quarta-feira, abril 29, 2009

Trucho

Trucho é sinônimo de pirata, falso, mentiroso na Argentina.

Uma camiseta de futebol trucha, por exemplo, é aquela que é piratex vendida a preços muito mais baratos e uma qualidade bem inferior a oficial.

Aníbal Ibarra, ex-prefeito de Buenos Aires deposto depois da tragédia de Cromagñon, é um político trucho.

O ex-prefeito participou de um quadro do Telenoche, principal noticiário da TV argentina, onde um repórter passeia pela cidade com um político ao mesmo tempo que vai vendo a reação da gente nas ruas para com ele.

Se for pra ser pirata, que seja uma dessas.

Acontece que, ao contrário da maioria dos casos, somente se aproximavam de Ibarra pessoas com elogios e palavras de apoio, o que é raríssimo visto o passado dele. A armação era tão falsa que logo isso ficou na cara e o político se afastou das câmeras, com a desculpa de dar uma entrevista por telefone.

Ele saiu do enquadro mas continou com o microfone aberto e se pode ouvir claramente o político pirata falando com seu assessor e pedindo para que não mande mais gente para elogiar e abraçar, já que todo mundo estava percebendo.

Trucho, tudo muito trucho.

A dúvida que eu tenho é: será que os políticos brasileiros tem um limite para cara-de-pau ou eles são tão bons para mentir que ninguém percebe isso?

Embaixo a reportagem completa que saiu no ar.

3 comments:

Juliana Bragança disse...

aqui os politicos devem fazer a mesma coisa, mas nao deixam ngm saber... são mais experientes, sabe?!?
bjos

Leo Carioca disse...

Cara, não tão trucho assim, garanto, tenho amigos que trabalharam com ele.
Pagou por Cromagno, e era o último que tinha que sair.
Não sofreu escândalos de corrupção importantes durante a seu governo.

Olha, também não é um santo.

Com certeza o quadro é armado.

Leo Vinhas disse...

Cromagnon ainda é algo nebuloso demais para mim. Simplesemente não consigo aceitar a idéia de ir a um show e morrer queimado, ou ver seus amigos morrerem sufocados e pisoteados. Quem são os culpados? Muita gente. Ibarra é um deles? Menos que Chaban e os Callejeros, com certeza.

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