Cromañón não termina nunca

Ao contrário do brasileiro, que é um povo sem memória, o argentino parece nunca esquecer. Parece ser uma sociedade marcada sempre por tragédias. Taí o clichê do tango para afirmar isso.

Ditadura, Guerra das Malvinas, Atentado da Amia, Crise do "uno a uno", Cromañón e a lista não termina nunca.

Ontem, depois de um ano de julgamento, foi dada a sentença da tragédia de Cromañón, onde quase 200 jovens morreram num show de rock da banda Callejeros.

A banda foi absolvida. Os únicos condenados foram o dono do lugar, Omar Chabán, o empresário da banda, um subcomissário da polícia e duas funcionárias da prefeitura.

O gosto que ficou na boca dos argentinos é de impunidade e injustiça. Eu, por pura falta de contexto e vivência, não tenho opinião formada.

Só achei extremamente imbecil a gangue de fãs do Callejeros comemorar, como se fossem campeões do mundo, a absolvição da banda bem na frente dos pais das vítimas.

Aqui um post de um ano atrás sobre o início do julgamento.

Aqui um especial com entrevistas que fiz com várias bandas argentinas.