terça-feira, janeiro 23, 2007

A farsa da lei da oferta e da procura

Os brasileiros mais fanáticos que me perdoem, mas durante a Copa de 2006 quase comprei a camiseta reserva da seleção argentina. Havia todo aquele clipa de "Mundial", todo aquela coisa do já ganhou depois da vitória contra a Sérvia e fora o fato de que a camiseta reserva realmente me apetecia de alguma forma.


Na Falabella havia muitas camisetas, manequins vestidos, cores e adereços e o preço era de 139 pesos. Não só lá, mas em todo lugar, não importava o tamanho da loja, era o mesmo preço. Andei, andei e andei atrás da camisa e só via esse número: 139. Não considero tão caro assim, basta comparar com o quanto custa qualquer camiseta de time para ver que está bem na média. Mas o preço não era realmente uma pechincha e aí posterguei. Pensei comigo em esperar a euforia da Copa acabar, a procura pela camisa diminuir e assim o preço baixar.

Lenda, pura lenda. Seis meses já se passaram, a Argentina foi eliminada, ninguém mais fala de Copa e a bendita camisa continua custando 139 pesos onde eu for, em toda santa loja de esportes. Seja na Adidas do Abasto ou numa loja multimarcas da rua Florida é 139. A procura pela camiseta baixou consideravelmente mas e o preço?Nnada!!! Onde que entra a lei da oferta e da procura? Isso parece ser mais teoria mesmo, lenda urbana. Garanto que se essa camiseta baixasse uns 30 pesos uma galera ia comprar, eu inclusive. Mas não, nada muda. Continuo sem "la remera argentina". Talvez seja melhor assim mesmo.

6 comments:

Vinícius Cunha disse...

Deixei de comprar um adidas porque ele custava 109 em todas as lojas. Que raiva.

George disse...

Túlio, uns pitacos toscos sobre a oferta x procura, tentando resumir.
Ela não é uma farsa, mas para ela funcionar bonitinho como na teoria, haveria que ocorrer 'concorrência perfeita', que é quando existem bem substitutos perfeitos de outros produtores (ex: alfaces a x alface b).

Mas se for observar a produção de camisetas da Argentina, é exclusividade da Adiddas. Existem similares (camisas de outras seleções), mas para o torcedor da Argentina, ou compra da Adiddas, ou compra pirata, ou outras não sejam de seu país.

Portanto a Adiddas tem aí uma bom poder de barganha. Também considera-se que uma camisa de seleção é um bem que está longe de ser de primeira necessidade, o que torna a procura dele menos sensível a variação do preço (no caso está estabilizado em 139 pacotes, como diria o Manda Chuva).

Além disso, uma empresa do porte dela, pode vender menos agora e manter o preço (pois há uma grande variedade de produtos que seguem vendendo satisfatoriamente), até que ocorra outra corrida em busca de camisetas da Argentina. E ela pode esperar, e até aumentar o preço quando aumentar a procura (aí neste caso funciona direitinho...hehehehe).

Resumindo: o mercado de camisas de seleções é uma concorrência imperfeita, portanto a oferta e procura, neste caso, também é.

Ficou longo este comentário... :)

George disse...

Sobre o modelo da camisa, achei muito bonita.

Túlio disse...

pois é, nunca entendi muito de economia.

Vinícius da Cunha disse...

OK, concordo com o comentário, mas tu expôs como se a Adidas fosse vender diretamente ao cosumidor, o que não é verdade. O complicado na Argentina é o fato da Adidas vender pra Falabella pelo mesmo preço que vende pra Tienda do Tio Juan, sendo que uma vende mil camisetas por mês e a outra duas.

Claro que usei a Adidas como exemplo, mas na Argentina é mais comum as multinacionais abusarem desse acordo de preço.

Irinairinairina³ disse...

Vc pode ganhar da Tentaçao, VC pode! =P rsrsrs

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