com cabelo preto normal e engomadinho, no papel do Mário Lago.
3. Cidade dos homens
Filme que mais ou menos encerra a série que passava na Globo, com os carismáticos Laranjinha e Acerola.
Cidade dos Homens é uma bela resposta para esses tempos onde todo mundo reclama que filme nacional só tem favela e Rio de Janeiro (preparem-se porque ainda vem aí outro filme sobre o ônibus 174, episódio um tanto quanto superestimado da nossa história mas beleza).
Uma história original, bem fechadinha, que casa muito bem os dramas pessoais dos dois protagonistas com a situação do morro onde eles moram. De longe o melhor filme dos quatro que vi no festival.
Concluindo:
Para quem fala mal do cinema nacional, dê uma olhada nos outros países. Ainda acho que estamos dando um banho de originalidade com ótimas histórias com filmes como "Tropa de Elite", "O ano que meus pais saíram de férias", "Saneamento Básico", "O Cheiro do Ralo", "Cidade dos Homens". Sim, defeitos existem e muitos, mas calma lá.
Aos poucos vamos melhorando! Estou fazendo a minha parte estudando roteiro!
segunda-feira, setembro 22, 2008
Who killed Harry Houdini?
Um dos favoritos da casa, a banda I'm from Barcelona, acaba de lançar o seu segundo cd, com o título de "Who Killed Harry Houdini?".
Numa entrevista que fiz em maio com o vocalista da banda sueca de 29 integrantes, ele já adiantava que o novo cd estaria mais obscuro que o primeiro "Let me introduce my friends".
Em "Who Killed Harry Houdini?" a banda perde muito da sua alegria excessivamente irritante e, em algumas músicas, chega a namorar a melancolia. Mas no que perderam em felicidade, compensaram em densidade de letras, climas e melodia.
As composições continuam com aquela mescla de ingenuidade e ironia, porém os refrões são menos apoteóticos como antes. A voz agora é usada mais como um instrumento extra do que simplesmente para cantar, algo a la Beach Boys da escola musical do Brian Wilson.
Mesmo mais deprimidos, I'm from Barcelona continua valendo muito a pena. O segundo cd não é amor à primeira vista como o outro. É preciso umas duas ou três escutadas para eles me conquistarem de verdade. Minhas preferidas são a sombria "Music Killed me", "Andy" que tem um coralzão e um clima de arrepiar e "Headphones" com seu xilofone mortal e a letra que qualquer um que já pôs um fone de ouvido e esqueceu do mundo irá se identificar.
A primeira "música" com clip é Paperplanes, talvez a que mais se pareça ao primeiro cd.
I'm from Barcelona - Who Killed Harry Houdini está mais do que recomendado. Obrigatório!
Myspace: http://www.myspace.com/imfrombarcelona
domingo, setembro 21, 2008
Especial Rock de Curitiba: 1 - Intro.
Depois de entrevistar 4 bandas da Suécia e outras 4 da Argentina, por que não entrevistar bandas que eu realmente conheço aqui? Essa é a idéia do Especial Rock de Curitiba.
sexta-feira, setembro 19, 2008
Estrela de um viral.
Em outubro estréia a segunda temporada de Dexter no FX. Para ajudar na divulgação, atuei num vídeo viral da série, que fica linkado numa página com informações sobre as próximas vítimas.
O vídeo faz parte de uma página de jornal fictícia com informações sobre a próxima vítima do assassino. Rola pode mandar pros amigos, personalizando as informações da notícia com dados do amigo é e o que o nome dele esteja escrito na mão do fim do vídeo.
Aqui o link para página que fiz colocando os leitores do blog como vítimas. Reparem no vídeo como simples frases como "Mas como a galera curte a carne" tomam outra perspectiva com a minha atuação que Põe qualquer Denzel Washington no chinelo.
http://gazetamiami.com.br/?ID=m1Mw1HevqFWgZFr
Argentina Facts
Argentina Facts nº 01
Argentinos cagam mais no banheiro do escritório do que os brasileiros.
Argentina Facts nº 02
A média salarial dos cabeleireiros e barbeiros é menor que a do Brasil porque eles trabalham pouco.
Argentina Facts nº 03
As pizzas argentinas sofrem uma certa falta de criatividade nos sabores. PS: Não existe catupiry.
Argentina Facts nº 04
O refrigerante próprio argentino é o Pomelo.
Argentina Facts nº 05
Cu doce, também chamado de histeriqueo, é um esporte nacional. A equipe feminina foi medalha de ouro em Pequim 2008 e os homens de bronze.
Argentina Facts nº 06
Os velhinhos daqui são muito mais coitados e carcomidos.
Argentina Facts nº 07
Cerca de 80% dos taxistas de Buenos Aires dizem já ter namorado uma brasileira.
Argentina Facts nº 08
Cerca de 60% das caipirinhas vendendo na cidade são uma merda.
Argentina Facts nº 09
As pessoas falam muito mais palavrão do que no Brasil. "hijo de puta", "concha de tu madre", "pelotudo" são tão falados que não tem o mesmo impacto.
Argentina Facts nº 10
As pessoas são mais neuróticas e abundam as oportunidades para psiquiatras. Existe até uma região de Buenos Aires chamada de "Villa Freud".
quarta-feira, setembro 17, 2008
Meu nome não é Johnny.
Depois de uma semana com filmes brasileiros na Recoleta, agora é a vez do Abasto exibir um pouco do cinema tupiniquiem.
S.O.S. Amoroso
Pra quem não sabe eu sou dono da comunidade do Carlos Drummond de Andrade no Orkut. Por culpa do meu nerdismo fui uma das pioneiros do site. Quando entrei só conhecia 3 pessoas! Minha nerdice é tanta que no fim de 2005 fui convidado para um focus group do Google em Curitiba e ganhei uma camisa do Orkut (detalhe que nunca a usei).
Eu sou participante da comunidade a Carlos Drummond de Andrade na qual você é dono.
Entro em contato para pedir permissão de utilizar o forum a fim de buscar a reconciliação com o amor da minha vida. Abaixo segue o que proponho...
Ajuda urgente...
Olá pessoal.
Peço prévias desculpas por utilizar este forum para pedir um favor a todos.
Estou desesperado. Devido a brigas e desentendimentos estou prestes a perder para sempre o amor da minha vida. Peço a todos um tempinho para mandar uma mensagem minha a pessoa que amo. Quero que por intermédio de vocês ela saiba o quanto eu a amo. Quem estiver de acordo peço que entre no meu profile e me mande um scrap que repassarei a mensagem a ser enviada. Mil desculpas,novamente, mas é que pode ser a minha última chance.
Atenciosamente
Marcelo XXXXXXXX
Obrigado pela atenção
Discussão por futebol?
Uma brasileira de 51 anos foi presa por apunhalar 5 vezes e jogar óleo quente no seu marido, de 45, ontem no bairro de Caballito aqui em Buenos Aires.
Depois de uma troca de insultos básica, a mulher pegou a faca e fez com o marido o que faz com o bife de chorizo. Depois tacou nele o óleo que estava sendo preparado para o jantar.
Seria culpa do Dunga?
Mais no site do La Nación.
Café esnobe?
Genial essa campanha do McDonalds Coffe em que eles dizem que o Starbucks é lugar de gente esnobe e falsa.
Os caras ficam super contentes porque podem raspar essa barbicha (alou? é pra mim isso), não precisam mais usar óculos e podem agora conversar sobre futebol no McDonald's.
Há também outro anúncio da mesma campanha com o mesmo tom. Duas mulheres celebram o fato de não ter que ouvir mais jazz, fingir falar francês e uma termina confesssando que não sabe
onde fica o Paraguai!
terça-feira, setembro 16, 2008
Especial Rock Argentino: 4 - Los Álamos.
A última das entrevistas do especial com as bandas portenhas é com Los Álamos. Indicados pela Rolling Stone como a banda revelação de 2005, já apareceram em várias publicações estrangeiras como uma banda "a ser escutada".
Com um som único no rock argentino, que une influências do country e do space rock. O vocalista e letrista Peter tomou seu tempo para responder algumas perguntas. Ele fala sobre a banda, a infra-estrutura pobre de muitas casas da cidade e de como é a vida de uma banda independente, que ao mesmo tempo que faz grandes turnês pela Europa passa por dificuldades em Buenos Aires.
Existe um som que pode ser definido como rock argentino ou isso é coisa do passado?
As bandas de rock da Argentina, desde os anos 60 até hoje, sempre foram particulares. Não sei se havia um som que as identificasse, talvez o fato de cantar em espanhol as unia, mas agora existe uma variedade tão grande de bandas que não podemos dizer com tanta certeza que há um som de rock com características comuns proveniente da Argentina.
Existem lugares bons para tocar na cidade, com boa infra-estrutura?
O rock na Argentina tem mais de 40 anos mas a Infra-estrutura continua nula. Os lugares tratam mal as bandas: elas tem que pedir por favor para tocar e às vezes pagar para tocar emum lugar. Os sistemas de som são quase sempre semi-profissionais e isso faz que qualquer cena de rock demore muito para se desenvolver. Em troca, os grandes festivais, patrocinados por companhias de telefone e bebidas, têm uma grande estrutura mas o trato com as bandas locais é degradante. Em muitos casos é preciso pagar para o nome da banda aparecer nos cartazes do lado de bandas internacionais que costumam ser artistas de segunda categoria o que estão em uma turnê de revival.
É possível viver de música Indie na Argentina?
Da nossa música não se pode viver. O público não é muito e pela crise que o país está passando fica muito difícil ser consumidor de música.
A banda foi apontada como umas revelações da revista Rolling Stone em 2005. Desde a revelação até hoje, o que passou?
Depois lanzamos três discos, fizemos uma turnê pela América do Sul e agora vamos para Europa. Recentemente editamos nosso último disco “El fino arte de la venganza” que foi masterizado em Los Angeles.
Essa veia western da banda, de onde vem e para onde vai?
A banda faz um som com pulso de folk, blues e até mesmo valsa. O som vem da necessidade de criar algo partindo de nossos gostos e possibilidades musicais
Alguma explicação de porque o público do país agita tanto em shows de rock?
Na verdade não sei. Acho que eles gostam de chamar a atenção! Mas também disfrutam de um show com muita paixão.
Myspace da Banda: http://www.myspace.com/losalamospace
Palermo Hollywood
Trabalho no bairro de Palermo, exatamente na porção chamada de "Palermo Hollywood". Leva esse nome porque muitas produtoras e canais de tv do país tem sua sede na mesma região.
Coisa meio babaca, mas fazer o quê?
Acontece que aqui a duas quadras do trabalho, uma garota inglesa foi sequestrada e depois estuprada.
Hollywood hein? Imagine se fosse Palermo Capão Redondo...
Mais aqui.
Onde termina a piada e começa o desrespeito?
Gosto pra caramba do Kibeloco. Um dos blogs hypados que raramente me deixam sem gargalhar.
domingo, setembro 14, 2008
Soko - Not Sokute
É possível notar de longe o meu fraco por mulheres lindas exorcizando suas mágoas com um violão ou uma guitarra. Feist, Rachel Yamagata e Cat Power pelo lado americano e pelo lado francês Ultra Orange & Emmanuelle e Rose, que tem aquela música La Liste que é uma belezura. Agora adicionamos a essa seleta lista de francesinhas a Soko.
And if I find her, I swear, I swear,
I'll kill her, I'll kill her
you don't respect the rules
you stole my money
and ran away with your pony
and now I'm gonna kill you
I'll shoot you in the head
CSS vestidos de Chaves.
sexta-feira, setembro 12, 2008
Ortega no rehab.
A direção do River Plate duvida que Ariel Ortega está realmente se reabilitando de seu alcoolismo. Mais aqui.
O clube, que tolerou muito o mau comportamento do jogador, não quis negociá-lo a nenhum time da primeira divisão, mas deixou ele ir ao Independiente Rivadavia, time de Mendoza que disputa a série B argentina.
Mas gente, pera lá! Os caras querem que ele largue mão de ser bêbado em Mendoza, com tanto vinho barato à disposição?
É como mandar um viciado em pó para esquecer do seu vício lá em Cidade de Deus! Ou o Michael Douglas sex addicted se tratar lá em Amsterdã!
Pois é, River Plate, eu também duvido muito da reabilitação do Ortega.
Hugh Hefner também é corno.
O cara é milhonário, dono da Playboy, tem uma mansão em Beverly Hills, vive com três mulheres, mas não pode fugir de um problema que é comum a todos os homens: o chifre!
Holly Madison, que está à direita na foto, deixou a mansão onde vivia com Hugh e as coelhinhas Bridget e Kendra, para viver com o mágico Criss Angel.
Conhecemos muito bem a Holly do reality show "Girls of the Playboy Mansion" que passa no canal E!. Ela que sempre foi intitulada a mulher nº 1 da casa e preferida do milhonário dá adeus às regalias e, provavelmente, ao Viagra.
E aí Hef, vai um remedinho pra dor de cabeça?
Embaixadores numa fria.
Presidentes muito loucos colocaram os embaixadores americanos numa fria! Vai rolar muita confusão!
Alguém me explica por favor que epidemia foi essa que atacou esses caras?
Em menos de 24 horas, EVIL Morales expulsou o embaixador americano da Bolívia. O sábio e sempre sensato Hugo Chávez, em solidariedade, fez o mesmo e também ameaçou cortar o fornecimento de petróleo para os EUA. O último a entrar nessa foi presidente de Honduras, que "adiou" a posse do embaixador americano!
E o Lula e a Cristina vão ficar fora dessa?
Aqui um stand-up comedy do Hugo Chávez em que ele diz:
- Vayanse al carajo, yanquis de mierda!
- Vayanse al carajo 100 veces.
- Ya basta de tanta mierda de ustedes, yankis...
A menina mais fofa do mundo.
Uma verdadeira fofura essa garotinha, gente!
Vi isso nesse blog aqui ó: Eu diria que.
quinta-feira, setembro 11, 2008
Dunga X Basile.
Dois técnicos de gerações e esquemas táticos diferentes, mas de resultados igualmente decepcionantes.
quarta-feira, setembro 10, 2008
it's not a game, it's powerplay
Em 2001, Curitiba foi usada como locação para um dos piores filmes americanos da história e eu presenciei isso. Esse acontecimento tão marcante estava simplesmente apagado da minha memória até que li um comentário em um post do blog do Ivan e da Adri.
Alô criançada, o Bozo chegou!
Todo início de mês é a mesma palhaçada. O INDEC, órgão responsável por medir a inflação argentina, revela o índice mensal de aumento de preços. A inflação está comendo solta e o tal índice é a mais pura conversa pra boi dormir, ninguém acredita. Com a credibilidade do governo mais suja que banheiro de posto de estrada, já surgiram outros institutos independentes que calculam uma inflação real em torno de 6% a cada mês.
Hoje anunciaram o índice do mês passado: 0,5%. Pff! Tive a prova viva da mentira justo hoje que resolvi ser mais light e comer uma salada. Simplesmente 20% a mais de um dia pro outro, agora são 15 pesos na saladinha básica. Deve existir uma conspiração para que eu não emagreça!
Pagar 15 pila num monte de mato não dá, meu povo! Prefiro pagar 10 conto em 4 empanadas.
terça-feira, setembro 09, 2008
Amor, estranho amor.
Tem gente que diz que sou um indiezinho metido a besta, mas essas pessoas não conhecem o lado obscuro do meu gosto musical. Existem músicas que eu não deveria gostar, mas gosto.
Aindão não entendo. Freud talvez explicaria.
Aleksander With - A little too perfect.
Uma música super pop com letras que beiram o constrangimento e refrões super previsíveis. Fazer o quê seu eu gosto? Já faz um seis meses que venho escutando essa pérola nórdica pop. E na parte que ele diz "Hey, I'm gonna catch you anyway" é muito foda.
Detalhe: o cara foi ganhador do Norwegian Idol.
Pinkat - Veloz con vos
Gruda gruda gruda! Pra sair não tem gelo ou água quente que resolva. Pop argentino que impregnou com riff pegajoso e melodiazinha assobiável. Já saiu das paradas daqui faz uns meses mas sempre ouço.
Detalhe: vocalista hermosa e clip muito caprichado mesmo com pouca produção.
Sampa Crew - Eterno amor
Cara, o que dizer do Sampa Crew??? Melhores rimas dos anos 90! "Por dentro e por fora você muito brilhante, inspirado em você foi criado o diamante..."
Detalhe: junto com Leci Brandão talvez seja a banda que mais vi ao vivo. Tocavam todo ano nas praias de Santos de graça!
segunda-feira, setembro 08, 2008
Tempos eleitorais
Em tempos de bizarrices eleitorais brasileiras e jingles toscos, um vídeo da campanha do Obama.
Sem comparação.
Batalha do Abasto.
Como já havia comentado num post do mês passado, as guerras entre tribos de adolescentes idiotas e feios que acontece nas imediações do Shopping Abasto estão cada vez mais frequentes.
Este domingo às 16 horas rolou outra batalha campal entre emos, floggers, rappers e cumbieros. Falando sério, aquela quadra é um verdadeito Twilight Zone de gente bizarra. Cade os pais dessa piazada, meu povo? Cadê a noção de estética? Pra onde foi o senso do ridículo?
Pena que a polícia chegou em peso e prendeu 20 meliantes, acabando com o sangue. Podia ter deixado eles brigando até se auto-eliminarem definitivamente da existência terrena.
Se essa gurizada é o futuro do país, a coisa vai ser complicada!
Mais na notícia do Crítica.
domingo, setembro 07, 2008
Batuque de argentino doido.
Não é à toa que a Bahia é o celeiro de novos ritmos do Brasil, que a África é um exportador mundial musical e que New Orleans é o berço do jazz. É bem simples a coisa. Ritmo tem uma coisa a ver com melanina. Não sei se a ciência explica, mas negão tem dom pra música e ponto.
sábado, setembro 06, 2008
Cristina, japa girl
Uma das principais pautas da visita de Cristina Kirchner ao Brasil não será uma consultoria de moda para a primeira-dama brasileira Marisa, mas sim bate-papo com o Lula sobre o novo modelo de TV Digital a ser adotado na Argentina.
sexta-feira, setembro 05, 2008
Julio César, goleiro com pensamento argentino
Depois de Lula dizer que acha Lionel Messi o melhor jogador do mundo, o goleiro da seleção brasileira Júlio César foi logo rebatendo as críticas e pedindo pro Lula se mudar pra Argentina.
Com a crise da agricultura que colocou a popularidade de Cristina Kirchner no chão, os argentinos adorariam que o presidente brasileiro governasse o país por alguns tempos. Já cansei de ler isso nos fóruns dos jornais La Nación e do Crítica. Invejam muito mesmo o governo do barbudo.
Mas o que os argentinos poderiam oferecer em troca?
Voto por sorvete. Os daqui simplesmente debulham qualquer um do Brasil.
quinta-feira, setembro 04, 2008
Día del Inmigrante
A Ana Laya me passou o dado que eu não sabia.
Hoje, 4 de setembro, é o Día del Inmigrante aqui na Argentina.
Como presente gostaria de atendimentos mais rápidos nos restaurantes, caixas de supermercados com caras mais contentes, velhinhos menos rabugentos, garotas menos histéricas e menos inflação!
Ser imigrante é estranho. É ver as medalhas de ouro do seu país como uma nota de 15 segundos no fim de noite no jornal, é ver o jogo da sua seleção com narração contra, é ser obrigado a se adaptar porque essa é sua única opção, é estar quase que sempre fora do contexto, é ver graça no que é normal para a maiorida e é sempre descobrir novidades naquilo que é velho e comum para todo mundo.
Enfim, feliz Día del Inmigrante, meu povo!
Mais no link del gobierno argento!
Vamos, vamos Argentina!
Ao contrário do Brasil, que faz uma de rodízio de cidades que sediam a seleção nacional nas eliminatórias, a Argentina sempre manda seus jogos no Estádio Monumental de Nuñez, que fica num bairro nobre de Buenos Aires.
Sábado jogam Argentina X Paraguai lá. A albiceleste vem de ganhar o ouro olímpico e se depara com o atual líder das eliminatórias. Promessa de um belo jogo. Entre os vários preços, existem 13 mil ingressos disponíveis por 25 pesos argentinos, algo mais ou menos como 14 reais.
Barato, não?
Milagre: argentinos acertam no português.
Existe uma alucinação coletiva na Argentina que diz que tudo no Brasil é o "más grande del mundo". Nosso país, nosso futebol, nossas praias, nossa música. Segundo eles nós dizemos que tudo isso é o "mais grande do mundo".
Já vi várias reportagens de revistas, capas do Olé tirando sarro em portunhol e também matérias no Clarin ou La Nación com o mesmo erro de português.
Mas ontem aconteceu um milagre! Finalmente umm jornalista argentino acertou no português. Foi a "Veintitres Internacional" que traz na capa o título Brasil Potência. São várias matérias especiais e todas bem coerentes. Analisam a economia, os prós e contras, o passado recente do FHC, a transição para Lula e uma entrevista com um argentino especialista em Brasil.
Em uma parte do texto e fazem uma "aclaración" de que não se diz "mais grande do mundo" em português e sim MAIOR DO MUNDO.
Milagre! Ainda existe esperança! Desanima não, gurizada!
quarta-feira, setembro 03, 2008
Vem aí "El argentino".
Não é um filme sobre tango, muito menos um documentário sobre Maradona ou Perón. "El Argentino" é a primeira parte da história sobre Che Guevara, filmada por Steven Soderbergh e com Benicio Del Toro no papel do revolucionário. Os dois já trabalharam juntos e ganharam um Oscar cada um por Traffic.
O filme mostra Che desde começo como médico e sua trajetória como o principal rebelde que lutou contra a ditadura cubana. Seu famoso discurso feito na ONU em 1964 também aparece no trailer do filme que é falado totalmente em espanhol.
Vamos esperar para ver como será a recepção em Buenos Aires desse filme sobre um dos argentinos mais famosos do mundo!
Prison Break imita o sistema carcerário argentino.
No primeiro episódio da quarta temporada de Prison Break, os personagens têm que colocar tornozeleiras eletrônicas com rastreamento GPS para serem rastreados pelo FBI.
Esse sistema é o mesmo que vem recebendo muitas críticas na Argentina atualmente. Foi pensado como um benefício para condenados por prisão domiciliar, porém falha frequentemente e muitos dos condenados que usam a tornozeleira estiveram envolvidos em assassinatos que comoveram o país nos últimos dias.
Se os criminosas argentinos conseguem burlar o sistema, Michael Scofield tem obrigação de fazer o mesmo!
Piadas à parte, o sistema das tornozeleiras de Prison Break é por GPS, já o do governo argentino precisa estar ligado a linha telefônica.
Leia mais sobre a polêmica das tornozeleiras.
terça-feira, setembro 02, 2008
Novo leiáute.
Depois de mais de dois anos, dei uma mudada no look do Aires Buenos.
Locutor mais famoso do mundo morre.
Quem curte cinema e séries certamente já ouviu alguns dos mais de 5 mil trailers narrados por Don LaFontaine. O cara era o "King of Voice Overs", uma verdadeira lenda de Hollywood e um divisor de águas no mundo la locução.
Sua frase "In a world", típica de começo de trailer, virou marca pessoal de LaFontaine e seu tom de voz passou a ser imitado por muitos outros locutores.
O site da CBS relata que o locutor de 68 anos morreu no último domingo em Los Angeles por complicações respiratórias.
Além de narrar trailers, LaFontaine emprestava a voz para os programas americanos "Entertainment Tonight" e "The Insider," além dos canais CBS, NBC, ABC, Fox, UPN, TNT, TBS e Cartoon Network.
E agora como ficaremos sem o "In a world" nos trailers?
Aqui um comercial clássico com LaFontaine aparece narrando a vida de uma pessoa.
E aqui uma entrevista que conta um pouco sua história e do característico "In a world".
Existe um site que reúne todos os locutores mais famosos americanos. É engraçado como cada um deles segue a escola de voz "rouca" do LaFontaine.
http://www.primetimevoices.com/
segunda-feira, setembro 01, 2008
Juiz cansa de esperar e cancela a partida no Uruguai.
Olha, eu sou uma pessoa que odeia esperar e com fobia de filas, mas o árbitro uruguaio Líber Prudente conseguiu me superar. O cara simplesmente não aguento esperar o time do Nacional de Montevidéu voltar para o segundo tempo do jogo e saiu andando pra casa cancelando a partida.
Ser feliz me da vergüenza.
Sempre acabo caindo nas mesmas armadilhas. Não devemos julgar um livro pela capa, mas frequentemente julgo um livro pelo título.
Foi mais ou menos a mesma coisa que aconteceu quando comprei "Aerosmith es una mierda y otros cuentos". Estava de bobeira no shopping, achei o título do livro legal, vejo conheço o autor por causa da Tv e acabo levando. Dessa vez rolou até uma camiseta de brinde! Uhú!
Convenhamos que livro bom não precisa vir com brinde e é mais ou menos esse o caso de "Ser feliz me da vergüenza", o segundo livro do Sebastian Wainraich. O escritor, que é mais conhecido como apresentador-humorista de programas da tv argentina como TVR e também de um quadro do Duro de amor, escreve uns contos descartáveis, pouco ácidos e tragicômicos.
Os contos são envolventes, leves e rápidos, assumindo quase sempre uma veia semi-autobiográfica. Uns causos muito engraçados que sempre acontecem no universo de uma pessoa semi-famosa que leva uma vida meio loser.
Não que isso não signifique alguma coisa mas é um livro muito melhor que o "Aerosmith es una mierda". Não fede nem cheira, não agrada e nem desagrada. Não é de todo ruim, mas não há a mínima necessidade de alguém comprar, coisa que eu fiz.
Enfim, por causa de babacas como eu, pessoas como o Sebastian Wainraich vão continuar escrevendo livros desnecessários que vem com uma camiseta de brinde.
Falando nisso, estou pensando em dar a camiseta de presente.