sábado, fevereiro 28, 2009

3 anos

Hoje faz 3 anos que cheguei na Argentina!

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Mudança de direção

Uma das maiores qualidades do povo argentino é a capacidade de se que eles tem de se unir, protestar e fazer que sua voz seja ouvida.

Ano passado, no conflito dos agricultores contra o governo, milhares de pessoas saíram às ruas para manifestar uma opinião totalmente contrária ao governo. A presidenta engoliu com desgosto e sua medida impopular não foi aprovada.

O problema é que se protesta demais e por qualquer coisa, tenha as pessoas razão ou não. O pior é que e a pessoa ou instituição que teria que ouvir esse reclamo quase nunca o ouve de fato. Pessoas estão sem teto? Interrompe-se um viaduto. Um passageiro nervoso pelo metrô péssimo e fedido agride um funcionário? Para-se todo o sistema na cidade e milhões de pessoas são afetadas. Que tal chamar a polícia? O prefeito propões a implementação de faixas exclusivas para ônibus em uma avenida e quase se instala uma guerra entra táxis e coletivos.

Lembro que uma vez pessoas se juntaram às 3 da manhã para bater panela, protestando contra os constantes cortes de energia que aconteceram no verão. Faz sentido isso? Garanto que o gerente da companhia de luz estava bem longe com seu sono intacto. Eles só conseguiram acordar toda a vizinhança.

Hoje, a importante Av. Pueyrredon se tornou mão dupla em algumas quadras. Uma medida do governo para que o trânsito flua melhor. Obviamente um bando de gente saiu a protestar contra isso. Afinal, uma avenida virar mão dupla é algo que pode prejudicar a todos de maneiras várias, não? Não! Vão caçar serviço e arranjar coisa o que fazer!

Estou longe de ser a pessoa mais calma do mundo, mas parece que aqui todo mundo está sempre pronto a tacar uma pedra, pronto para um arranca-rabo. O taxista para o carro e desce para brigar no trânsito. O dono de um quiosco bate-boca se você não tem dinheiro trocado. O motorista do ônibus dá uma bronca porque no velhinho que, coitado, não tem agilidade na hora de colocar suas moedinhas na máquina. Tato, bom-senso? Tá em falta. Sabe como é, a crise!

Mais sobre a reclamação da mudança de direção aqui.

quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Only the names have been changed

Postar em uma quarta-feira de cinzas sobre um cd solo do vocalista do Stereophonics, que foi lançado de forma obscura em 2007, mostra toda minha ginga e folia.

Kelly Jones conseguiu fazer o que muitos músicos pensam em fazer, uma espécie de Alta Fidelidade para ouvir. Todos as 10 faixas do cd "Only the names have been changed" tem nomes de mulheres. Se são suas ex-namoradas ou demônios, ninguém sabe, mas garanto que depois de gravar isso ele deve ter se sentido mais leve.

Um cd para fãs, acima de tudo. São gravações bem low-profile, a maioria violão e voz, e com aquele tão característico vocal rasgado de Jones, com tímidos acompanhamentos de cordas e bateria.

Quem conhece Stereophonics já está familiarizado com as músicas onde se contam causos e parecem quase mini roteiros, com início, meio e fim. Em "Only names have been changed" a fórmula é quase a mesma, mas com um tema exclusivo: muchachas. Não são músicas apaixonadinhas, mas sim histórias, quase sempre reais, contadas e cantadas pelo Kelly Jones.

Um especial que a MTV inglesa fez com ele tem vários mini-clips com a explicação de cada tema e apresentação ao vivo.

Aqui o vídeo de "Katie", uma das melhores do cd. Para ver as outras, basta procurar no youtube.

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

And the Oscar goes to...


- Indicado a melhor maquiagem de índices de inflação.
- Indicada a melhor comédia surrealista.
- Indicada pior atriz.
- Uma superprodução de Ivo Pitangui.
- Dirigida por Nestor Kirchner.

Achei aqui.

domingo, fevereiro 22, 2009

Pull the pin

Passou totalmente desapercebido por mim o lançamento do sexto disco inédito do Stereophonics, o "Pull the pin".

Lançado no final de 2007, o álbum recebeu mornas críticas e acabei deixando pra lá. Puta capa feia, pra que baixar? Besteira pura!

Das bandas do rock britânico dos 90, os Stereophonics foram um dos poucos que realmente evoluíram em alguma coisa, não ficando sempre no mesmo tipo de som. Coisa que não é pecado, muito pelo contrário. O Travis faz o mesmo tipo de som há eras e não significa que não gostamos.

Olhando para a discografia é possível ver uma clara diferença de som nos cd's. Começando roqueiros, indo para uma linha mas calma e acústica no segundo e terceiro álbum (com o mega hit Have a nice day), um quarto mais pesado e com poucos, mas belos, momentos calmos e um quinto cd que combinava perfeitamente guitarras e sintetizadores (a música Dakota explica perfeitamente isso).

Em Pull The Pin, Mr. Kelly Jones tirou um pouco o "pé" da guitarra (se é que existe essa expressão). Não esqueceu dos sintetizadores, mas deixou de lado um pouco e voltou a investir em melodias e linhas vocais que aproveitam muito bem sua tão característica voz rouca rasgada.

Depois desse cd eles ainda lançaram a coletânea "A decade in the sun", com algumas inéditas e outros grandes hits.

Aqui eles tocando "It means nothing", uma das músicas de Pull the pin, no Joos Holland. Um clássico. Detalhe: o atual baterista deles é argentino!

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Só lembrando...

... Que em Buenos Aires não tem feriado de carnaval. No máximo tem o que eles chamam de murgas, esses grupos folclóricos sem ritmo cheio de gente feia que invadem as ruas, principalmente do bairro Abasto, onde eu moro.

Sábado passado passei por uma delas e me deprimi. Falta muita melanina nessa ginga deles. O engraçado é que com tanta experiência em fazer panelaço, como é que eles ainda não adquiriram uma malemolência e uma batida mais cadenciada?

Ok, eu nunca gostei dessas bandas e também da música carnavalesca. Minhas experiências em Santos ou na famigerada Caiobanda, em Caiobá no Paraná, foram mais estudos antropológicos do que folia propriamente dita, mas.... um feriadinho de quase uma semana faz falta.

Acadêmicos de Villa Crespo, nota ocho y medio!

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Feliz cumple, Cris!

Há 56 anos, em La Plata, Ofelia Wilhem, mulher de Eduardo Fernanez, dava a luz a uma mocinha chamada Cristina Elisabeth Fernandez.

Segundo consta era jogava muito bem truco e tinha uma qualidade especial para mentir. Nos anos 70, ela estudou direito e na faculdade conheceu seu grande e birolho amor, Nestor Kirchner.

Hoje, vários quilos de maquiagem depois, ela dirige com um bravatas sensacionais um país que enfrenta crise atrás de crise, mas segue firme!

Nunca esquecerei o dia em que segurei sua mão! Feliz cumple, amiga Cris!

*Quem pegava?

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Buenos Aires Herald

O Buenos Aires Herald seria apenas outro dos vários jornais que circulam pela capital argentina se não fosse por um simples detalhe: ele é todo em inglês.

Fundado em 1876, o periódico vive até hoje, tendo atuações importantes na história do país. A principal delas, talvez, tenha sido seu papel contestador na época da ditadura. O Herald porteño perguntava pelos desaparecidos e enfurecia os militares com seus editoriais, ganhando notoriedade na sociedade pela suas denúncias de abuso dos direitos humanos.

Robert John Cox era um jornalista inglês que trabalhou no veículo como editor exatamente durante a ditadura. Largou tudo na Inglaterra e veio de mala e cuia para a Argentina, onde ficou até 1978 quando o governo finalmente o expulsou do país.

"Dirty secrets, Dirty war" é o livro lançado recentemente em inglês, escrito pelo seu filho David, com ajuda de cartas e o arquivo pessoal do jornalista. É uma espécia de biografia do editor, desde sua infância, a guerra da Coréia e sua chegada em Buenos Aires com 26 anos.

O Diário Perfil mostra uma parte do primeiro capítulo do livro, que ainda não foi lançado em espanhol.

Aqui o site oficial do ainda ativo, e bilíngue, Buenos Aires Herald.

E aí uma foto do cidadão hoje.

Mullets inspirados

Para quem achava que as bandas de rock brasileiras tinham um péssimo gosto para escolher seus nomes e era impossível achar coisa mais ridícula que Paralamas do Sucesso, Inimigos do Rei, Biquini Cavadão e Nenhum de Nós, aqui está a prova de que tudo sempre pode ser pior.

Uma lista com os piores nomes de bandas argentinas! Não é só o mullet que esses grupos tem de ridículo!


Patricio Rey y sus redonditos de Ricota
O que esperar de uma banda com os "redondinhos" de ricota. É algum queijo, quitute ou canapè?

Bersuit Vergabarat
Não fui atrás de entender a explicação do nome, mas de qualquer maneira é uma bomba. A versão de "O tempo não para" do Cazuza que eles fizeram é tão famosa que a maioria acha que eles mesmo a compuseram.

Babasónicos
A fama pode fazer você a se acostumar com um nome podre. O importante é se ater à primeira vez que você escutou esse nome: muito babaca!

D-mente
Trocadilho jaguara para provar que eles são do mal e contra o sistema.

Ella es tan cargosa
Ela é tão pesada. Pffff. Uma ode ao amor obeso.

Enanitos verdes
Típica banda que tocaria se rolasse um festival Psicodália em Buenos Aires. Anõezinhos verdes.

Intoxicados
Drogados? O incrível é que os integrantes da banda provam seu nome em todos os shows, o vocaliste é um bagaço humano.

Las pastillas del abuelo
Crianças de que idade inventaram isso?

Las pelotas
Outro nome de mal gosto. Por que por o nome de "As bolas" numa banda? Deve ser porque ela é um saco! Dã-dishhhhhhhh!

Los Auténticos decadentes
A pior banda da face da terra. Chiclete com banana com DNA de Cumbia. Uma mutação musical radioativa que caminha pelos pampas. Perto deles, Calypso é colírio pros ouvidos.

Los Maxilares de Perón
Perón tinha mais que um queixo?

Los Ratones Paranoicos
Para se vender como sujo e do povo, escolha RATO. Para passar a imagem de doidão, lisérgico e muito louco, adicione Paranóico.

Los Violadores
Um verdadeiro case de marketing. Como vender uma banda chamada "Os estupradores"?

* foto: Autenticos Decadentes mostrando todo seu visual descolado e vanguardista

terça-feira, fevereiro 17, 2009

Seven Ages of Rock


A Vh1 Latina resolveu reprisar esse belíssimo documentário produzido pela BBC em 2007.

Como o nome diz, são sete capítulos, cada um deles discorrendo sobre uma "Era" do rock, com depoimentos de quase todos os nomes que fizeram uma diferença nesse mundo.

1. The Birth of rock
63 até 70. Jimi Hendrix, Rolling Stones, Beatles e companhia

2. White light, White heat
66 até 80. Pop-arte multimídia a experimentalismos de David Bowie, Velvet Underground, Pink Floyd e seus amigos

3. Blank Generation
73 até 80. O nascimento do punk em Nova York e Londres. Sex Pistols, Clash, Ramones, Television e etc.

4. Never Say die
70 até 1991. Lendas do Heavy Metal, desde Black Sabbath ao Iron Maiden, passando por Deep Purple e Metallica.

5. We are the champions
65 até 93. O nome é auto explicativo. Como bandas de estádio mudaram a cara do rocl. Queen, Bruce Springsteen, The Police, Dire Straits ao U2.

6. Left of the Dial
80 até 94. O nascimento do alternativo na terra do Uncle Sam. Esse capítulo dá um destaque especialíssimo ao Nirvana, Pixies e Rem, além da galerinha de Seattle

7. What the world is waiting for.
80 até 2007. O indie britânico, desde Stone Roses, dando ênfase na briguinha Oasis x Blur e o britrock do final dos 90, terminando em Libertines, Franz Ferdinand, Arctic Monkeys e a internet.

Ontem me peguei vendo o último capítulo e fiquei abismado em certo momento. Mostram por vários segundos várias capas de discos de bandas da explosão britânica dos anos 90 e, bizarro, eu tinha todos os cd's. Oasis, Verve, Travis, Coldplay, Stereophonics, Manic Street Preachers e por aí vai...

Seven Ages of Rock é simplesmente obrigatório para qualquer ser vivente que diz gostar de rock, seja qual gênero for. Você descobre coisas inusitadas e ligações bizarras sobre como fatos históricos e econômicos influenciaram a música, além de reviver momentos e declarações dos seus mestres.

Se você buscar bem no youtube, acha vários pedaços do documentário.

Aqui o site oficial da BBC:
http://www.bbc.co.uk/music/sevenages/

Buenos Aires Crime Scene

Sábado passado vi duas pessoas serem assaltadas por uns piazões de rua na frente do Shopping Abasto. O guardinha do lugar nada fez, só observou. Faz um mês, um outro ladrãozinho afanou um velho no mesmo lugar e saiu correndo. Por sorte a polícia o pegou e, pela maneira que revistaram ele, deu pra sentir que ia rolar uns sopapos.

Nesse mesmo fim de semana, os sogros do Leonardo, que dividie o ap comigo, deixaram o carro do lado do meu prédio e quando voltaram o vidro estava quebrado e o rádio roubado.

Antes eu achava que era exagero essa onda de insegurança na cidade, mas agora olho muito bem pros lados quando estou andando.

Mas convenhamos que com carros desse naipe, a gente nem cria grandes expectativas para com a polícia portenha.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Apparitions

Tranque bem sua porta e feche bem sua janela para evitar maiores sustos ao ver a Apparitions.

Transmitida no final do ano passado na BBC inglesa, a série de 6 capítulos conta a história de Jacob, um padre que está prestes a receber o cargo de exorcista-chefe pelo Vaticano.

Não sou muito fã de terror, mas Apparitions se tornou uma bela exceção. A história vai muito além de meros exorcismos, banhos de sangue e cheiro de enxofre. O suspense permeia todos os episódios e por isso mesmo os momentos de ação são tão chocantes. As cenas são fortes e o que antecede elas cria um clima assustador. O padre, antes de fazer seu serviço, precisa entender o plano do belzebu, pesquisar a história e comparar casos passados, para saber como melhor proceder. Quando ele descobre isso, aí asim que a coisa fica bizarra.


A produção e a fotografia são de altíssima qualidade e as interpretações, principalmente a do Martin Shaw, que dá vida ao exorcista, são primorosas. O roteiro, pelo menos para quem não curte muito esse gênero, tenta escapar dos clichês quando possível.

São inúmeros detalhes que vão desde a Madre Teresa, uma senhora de 70 anos que engravida, a burocracia eclesiástica, até histórias medievais mais escabrosas. São demônios de crianças abortadas, criminosos, vômitos de sangue, aparições, sombras no meio da noite e também alguns santos que incorporam nas pessoas menos prováveis.

Pelas dúvidas, eu assisti com a luz da sala acesa.

Chavez

Realmente não gosto do Chavez, ainda mais se for pra sempre.

Prefiro o Gomez.



Belíssimo clip de See the world, um verdadeiro clássico.

domingo, fevereiro 15, 2009

Estadão de Domingo


Matéria no Estadão desse domingo, 15/02, feita pelo Gustavo Miller, onde eu apareço.

Clique na imagem para aparecer maior e poder ler.

Reparem na frase sábia dita pela minha pessoa:
"É imcomparável ver e torcer por um jogo de futebol ao vivo. Torcer em uma gravação é uma coisa meio babaca".

El Living

Saí da minha caverna e caí noite passada no Living, um bar que sempre escutava falar mas ainda não tinha conhecido.

São dois grandes ambientes, com uma barra de bebidas cada um, onde a principal atração é o telão e as várias televisões de cada sala. Imagine uma discotecagem de clips, com alto e bom som e muitas mocinhas simpáticas.

Em um ambiente, o melhor do indie para as massas com clips e apresentações ao vivo daquelas bandas de sempre do gênero: Interpol, Morrisey, Franz Ferdinand, Oasis, Travis, REM. Já no outro, a clássica oitenteira que visita o trash aos grandes hits. Rolou de New order, a Erasure, Culture Club, Death or Alive e toda aquela gama de clips ridículos que permeiam a programação do canal a cabo VH1.

Não experimentei nada da comida e as bebidas parecem ter preço do nível da "náite" portenha. O lugar começa a encher só lá pelas 2h30 da manhã e inúmeros sofazões coloridos de couro estão lá para quem quiser descansar.

"El Living" fica numa região que não sei se é Barrio Norte ou Recoleta, na Calle Marcelo T. Alvear 1540, a uma quadra da Santa Fé.

Mais.

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Mistérios Argentinos

Há 3 anos atrás, quando cheguei a esse país, tudo era novidade. Eram tantas informações e costumes novos a serem absorvidos que muita coisa ficou sem explicação. Eram os mistérios argentinos.

Um deles era o fato de alguns carros estacionados na rua terem uma garrafa no teto. Era estranho. Isso se repetia em várias partes da cidade, com vários tipos de garrafas, não importando se os carros eram velhos ou novos. Não podia ser uma simples coincidência, aquilo devia ter uma razão. Demorou uns 6 meses para me explicarem e outro mês para eu perceber que aquilo não era uma piada.

É simples. A garrafa significa que tal carro está a venda. A idéia é que ela chame a atenção, afinal uma coisa amarela dessas em cima de um veículo não passa despercebida mesmo. O problema é que nem todos esses carros com vasilhas no seu topo tem um cartaz explicando que eles estão à venda, com informações do modelo e o preço, por exemplo.

Não seria mais fácil um cartaz de "vende-se" com um telefone? Ou, se querem chamar atenção por que não colocam uma melancia no teto?

Mistérios, meus caros. Mistérios argentinos.

O Homem que não estava lá


Nada se cria, tudo se transforma. Talvez essa clássica frase de Lavoisier deveria ser revista em tempos de internet. Prova disso é o curioso caso de Masal Bugduv, o artilheiro invisível.

O renomado jornal inglês The Times publicou no começo do ano uma lista com as 50 maiores promessas do futebol atual, entre eles muitos brasileiros, como Hernanes, Thiago Silva e Miranda. (O nome do jogador já não está mais no ar)

Mas antes, no número 30 dessa lista estava um jogador da Moldávia.

30. Masal Bugduv (Olimpia Balti)

Moldova’s finest, the 16-year-old attacker has been strongly linked with a move to Arsenal, work permit permitting. And he’s been linked with plenty of other top clubs as well.

Masal apareceu em blogs há mais de um ano e vários rumores foram sendo publicados sobre a promessa do futebol da Moldávia, uma verdadeira pérola do leste europeu. Referência de notícias sobre ele, do jornal moldaviano Diario Mo Thon, falavam de sua técnica e de sua vontade de sair do país e disputar um campeonato competitivo. Outro detalhe: tal jornal nunca existiu.

Mesmo assim rumores começaram a pipocar que Arsenal e Chelsea estavam de olho no Masal, inclusive muitas declarações do próprio jogador. A página da wikipedia da seleção moldaviana confirmava a grande sensação como a esperança para a próxima copa. Daí para a lista cheia de credibilidade do The Times foi um pulo.

O fato é que Mosal Bugduv não existe. Além do mais, seu nome num dialeto irlandês significa "Meu pequeno jegue preto". Não importa, mesmo assim ele ficou em trigésimo lugar na lista do The Tomes. Fico só com pena dos jogadores que treinam diariamente e suam a camisa, mas mesmo assim não conseguiram ser melhores que o Mosal, o artilheiro invisível.

O site Soccerlens tem uma bela nota sobre o caso. Aqui. O The Guardian, outro jornal inglês, também comenta.

O site Goal.com também caiu na pegadinha do mallandro.

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Argentine English 2



Prova cabal do Argentine English.

Maurício Macri, o prefeito de Buenos Aires, cantando "Somebody to love" do Queen em sua festa de aniversário.

Ênibôri fáin miii.. somebóri tu loooo

terça-feira, fevereiro 10, 2009

Argentine English

Longe de mim querer dizer que nós brasileiros falamos tudo certinho em inglês, mas aqui na Argentina, meus caros, a coisa é bizarra.

Os caras tem sua própria maneira de falar inglês, juntando os sons próprios deles com palavras estrangeiras e tendo como resultado um idioma único: The argentine english.

Meu primeiro impacto foi quando cheguei para trabalhar na Latin3, uma agência de internet. Começaram a falar em xarrú e bégraum nas reuniões e eu ficava boiando. Depois fui descobrir que se tratava de Yahoo e Background. Desde então venho tentando me adaptar, aprendendo a cada dia as belezas e particularidades do Argentine English.
Negrito
Aqui umas dicas

- Toshóta = Toyota.
- Xim = Jeans.
- Bárguerquin = Burger King
- Rágbi = Rugby
- Prixon Break = Prison Break
- Nueva Chôrk = Nova York.
- Crínxis = Cream cheese
- Oássis = Oasis
- Trávis = Travis
- Brtn = Britney
- Rárró Cafe = Hard Rock Cafe
- Xim Xarmush = Jim Jarmush
- Bill Murrái = Bill Murray
- Máus = Mouse
- Bécá = Backup
- Chânqui = Yankee

Argentinas calientes

Uma entrevista afirma que as mulheres argentinas são as mais fogosas. Empatadas com elas no primeiro lugar estão as brasileiras, filipinas e italianas.

Além disso, a maioria delas respondeu que odeia metrossexuais.

Argentinas fogosas que odeiam metrossexuais? Onde?

Mais detalhes da pesquisa supercientífica feita pela Axe: aqui.

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Benjamin X Forrest



Odeio postar coisas que vi em trocentos lugares diferentes, mas dessa não pude escapar.

É ótima a comparação que esse vídeo faz das inúmeras similaridades entre Forrest Gump e Benjamin Button. Vi faz pouco o Benjamin Button e adorei. Filmão com personagens cativantes.

"É exatamente como Forrest Gump, só que sem Aids".

Mad Men


Finalmente assisti alguns capítulos de Mad Men, a ultra-premiada série americana que retrata a vida de uma agência de publicidade dos anos 60.

Don Draper é o diretor de criação de uma agência em Nova York que é o gênio por trás de grandes campanhas da época. Junto dele toda uma equipe de redatores idiotas (me imaginei ali), um bando de secretárias no cio e clientes nada profissionais convivem numa época em que tantos comportamentos estavam mudando. Eram os sixties, baby!

Preconceito, machismo, racismo, falsidade e um mundo de aparências que parecia tão escancarado naqueles tempos. Ou talvez somos nós de agora que ficamos mais espertos e aprendemos a deixar as coisas mais escondidas.

O roteiro é de primeira, a direção de arte idem, assim como as atuações. Não é a toa que ultimamente essa série tem papado todos os prêmios que disputa. Não sei se é tão justo. Com quanta coisa por aí, eles não são tão acima da média dos outros, por exemplo. Não são de resolver pequenos casos por episódio, como CSI, ou de deixar o telespectador sem fôlego no final, como LOST. Estão exatamente no meio do caminho, isso se existir um.

Talvez quem trabalhe com comunicação e saiba como é o dia-a-dia nos tempos atuais goste mais. Todo o processo de se chegar a uma idéia anteriormente, por mais toscas que sejam, é muito interessante. O processo de arte, da gráfica e o visual é tão jurássico que me fez lembrar que faz menos de 15 anos quase ninguém usava computador direito.

Mesmo passando nos EUA em um canal obscuro como o AMC, o que resulta numa audiência baixíssima se comparada a grandes hits como House ou The Mentalist, Mad Men já se tornou pop. Afinal não é qualquer um que é parodiado nos Simpsons. Aqui eles parodiaram a abertura da série, trocando o personagen Don en queda para o Homer.

sábado, fevereiro 07, 2009

Curitiba Bizarra


Existe algo errado em Curitiba e não estou falando dos governantes. A quantidade de crimes bizarros acontecido na "capital social" é de assustar.

Quando me perguntam de onde sou digo que sou de lá, é pra encurtar a história. Afinal dizer que nasci num lugar, fui criado em outro, mas antes de vir pra Buenos Aires morei em outra cidade por 6 anos parece muito complicado. Mas afinal não é à toa. Quem me conhece ou lê um pouco desse blog pode perceber na paixão que tenho por essa cidade e o quanto falo bem dela. Mas esse lado obscuro da cidade cada vez mais me chama a atenção quando leio as últimas notícias da capital das araucárias.

Vamos à lista de crimes insólitos nesse último ano:

- Ontem, 6 de fevereiro, um homem foi encontrado com face arrancada devido à varias torturas na cara. Um corte profundo, de orelha a orelha passando por testa e queixo, que parecia digno de filmes trash como Jogos Mortais ou Hostel. Mais aqui

- Ainda em 2009, no comecinho do ano, uma mulher alugou um apartamento na 7 de Setembro, pegou as chaves na imobiliária e chegando no imóvel encontrou uma pessoa morta no banheiro. Mais aqui

- Em novembro encontram um corpo de uma menina de 9 anos dentro de uma mala, em plena rodoviária. Caso que comoveu o Brasil e comoveria ainda mais se já não tivessem tido o caso Isabella e o sequestro de Santo André. Mais aqui.

- Já em Julho de 2008 foi a vez de uma mulher tacar uma criança de 8 meses pela janela, em pleno centro de Curitiba. "Eu queria me livrar do pacote", disse a louca. Mais aqui.

- Em agosto não morreu ninguém mas uma mulher grávida simplesmente parou a Praça Osório, ameaçando se matar, disparando tiros e parando o trânsito de várias ruas. Depois a mulher ainda fugiu com o carro em disparada, furando o bloqueio da PM. Convenhamos, que bloqueiozinho bosta deve ter sido para uma mulher grávida louca, e não um criminoso experiente, ter furado. Mais aqui.

- Tem mais, descendo a serra um pouquinho teve mais. Em Caiobá, marginais atacaram um casal, matando um rapaz e estuprando a sua namorada, que sobreviveu mas ficou sem o movimento nas pernas. Mais.

É claro que não existem crimes normais, mas todos esses que citei aqui parecem ser piores ainda. Tem um teor de bizarrice e crueldade gigantesco. Parece que de alguma maneira nos acostumamos com o festival de crimes patrocinado pelo tráfico de drogas, que só nos chocamos de verdade quando algo sai desse ciclo.

Não entendo então o que há de errado nas pessoas e no curitibano, essa figura vendida sempre como antipática, mas que na verdade só gosta de estar quieto no seu canto, sem falsas amizades e conversas de boi dormir. Nada mais natural que aquela música "Cada um no seu quadrado" tenha sido gravada lá. Poucas coisas definem tão bem esse comportamento.

Mas o que isso tem a ver? Ou são só grandes coincidências? O fato é que ultimamente estou com medo de curitibano.

* A foto é do Cavalo Babão, um dos monumentos bizarros de Curitiba, localizado no Largo da Ordem.

A gente somos inútil

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a postagem.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Post de blogueiro

Vou fazer um post típico de blogueiro hype que fala de várias coisas divididas em itens. Tipo Lúcio Ribeiro, mas sem a música ruim.

*Lie to me
A série que é o novo sucesso da Fox americana é bem honesta. Já deixei de tentar entender como alguma coisa faz sucesso no mundo. Parece que não existem razões para o fracasso, já o sucesso é aleatório.

Enfim, Lie to Me parece uma mistura de Dr. House com um The Mentalist. Um cara rabugento que lê a face dos outros, detectando mentiras. Tudo muito mastigadinho, super didático. Parece até um curso para detectores de mentira. Os caras até congelam as imagens para enfatizar os detalhes e micro-expressões. Tim Roth, única cara conhecida e protagonista, dá show.

*Starsailor
Os conterrâneos do The Verve, ambos são de Wigan, estão com um cd novo. O que posso dizer é que é apenas outro álbum do Starsailor. Não sou nada contra bandas que encontram o seu som e sua fórmula e seguem com isso com competência. Essa busca eterna pelo novo me enche o saco.

Mas a cada disco novo dessas minhas bandas do coração vejo que o britrock que eu gosto está em coma, só faltando alguém desligar os aparelhos. Travis, Stereophonics, Manic Street Preachers, Doves, Cosmic Rough Riders e The Verve parecem estar rumo a um futuro onde só sobrarei eu de fã.

*Arabian's King
Para um órfão do Habib's e do Mister Sheik, essa lanchonete do Shopping Abasto é um dos poucos fast-foods árabes de Buenos Aires (mesmo que o conceito de "fast" aqui seja bem questionável). Ando devorando vários kebabs, sharwamas e outras coisas que não lembro como escreve. Fica só faltando um beirutão de rosbife com ovo e o famigerado kibe cru.

Recomendadíssimo para quem curte uma baixa gastronomia.

*Buenos Aliens
Não tenho certeza ainda se vai ser esse o nome do projeto, mas essa semana comecei a produzir umas músicas com a ajuda de um colega do trabalho. Vão ser 3 ou 4 canções, pelo menos por agora, gravadas e editadas sem pressa. A ideia é colocar algo de eletrônico nelas. Veremos!

Sinto uma falta danada de ter uma banda, tocar, ver as músicas nascendo e aquela coisa toda que acho tão terapêutica. Espero que isso ajude.

Aqui o clip de Tell me it's not over, o primeiro do cd All the plans do Starsailor.

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Xica da Silva

A gente vai vivendo, acha que já viu de tudo nessa vida e é impossível se surpreender. Mas um belo dia vou dando um zapping na TV e vejo uma coisa bizarra. Simplesmente não acredito no que meus olhos veem. Fiquei até uns minutos no canal só para confirmar se era aquilo mesmo.

Sim, meus caros! Xica Da Silva, um clássico da teledramaturgia da Manchete, está passando dublado na Argentina, no Canal 9, um dos canais que mais passam novelas brasileiras.

Agora alguém me explica por que eles resolvem passar uma novela de 12 anos de idade em horário nobre?

O pior não é isso. Desde que vi Thaís de Araújo com aquela peruca branca estou pensando em acompanhar a novela só pra ver o capítulo especialísimo onde aparece a carismática e legislativa Cicciolina.

Só se liga no naipe da chamada especial que a Manchete fez na época! Histórico!

Comida com responsabilidade social

Foto de uma caixa da elegantíssima Ugi's, pizza que nos tempo áureos era vendida a 3,80 e hoje está 10 pesos + 50 centavos da caixa.

Se as pizzarias brasileiras copiassem essa ideia, transmitindo uma mensagem de paz, talvez nosso problema de violência urbana estaria resolvido.

Ugi's.
Sempre imitada, nunca igualada!

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Especial Brian Griffin

Seguindo a linha das promos musicais para os personagens do Family Guy (Uma família da pesada), agora vai o do Brian. Dessa vez compomos uma jazz louco.



Veja os outros também:

Rock do Peter

Rap do Stewie

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Good dick

Confesso que gosto de comédias românticas, ainda mais quando elas são nada usuais e fora do padrão. "Good dick" é um clássico exemplo disso, de como há maneiras surpreendentes de contar o mesmo conto de "boy meets girl".

O filme, que recebeu uma indicação ao grande prêmio do júri de Sundance de 2008, é uma comédia de amor bizarra-indie que conta a história um carente atendente de locadora que se apaixona por uma garota depressiva com cara de fantasma, que é fiel consumidora de filmes pornôs.

O casal sem nome se aproximan graças às constantes tentativas e o comportamento stalker do rapaz, desenvolvendo uma relação bizarra de namorados e cúmplices, mas sem beijo ou sexo. Cada um se ajuda à sua maneira. Ela dá um teto pra ele, já ele ajuda a organizar a casa, fazer comida. Os dois se fazem companhia mutuamente, mesmo que isso signifique ver os vídeos pornôs preferidos de cada um. A moça tem sérios problemas psicológicos e o cara é um baita pegajoso, mas aos poucos vão se entendendo.

Não é de se esperar grandes gargalhadas, mas alguns momentos com os amigos atendentes da locadora até que salvam. A atriz que interpreta a depressiva tem uma cara de difunta zumbi que até fico na dúvida de até que parte aquilo é maquiagem mesmo. Por mais que se trate de sexo tão claramente e com diálogos bem engraçados, não há cenas fortes ou impróprias para menores em "Good Dick".

A dupla, além de protagonizar o filme, é responsável pela direção e produção bem low-profile porém honesta. Mariana Palka, a diretora e Jason Ritter, que atuou na finada série The Class, criaram juntos uma produtora e parece que as coisas estão indo muito bem pra eles.

Fiquem aí com o trailer de "Good Dick":

United States of Tara

Juntar um ótimo produtor, uma roteirista oscarizada e uma atriz que dá show de interpretação em uma série é quase garantia de sucesso, certo?

Humm.... Depende...

Infelizmente não é isso que aconteceu com United States of Tara, série produzida pelo Spielberg, com roteiros de Diablo Cody (Juno) e com Toni Collete como protagonista.

A história de Tara, uma dona de casa com múltiplas personalidades, parecia bem interessante no papel, mas o que vemos na tela é um apanhado de situações que não mostra muito a que veio. É pra rir, chorar, suspense, terror? Assisti dois episódios e não entendi qual era a motivação de tudo isso. As tramas não seguem e não deixam aquele gostinho de quero mais no fim.

Dependendo do humor, ela pode incorporar uma juvenil de 15 anos com roupas chocantes, uma dona de casa submissa com ares dos anos 50 ou até mesmo uma mulher macho com cara de caminhoneira que fará de tudo para defender sua filha, até encher de porrada seu namoradinho da escola.

A série, que é vendida como comédia, não tem graça nenhuma, ao menos se você curte rir da desgraça alheia. Os diálogos me pareceram pretensamente legais, num universo onde todo mundo tem uma saída rápida e descolada para qualquer situação no meio de tanta desgraça.

- Mamãe chegou?
- Sim.
- Mas qual delas?


United States of Tara é sim na verdade um baita drama. Algo como "Eu, eu mesmo e Irene" batido no liquidificador com "Desperate Housewives". Tara muda de personalidade sempre que encara uma situação difícil ou decepcionante e não sabe o que fazer. Ela não consegue balancear todos as emoções de cada cara e explode cada vez para um lado diferente. O pai, extremamente compreensivo, e o filho, que é um viadinho em potencial, parecem resignados e desistiram de se importar com as variações de vida de Tara. Sua filha, que está aos poucos descubrindo sua sexualidade, é de longe a mais descontente e humilhada com a atual situação da mãe.

Claro, que estamos apenas no início da trama. Mas se uma série não mostra de cara ao que ela veio, fica difícil tomar rumo depois. Quem sabe eles deveriam falar com a Glória Perez para ver como melhorar esse drama.

Tara incorporando Buck, um badass muthafacka!

domingo, fevereiro 01, 2009

El ocho


Os preços nesse país estão aumentando como se não houvesse amanhã. Comprovo isso sempre que tenho que ir ao aeroporto de Ezeiza, que esta a mais ou menos 50 km da capital.

Ir de táxi, em 2006, custava cerca de 40 pesos, hoje são 80. O táxi Ezeiza, preço único para toda a capital sem riscos de ser emgabelado pelo taxista, foi de 37 a 115 pesos. O Manuel Tienda León, serviço executivo de ônibus, de 17 foi para 40 pesos.

Imagine a pequena fortuna que é então ir levar alguém pra lá e depois voltar pra casa? Pois bem, hoje levei a minha irmã e para economizar resolvi voltar com o ônibus de linha 8, que até pouco tempo era universalmente conhecido por outro número: 86.

Custa 2 pesos e dura duas horas, na viagem mais sem objetivo que você pode fazer. O busão dá umas voltas bizarras pelos pequenos povoados que ficam na margem da estrada, num vai-vem sem nenhum sentido. São duas longas horas que você pode usar para fazer amizades, buscar seu eu interior e se conhecer melhor, tirar um cochilo ou simplesmente apreciar a belíssima paisagem de periferia pela janela.

Para matar o tédio da viagem, comprei uma Rolling Stone e terminei toda a revista uns 20 minutos antes de descer do busão.

É mais ou menos assim. Ou tu fica com a bunda quadrada de tanto tempo sentado no OCHO ou morre com no mínimo 80 pila no táxi.

Não dá pra sair ganhando.

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