segunda-feira, março 10, 2008

Interpol em Buenos Aires.

"Show me the dirt pile and i will pray that the soul can take three stowaways"

Foi com essa frase de "Pioneer to the falls" que Paul Banks começou o show do Interpol do último sábado no Teatro Gran Rex. Muito parecido com o Guaíra de Curitiba, o Gran Rex fica a apenas meia quadra do Obelisco e é constituído tem uma enorme platéia e dois balcões.

O lugar, que parecia ser muito burocrático para um show de rock, acabou se mostrando uma escolha acertada. Ótima acústica, era possível escutar todos os detalhes do quarteto (que também tinha um quinto elemento nos teclados). Fiquei pouquíssimo tempo sentado na minha cadeira marcada. Das quase 20 músicas, o público ficou de pé no menos em 17.

Aos poucos, a banda de Nova York ia destilando seus clássicos. A postura deles quanto ao público era de uma amena simpatia. Algumas frases em espanhol e nada mais. No palco, o guitarrista agitava muito a cada frase de guitarra e fazia uns passos que seria algo que o Sergio Mallandro faria se tocasse numa banda de rock.

O som, com a ajuda das luzes e da cenografia, dá um clima ainda mais soturno para a banda.

Dos clássicos, tocaram quase todos, com foco nas músicas do terceiro e último cd "Our love to admire". Músicas como "Slow hands", "C'mere" e "Evil" foram as que mais empolgaram a platéia. Ficou claro que os dois primeiros cd's são os preferidos do público e que o terceiro ainda não foi muito bem digerido.

O fim do show foi simplesmente matador, um BIS fulminante com: "Stella was a diver", "NYC" e "PDA".

Taí uma banda que tocou o que foi prometido, um espetáculo que beirou a perfeição técnica sem cair na frieza. Um guitarrista que abusa de delays, um baixista fleumático, um baterista destruidor, um tecladista honesto e a singular voz que dispara letras cruas como "But I'm sick of spending these lonely nights / Training myself not to care".

Particularmente achei que faltaram duas músicas que gosto muito "Next exit" e a belíssima "Take you on a cruise", onde entra em atuação o famigerado e-bow.

Resumo: uma noite única.

5 comments:

giancarlo rufatto disse...

ufa, se nao tocaram next exit e nem untitled (a melhor de todas), só restou NYC que eu gostaria te ter visto.

"vende" a resenha pro abonico hehehehe.

Cido disse...

vou amanha no daqui de sampa, tomara q seja bom assim.
tb acho q faltou Who Do You Think, é foda.

Anônimo disse...

cara...
INTERPOL.

não foi dessa vez que eu vi.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...

Olá! sempre leio o seu blog, estou com minha familia em BsAs faz pouco tempo, tb fiz um blog.
http://familialogan.spaceblog.com.br/1/

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Suerte!
Karinne

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