domingo, maio 10, 2009

El niño pez

Confesso que a cada filme argentino que vejo, menos tenho vontade de continuar dando chance pro cinema platense.

Aquela ideia que nós brasileiros temos de que o cinema argentino é super inteligente e sensacional é um tanto quanto enganosa. Anualmente, pouquíssimos são os lançamentos que realmente valem a pena.

Parece que há uma dificuldade de se encontrar um meio termo entre uma superprodução comercial e um filme pretensamente intelectual. Faltam aqueles filmes como os brasileiros Estômago e o Cheiro do Ralo, que preenchem exatamente essa faixa.

"El niño pez" é da mesma diretora de XXY, que contava a história de uma menina hermafrodita. A atriz também é a mesma, Ines Efron, que agora interpreta uma adolescente apaixonada pela sua empregada paraguaia e que acaba se envolvendo em vários crimes por causa desse amor proibido.

A atriz que interpreta a paraguaia, a Emme, está ótima no papel. O engraçado é que uma vez acompanhei uma gravação dela, que apresentava o programa Charged no FX, e ela chorou por não conseguir falar um simples texto decorado. O mundo dá voltas.

O problema do "El niño pez" é o mesmo do cinema argentino. Cinema feito pra meia dúzia de intelectualóides que vão ver duas meninas se beijando e falar que é puta filme polêmico e transgressor. Uma trama arrastada, uns diálogos meio tronhos e causados de uma vontade de dormir depois de 20 minutos de filme.

Pouca coisa acontece no começo e a coisa vai se arrastando por infindáveis minutos. Como dizia o meu professor de roteiro: se eu quero ver o lado entendiante e feio da "realidade" não vou pro cinema, mas basta ir na Costanera ver um tiozão fazendo um choripan.

6 comments:

Marcelo Urânia disse...

a pergunta é: rola peitinho?

(não vale essa sombra de peitinho q tá na foto...)

Túlio disse...

rola peitinho, peitão e peitchola.

Adélia Jeveaux disse...

petchugas

Lz disse...

o que é choripan?

Túlio disse...

chorizo + pan = choripan.

é conhecido por ser uma comida muito popular, vendida por carrinhos de ambulantes de higiene duvidosa em várias partes da cidade.

Anônimo disse...

Não seja ranzinza com o cine argentino, ô!!

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