quarta-feira, novembro 26, 2008

Amor líquido

Zygmunt Bauman é um cara que curte um cachimbo, a foto comprova. Além disso, esse filósofo e sociólogo polonês, é autor de Amor Líquido, livro que faz uma certeira análise da sociedade globalizada e tecnológica atual.

Vago? Téorico demais? Eu, que não sou mesmo fã de ensaios, não precisei entrar em alfa para aproveitar a leitura, muito fácil por sinal já que é dividida em tópicos.

Basicamente o Zygmunt compara as relações humanas a um mercado de negócios, onde todos estão pensando em custos e benefícios. Poucos são os que se arriscam. Quando menos se investe, menos se perde, mas todo mundo quer ganhar com essa merreca. E é claro, estamos sempre olhando para o lado para ver onde podemos conseguir um maior e mais rápido lucro. As pessoas se juntam já pensando em como escapar. Algo como dar um nó tomando muito cuidado para que ele fique frouxo. Existe um temor mortal ao vínculo, que virou sinônimo de dependência paralizante.

Senti muito identificado quando ele fala da tecnologia. Celulares e a internet permitem que os que estão distantes se conectem, mas também permitem que continuem distantes. Todos se conectam, ninguém se relaciona.

Zygmunt consegue enxergar o óbvio que todos vivemos, mas que não percebemos porque estamos completamente imersos nessa realidade.

Amor líquido é como um chá de boldo. É amargo, mas faz um bem danado

8 comments:

Unknown disse...

Putaqueopariu, fiquei interessadíssimo nesse livro. Mais detalhes?

Citarei vc em algum lugar.

Abraços!
http://ladobdocassete.blogspot.com

Luís Celso Jr. disse...

Cara, adoro o Bauman. Meu primeiro contato com a obra dele foi exatamente por meio do "Amor Líquido". Concordo com o chá de boldo, mas com uma diferença: é muito mais gostoso de ler. Ele escreve fácil. Já li muito texto mais complicado que o dele. Já as idéias, essas são sem dúvida complexas e dão "pano para manda" nas discussões acadêmicas.

hellenG disse...

tá todo mundo ficando com preguiça de sair de casa. é mais fácil ficar com a pança encostada no computador, tenho relações que não precisam pegar na mão, passar a mão no cabelo, etc. etc. etc.
boring bagarai....
(ufa... desabafei... haahahah)

Túlio disse...

Pois é, recomendaram muito esse livro e achei ele perdido numa livraria e levei.

Ele tem umas opiniões muito fortes sobre família, a função dos filhos, sexo e critica muito o papel dos psicólogos e psiquiatras na sociedade atual. São como os bruxos e magos da Idade Média. A palavra deles vira lei!

E Celso, quando eu comparo com o Chá de Boldo, não é por uma leitura difícil mas sim por ser uma verdade muito amarga.

Circo Golondrina disse...

Quero ler ontem!
De certa forma é como vc disse, às vezes o amargo tb faz bem.
Beso :o)

Ana disse...

Una amiga decía que el problema para conseguir un novio era que había falta de oferta, exceso de demanda y competencia desleal (no sólo porque las mujeres sean unas bichas, que lo son, sino porque ya las operaciones para hacerce las tetas son demasiado baratas).

Anônimo disse...

oi Tulio.

obrigada pela dica do UBA.

quase certo q farei lá. E tem sim intensivão de 1 mês.

bjão

LuRussa
www.garotinharuiva.blogger.com.br

Anônimo disse...

Olá! Curiosamente cheguei a esse livro através da música homônima de uma banda carioca chamada Binário. Vale conferir:

http://www.youtube.com/watch?v=mE4geSgT2jw&feature=related

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