quarta-feira, janeiro 30, 2008

Tay Zonday - Do youtube para os comerciais.

Primeiro o cara faz um vídeo chamado Chocolate Rain que já ultrapassou os 14 milhões de visitas no youtube.



Depois que ele já era uma sensação, a Dr. Pepper contrata ele como garoto propaganda do seu novo refrigerante. Usando a mesma música de base, eles mudaram um pouco a letra. Agora é "Cherry Chocolate Rain" por culpa do sabor da bebida. Com participação de um rapper e uma produção de clip de gente grande.



Como diz ele mesmo: "This internet thing is wild"

Atun Campagnola.



Esse comercial de Atum já deve ter um ano e nem passa mais na TV. Mas outro dia voltei a ver no Youtube e morri de rir...

Um casting estilo American Idol para os melhores atuns.

Nada Surf - Lucky,

Mais do mesmo. Isso traduz muito bem esse quinto cd dos americanos do Nada Surf.

Enquanto algumas bandas tentam se reinventar a cada dia, outras se prendem naquilo que sabem fazer melhor.

No caso do Nada Surf, o que eles fazem de melhor são aquelas belas canções levadas no violão ou numa guitarrinha leve cantadas por um dos vocalistas com uma das melhores vozes do indie pop mundial. Refrões grudentos, melodias refinadas e letras caprichadas.

Não é nada genial, mas quem disse que a música sempre deve ser? Certamente esse CD não é tão bom quanto os anteriores, mas não importa. Basta tocar.

Destaque para "See this bones", com a participação do tiozinho do Death Cab for Cutie, "I like what you say", popera de buenísima qualidade e "Whoose Authority", onde o vocalista capricha mais do que o normal.

They say you have to have somebody
They say you have to be someone
They say if you’re not lonely alone
Boy, there is something wrong

terça-feira, janeiro 29, 2008

Juno.


Dizer que "Juno" é o "Little Miss Sunshine" desse ano é um tremendo erro totalmente entendível. Afinal ele é o filme com mais espírito independente no Oscar. Surpreendentemente, ele foi indicado para Melhor Diretor, Melhor atriz e Melhor roteiro original.

Só tenho uma coisa a dizer sobre isso: Supervalorização. Juno não tem a metade da comicidade e do carisma do "Miss Sunshine".

O filme é médio, não é ruim mas está longe de ser bom. Bem meia boca. Nessa comédia, a indicada ao oscar de melhor atriz, Ellen Page, interpreta uma garota de 16 anos que engravida de um colega de classe e decide encontrar os pais adotivos de seu futuro filho. Jason Bateman e Jennifer Garner completam a ótima escalação de atores da história.

A trilha sonora cumpre muito bem a cartilha indie, com presença forte de Kimya Dawson e Belle and Sebastian e tal, mas é só isso. A história é apenas razoável e o roteiro não é tão original e inteligente assim para um Oscar, como os ganhadores anteriores do quesito originaldiade: Little Miss Sunshine, Brilho Eterno de uma mente sem lembrança, Lost in Translation, Quase famosos, Beleza Americana.

Resumindo: faltou Toddy.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Ironias e etc.

Engraçado quando os papéis mudam.

Quando alguém gosta de você.

Porque quando você se interessa por alguém, seu maior desejo é uma simples chance. Mas você mesmo não consegue dar essa chance quando está na situação de dar chances a alguém.

Então você faz com essa pessoa o que gostaria que as outras fizessem com você:

Sem enrolação deixa bem claro que não está afim de nada!

domingo, janeiro 27, 2008

Um bom vinho em Buenos Aires.

Buenos Aires (ou a maturidade(que maturidade?)) me transformou um apreciador de vinho. Não sou um dos grandes, mas tenho minhas preferências.
Nunca entendi muito bem toda essas descrições que falam dos taninos, amadeirados, defumado, notas de chocolate e blablablá.

Sei diferenciar as uvas, distinguir alguns gostos e é isso. Nada muito rebuscado.

Pinot Noir é de longe o meu preferido, talvez muito por influência do Sideways.

Fica aqui uma lista de alguns vinhos preferidos. A maioria deles não ultrapassa 15 pesos. Não sou de gastar muito nisso. Com menos de 15 pesos você consegue ótimos vinhos em Buenos Aires. Nos supermercados existem vinhos de até 5 pesos, mas são perigosos. É melhor comprar um de 8 para cima e não correr riscos de arrependimento.

Em restaurantes, os preços ficam mais ou menos 3 vezes mais caros.

1. Luigi Bosca Pinot Noir
No supermercado não deve custar mais de 35 pesos aqui e vale cada centavo. De longe é o melhor vinho que tomei aqui na Argentina. Obviamente não consumi nenhum vinho que custasse mais de 50 pesos porque acho que não vale tanto a pena. Afinal não sou tão enólogo.

2. Newen Pinot Noir
Apenas 17 pesos no Coto fazem dessa garrafa um dos melhores custos benefícios da região. Os vinhos da Bodega do Fin del Mundo merecem um lugar na minha vinoteca (isso se ela existisse). É o vinho que ilustra o post e que virou meu tradicional presente para amigos e família.

3. Santa Laura Pinot Noir
Uma garrafa que custava apenas 12 pesos foi o que me fez entender porque afinal tem gente que passa horas e horas falando sobre uma bebida e gasta uma nota preta por garrafas de 750 ml. Foi também por causa dessa marca que entendi como uma safra pode ser diferente da outra. Adorei a 2004 e por culpa dela comecei a experimentar outros pinots, mas a 2005 parece até outro vinho de tão ruim que é.

4. Marcus Cabernet Merlot
Comprado por 8 pesos aqui no mercadinho da "China". Não sou dos maiores entusiastas da mistura de varietais, mas me rendi a esse.

5. Postales del Fin del Mundo Merlot
É mais um vinho das Bodegas del Fin del Mundo que merece menção honrosa nessa singela lista. São 10,50 pesos muito bem investidos. Um merlot bem diferente por ser muito mais frutado.

Mesmo sendo a uva mais popular da Argentina, não pus nenhum Malbec no meu Top 5. São ótimos vinhos mas, pessoalmente, nunca um se destacou muito. Em geral é um pedido acertado, dificilmente você encontrará um Malbec realmente ruim por aqui.

No mais, recomendo os vinhos das bodegas Norton e os da linha Latitud 33º. Em geral bons e honestos e sempre uma boa saída para evitar preços abusivos num restaurante.

Dificilmente você achará um vinho chileno por aqui. Ou seja, desista de encontrar um Carmenere. Aproveite para experimentar uvas menos conhecidas. A Norton, por exemplo, tem uma linha com uvas menos conhecidas, e não por isso piores, como Tempranillo, Barbera e Bonarda. Vale a pena experimentar!

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Santos - J.R. Duran.

Sabe o J.R. Duran? Aquele fotógrafo que tira foto de mulher pelada?

Pois é, esse cara escreveu um livro. Na verdade escreveu até dois.

No começo de janeiro estava em Curitiba e me deparei com esse dois livros no cestão de ofertas das Livrarias Curitiba por R$ 4,90 cada.

Um livro de um cara que tira foto pelada e que custa menos de 5 reais. Ou seja, só podia ser uma bosta. Mesmo assim corri o risco e comprei os dois livros, "Lisboa" e "Santos", principalmente porque um levava o nome da cidade onde fui criado. Na pior das hipóteses, minha estante de livros ficaria um pouco mais recheada.

E vou te contar que o livro, Santos, não é dos piores. A narrativa do J.R. é até bem envolvente e me ganhou. Não estamos falando obviamente de um novo Guimarães Rosa, mas o enredo é interessante.

A história fala de um crime que não dá certo: um sequestro onde a própria vítima colaborava para ter uma parte do resgate. Tudo isso tendo como cenário os canais de Santos, o cheiro do porto, o ferry-boat, os clubes da Ponta da Praia, Guarujá e etc. O final é daqueles para lá de previsíveis e meio que caga tudo, mas a gente perdoa.

***************
Não quero que esse blog se torne um blog de resenhas de livros e filmes. Tô sentindo falta de um post no melhor estilo desabafo diarinho. Mas escrevemos o que vivemos, certo? Mas fazer o que se está faltando emoção e sobrando horas no torrent ou deitado no sofá lendo?

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Jens Lekman.

Acho que preciso de ouvir uma banda à exaustão a cada dois meses. Funciona mais ou menos assim.

Meus últimos queridinhos eram Flight of the Conchords e a trilha sonora do filme Once - detalhe que a música Falling Slowly foi indicada ao Oscar, nada mais justo!

Pois bem, o que não paro de ouvir agora é o cd "Night falls over Kortedala" do sueco Jens Lekman.

Singelo e cândido, inocente e juveni, melancólico e de sabor azedinho-doce. Ouvir esse cd parece levar a gente para um lugar onde as coisas talvez funcionem melhor. As letras tem um humor ingênuo e falam de coisas tão banais que pode até passar batida a genialidade do cara.

Simplesmente adorei "A postcard to Nina" onde ele escreve uma carta para uma amiga lésbica que fingiu ser namorado dele. O que fazer agora que o pai da lésbica está mandando emails e perguntando como vai a vida?

Fora as batidas contagiantes de "The opposite of hallelujah"!

E como não se compadecer com o climinha broken hearted de "Into Eternity" e "I'm leaving you because I don't love you"?

so you pick up your asthma inhaler
and put it against your lips
and oh those lips i've loved
Olha, acho que eu deveria ter nascido na Suécia. Adoro loiras, odeio samba e poderia ver show do I'm from Barcelona e do Jens Lekman.

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Hércules 56.

Hércules é o nome do meu tio que também é meu padrinho. Mas isso não tem nada a ver com o que quero dizer. Acabei de ver "Hércules 56", o documentário brasileiro que reúne os idealizadores e aqueles que foram liberados pelo sequestro do embaixador americano em 1969.

Vendo esse filme me dei conta o tamanho imbecil sobre a história brasileira que sou. É uma verdadeira vergonha. Não sabia nem de metade de tudo que envolveu esse sequestro, desde suas origens até o que ele acarretou.

Interessantíssimo e na medida, o documentário conta o lado daqueles que sequestraram e daqueles que foram levados ao México em troca da vida do embaixador. Os 90 minutos de duração passam voando com as histórias de um ato que marcou história no Brasil.

Engraçado ver, o hoje comentarista político, Franklin Martins como um dos orquestradores do sequestro, assim como o José Dirceu, um dos presos que foram soltos pelo avião Hércule 56, fazendo uma autocrítica da luta armada e tudo que ela realmente conseguiu vencer na ditadura.

Uma verdadeira aula de história, daquelas nada chatas e que te fisgam para saber ainda mais sobre o assunto.

domingo, janeiro 20, 2008

O Caçador de Pipas - o livro e o filme.

Tenho um leve preconceito contra best-sellers. Tudo bem que adorei "O Código da Vinci", mas mesmo assim odeio "best sellers"!

Acontece que minha tia Martha insistiu para que eu lesse "O Caçador de Pipas". Insistiu tanto que acabou me dando de presente o livro. Ou seja, não dava para fugir. Perguntei-me onde é que eu estava já que nunca tinha ouvido falar desse livro! Nunca!

Trata-se de uma história sobre a amizade de dois meninos afegãos, tendo como pano de fundo as guerras e reviravoltas desse país. Confesso que demorou para o livro me "fisgar", mas quando fui conquistado não consegui mais parar.

É uma história bem daquelas emotivas. O narrador, Amir, é de uma família considerada rica em Cabul e tem como melhor amigo Hassan, o filho do empregado da casa que é fiel como um cachorro de rua adotado para com ele. A Rússia acaba invadindo o Afeganistão e Amir e seu pai acabam tendo que fugir do país. Muitos anos depois, Amir volta em busca de uma criança e encontra sua terra natal dominada por talibãs, com uma sociedade bizarra.

Cheio de flashbacks, citações e palavras na língua original farsi , o livro acaba mostrando de uma maneita interessante todos os costumes, a políticas e as relações sociais do país, principalmente quanto às distinções existentes entre as castas. Amir é rico e tem dinheiro e seu melhor amigo é Hazara, uma das piores raças possíveis. A honra também é uma coisa importantíssima na sociedade afegã dos anos 70, mais até mesmo que a própria verdade. Isso é latente na história.

Marc Foster é o diretor da versão cinematográfica da história. Basta dizer que o cara dirigiu, entre outros, de "Mais estranho que a ficção" e do ótimo "A passagem".

Obviamente muita coisa acaba se perdendo ao se passar para pouco mais de duas horas, uma história que se passa durante mais de 30 anos. Sem a presença do narrador em primeira pessoa, perdemos muito dos sentimentos do personagem, mas não imagino como poderia ter sido de outra maneira.

Ao contrário do livro em que a história vai e bem, o filme é bem mais linear: apenas um flashback. As partes que foram cortadas, em sua maioria, são as menos importantes e a história flui normalmente. Talvez só no final, quando não se fala nada dos problemas burocráticos da adoção da criança que fica meio estranha. Se fosse explicado seria muito mais facil o comportamento estranho do menino. Ótimo também a escolha por atores locais desconhecidos e que falam de verdade a língua nativa.

Muito se falou de uma polêmica cena de estupro que é detalhada no livro. No filme, o episódio tem o mesmo impacto no enredo, porém é narrado de uma forma nada explícita e um tanto quanto impressionista. Não entendi porque tanto alarde pela cena.

O Caçador de Pipas é um dos poucos casos onde o livro é muito bom e o filme está à mesma altura. Se você ainda não viu/leu, saiba que a história é muito mais que duas crianças e uma pipa. Se você é do tipo que chora em filme, não esquece o lenço.

Moral da história: às vezes é impossível não se render ao hype.

sábado, janeiro 19, 2008

Guia Rápido de Buenos Aires: 6. Boca e San Telmo.

Talvez San Telmo e Boca sejam os bairros mais tradicionais de Buenos Aires. São lugares que transpiram história e, pelo menos San Telmo, recentemente começou um boom de restaurações e revitalizações de belos edifícios.

San Telmo atualmente é o paraíso dos gringos. Devido a desvalorização do peso existem muitos americanos e principalmente europeus morando que vêm para a cidade para estudar espanhol ou alguma carreira na UBA. O bairro que a maioria deles escolhe para morar é exatamente esse.

O mais famoso de San Telmo é a sua feira de domingo na Plaza Dorrego. Na verdade a feira começou nessa praça durante a crise de 2001 e agora chega a muitas quadras da Calle Defensa. É uma feira basicamente de antiguidades e um pouco de artesanato. Vale a pena visitar apenas pelo tanto de gente que vai para lá, pelas ruas movimentadas, pelas orquestras de tango nas, os casais dançando tango nas esquinas e os artistas "callejeros". Como feira, pessoalmente, é uma amontoado de velharia sem muita utilidade e com preços surreais.

Não dá para falar desse bairro sem explicar os Cafés Notáveis. Não sei exatamente quantos são em toda cidade, mas é em San Telmo que estão a maioria dos cafés históricos que ganharam da prefeitura o "selo" de notável. São lugares, em sua maioria, do início do século 20 por onde escritores e intelectuais sempre vinham tomar um cafezinho. Borges, Cortazar, Ortega y Gasset são um deles. No bairro você encontra o Bar Dorrego, o Bar Federal, o Británico e o meu preferido Hipopótamo (bem na esquina de Defensa e calle Brasil).

No bairro também vale a pena conhecer de noite a Calle Chile, muto movimentada e uma passarela de bares e restaurantes.

Já a Boca é um bairro que vive pelo seu time, o Boca Juniors. É grudado em San Telmo, mas de todos lugares turísticos da cidade pode ser considerado o mais perigoso. Basicamente há duas coisas para visitar na região. O Caminito, espécie de pelourinho porteño, e o estádio do Boca.

O Caminito, aos domingos, também recebe uma pequena feirinha nos moldes da de San Telmo. Como vão muitas pessoas, é o dia ideal para visitar o bairro já que o policiamento é bem maior. A rua cheia de casas coloridas é bem interessantee gera belas fotos, mas é um passeio rápido. Duas quadras de lá está o Estádio Alberto J. Armando, La Bombonera. Dentro dele está o museu do Boca que dizem que é muito interessante, mas que nunca vi já que achei meio caro. Também há uma lojinha de vários produtos do time: além das tradicionais camisetas, gorros e tudo mais, também se pode comprar um vinho do Boca e uma roupa de cachorro do Boca.

O que vale mais a pena é fazer o tour pelo estádio. Mesmo tendo que aguentar os exageros dos guias, como dizendo que aquele vestiário feio e fedido, assim como a sala de imprensa simplíssima são os mais modernos da América do Sul, o passeio é bem interessante para perceber a arquitetura nada normal do estádio.

Agora só faltam 4 itens para o fim do guia rápido:

7. Tigre / San Isidro
8. Futebol
9. Noite e Náite
10. O que os guias não dizem

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Feliz cumple!

Dia de 18 de janeiro, dia em que nasceram:


Montesquieu,













Zacarias,










Kevin Costner















e eu.

Ou seja: sou um cômico intelectual galã!

quinta-feira, janeiro 17, 2008

O melhor blog de 2007.

Esse blog recebeu um singelo voto na escolha entre os melhores blogs de 2007 pelo site Scream & Yell.

Agradecemos ao votante pela confiança depositada.

Ass: Equipe Editorial

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Laços de Família.

Tá rolando no Cosmopolitan TV o clássico LAÇOS DE FAMÍLIA.

Sim! Edu, Miguel, Camila, Helena, Capitu e toda a fauna do Leblon dublados em espanhol!

Um clássico realmente!

Tanana tanana tanana tanana......... tã!

terça-feira, janeiro 15, 2008

Delivery Surreal.

Acabei de pedir uma salada no trabalho.

Veio uma guria de shortinho toda estáile e escutando ipod para entregar.

Geralmente sempre são uns caras meio fedidos de tanto andar no centro entregando coisas.

Pois é, o mundo está mudando.

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Mais uma oportunidade.

Já devo ter escrito alguma coisa aqui no Blog sobre o Liniers. Simplesmente adoro as suas tirinhas diárias no La Nación. Não chegam a ser hilárias, mas são muito doces e ingênuas.

Os livros do "Macanudo", título da série, já estão no volume 5 e são a principal encomenda que me pedem quando vou para o Brasil, mais até que alfajores Havanna. São livrinhos que compilam todas as tirinhas já editadas e estão cada um na média de uns 20 pesos em qualquer livraria da cidade.

Para quem não conhece (ainda), deixo aqui o link de um blog que posta as tiras diárias que saem no jornal: http://autoliniers.blogspot.com/

Água com açúcar.

Às vezes chego a pensar que uma dona-de-casa habita em mim.

Existem uns filmes água com açúcar que sempre vejo quando estão passando na TV.

"Orgulho e preconceito", com Keira Knightley, aquela magrela do sorriso estranho, é um deles.

sábado, janeiro 12, 2008

Dica para quem viaja para a Argentina.

Talvez a mais importante dica que possa dar para alguem que queira viajar para Buenos Aires é:

NÃO VIAJE PELA AEROLINEAS ARGENTINAS.

Desconheço totalmente qual a constituição das ações dessa empresa, mas o fato é que ela parece funcionar como uma estatal. Pior, obviamente funciona como uma estatal argentina... Isso significa morosidade, nenhum respeito por quem pagou a passagem e total imprevisibilidade.

De tanto em tanto param o funcionamento da empresa, fazem greve e atrasam vôos na tentativa de negociar salários.

Parece que essa é foi a pior. Uma greve de pilotos gerou o CAOS total em Ezeiza, o aeroporto internacional de Buenos Aires. São mais de 3 mil passageiros presos no aeroporto, sem dormir, sem poder comer, sem água. Muitos já passam lá no aeroporto seu terceiro dia consecutivo sem poder voar. Fazem o check-in, despacham as malas mas não podem embarcar pela greve dos pilotos.

Nem é preciso dizer que é uma vergonha total para um país onde os trabalhadores reclamam por qualquer coisa e, antes de negociar, preferem sair na porrada e afetar o maior número de pessoas possível. O sindicalismo nesse país é ridículo. Muitas manifestações são mais do que válidas, só que muitas vezes elas não são nem um pouco razoáveis e sensatas.

Já viajei do Brasil pra cá de GOL, TAM, LAN e British Airways mas nunca nem cheguei a olhar o preço a Aerolineas. Voar por ela? Não, obrigado.

Mais notícias em:

http://www.clarin.com/diario/2008/01/12/um/m-01583981.htm

http://www.lanacion.com.ar/informaciongeneral/nota.asp?nota_id=978394&pid=3804826&toi=5799

sexta-feira, janeiro 11, 2008

O filho eterno - Cristóvão Tezza.

Já faz tempo que o curitibano Cristóvão Tezza está no seleto Hall dos meus escritores preferidos. Antes explico que esse Hall só é tão seleto porque leio muito pouco e sou um leitor um tanto quanto impaciente: se um livro não me ganha nos primeiros capítulos, simplesmente não insisto.

Mas não quero falar da minha pessoa como leitora e sim do "O Filho Eterno", o último livro do Tezza.

Quando as primeiras críticas e resenhas apareceram, comentando o fato do livro falar da experiência do escritor como um pai de um portador da síndrome de Down, imaginei que se trataria de um dramalhão com uma lição de moral. Algo como aquele documentário "Do luto à luta", em que o diretor que é pai de uma criança com síndrome de Down.

Mas na verdade não é nada disso. "O filho eterno" conta a história de um pai que não aceita o filho, que se envergonha dele e que em certos momentos chega a torcer para que uma doença leve a vida do menino.

Aos poucos vamos vendo que o problema não é o filho mas sim o pai. Ele não tem um emprego digno, é sustentado pela esposa e tem medo que suas aptidão para ser um escritor sejam apenas um delírio de um herói romântico derrotado. Aos poucos, pai e filho vão construindo uma relação até o momento em que o filho passa a ser imprescindível em sua vida.

Cristóvão Tezza foi muito corajoso ao escrever um livro com uma honestidade tão brutal. É uma surpresa agradável quando falamos de pessoas com algum tipo de deficiência. Somos tão cuidadosos e fazemos tanta questão de sermos politicamente corretos que esquecemos de ser verdadeiros.

Seu romance anterior "O Fotógrafo", na minha modestíssima opinião UM CLÁSSICO, ganhou em 2004 prêmio como melhor obra do ano pela Academia Brasileira de Letras e da Revista Bravo!.

Entre outros clássicos do Tezza que já li e atesto a qualidade da ótima e fluída prosa estão "O terrorista lírico", "Juliano Pavollini", "Uma noite em Curitiba" e "O Trapo".

É ótimo que um novo escritor curitibano ganhe aos poucos uma certa projeção. Ajuda muito na construção de uma identidade curitibana, ou mesmo paranaense, que é muito fraca no âmbito nacional. Cinema e literatura de Curitiba? O que você lembra? Dalton Trevisan, Paulo Leminski... mas e no cinema? Não, não cite Ari Fontoura por favor.

Ler um livro que se passa num cenário familiar é uma experiência que acontece pouco no meu caso. Tá certo que ultimamente quando leio livros ou vejo filmes argentinos até sei o trajeto de alguns ônibus que o personagem pega. Mas quando leio que o personagem pegou a Rua XV e foi no Cine Luz e sei exatamente onde isso se encontra. Ele fala de praças, esquinas, locais e bares onde já estive. Ou seja, nada melhor para ser conquistado por uma obra do que se identificar com ela.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Buenos Aires 2008.

A cidade está muito quente, uma sensação térmica que beira os 40 graus.

Os homens continuam de mullets.

A crise energética continua. Cheguei em casa e depois de 2 horas cai a luz. Outra amiga, que mora em Palermo, disse que passou a noite toda sem luz. Ou seja: 1h da manhã, 36 graus e nada de poder ligar ar condicionado.

Os argentinos continuam loucos por "Garotos". Sim, aqueles chocolates da caixa amarela.

Pois é minha gente. O ano mudou, mas o que mudou de verdade?

terça-feira, janeiro 08, 2008

O filho da noiva.

A principal razão dessas minhas férias no Brasil não foi o Natal, nem o ano novo. Foi o casamento da minha mãe.

Sim, fui o filho da noiva e com direito a caminhar até o altar. No começo achei que iria ficar meio sem graça, mas foi tranquilo. Convenhamos, é difícil dizer não para a mãe.

Muito bom, muito bom, mas nas próximas férias quero conhecer um lugar novo. Com uma companhia, melhor ainda.

A programação do Aires Buenos agora volta ao normal.

Só agora que 2008 começa. Oremos.

quarta-feira, janeiro 02, 2008

O melhor de 2007.

O primeiro post de 2008 é sobre 2007. Esqueci de fazer uma lista das melhores coisas do ano!

Aqui vai!

Melhor CD
Boxer, The National.
Lembrando que 2007 foi o ano de "The Reminder" da Feist.

Melhor livro
O filho eterno, Cristóvão Tezza.
Ainda não terminei de ler, mas como comecei a ler no fim de 2007 e ele foi lançado nesse ano, voto assim mesmo no escritor curitibano.

Melhor filme
Once (há um post sobre esse filme semi musical feito recentemente)

Melhor filme nacional
O cheiro do ralo. (Ano com ótimos lançamentos nacionais. Mesmo com Tropa de Elite, O ano que meus pais saíram de férias e Saneamento Básico, fico com o filme com Selton Mello)

Melhor série
Empate entre Flight of teh Conchords e Californication. No desempate por pontos o voto fica com a comédia-indie-musical pelo seu formato nad convencional.

Melhor comercial
Tá certo quenão vi muita coisa brasileira, mas acho difícil algum que bata "El encuentro" da Quilmes. Busquem no youtube e vejam!

Melhor show
Travis no estádio do Velez Sarsfield. Um show único.

Aquele abraço! E que 2008 seja muito melhor que 2007!

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